Outeiro Secano em Lisboa

Maio 31 2014

Há muitos anos que a prática de ir ao aeroporto como transfer, se tornou recorrente. Tudo começou quando a minha cunhada Lizete foi colocada como Educadora na Madeira e passou a fazer as suas viagens Lisboa/Funchal/Lisboa.

Mais tarde foi a saída do nosso filho para a Holanda e aí começaram as suas viagens Lisboa/Amsterdam/Lisboa.

Nem sempre é agradável esta tarefa, por causa do incumprimento dos horários dos aviões. Ainda que agora se possa seguir pela internet, o horário das partidas e chegadas dos voos, ajudando a planear a saída de casa, mas  a ansiedade do reencontro, supera quase sempre esse planeamento.

Ontem repetiu-se esse  ritual, apesar da noite pouco dormida da véspera, não custou nada irmos ao aeroporto já perto da meia-noite buscar os nossos filhos Pedro e Rita, para mais um reencontro, ainda que desta vez com pouca distância temporal, porque estivemos juntos em finais de abril.

Mas sabe bem este reencontro físico, embora ele seja diário via skype. Já agora e porque entramos no mês dos santos populares, esperamos que o São Pedro colabore, e lhes dê muito sol, carregando as baterias de vitamina D, coisa que não é muito habitual no país de acolhimento.

 

publicado por Nuno Santos às 09:39

Maio 30 2014

 

Foi uma noite memorável, estivemos noventa mil almas no Parque da Bela Vista para ver e ouvir a banda mais mítica da actualidade, os Rollings Stones que pese embora já sejam quase todos septuagenários, demonstraram que, velhos são os trapos, pois continuam a tocar e a cantar como há muitas décadas atrás.

Ontem ainda tivemos um brinde especial pela a presença em palco de uma outra figura mítica, a de Bruce Springsteen que, estando em Lisboa de visita à sua filha aqui residente, apareceu surpreendentemente em palco, cantando com o Mick Jagger, o tema”Tumbling Dice”.

Esta foi por certo a melhor noite do Rock in Rio, desde logo pelo seu cartaz, mas sobretudo pela performance dos artistas.

A abrir foi o Rui Veloso acompanhado pelo brasileiro Lenine e pela africana Angelique Kidjo que, cantaram alternadamente e em conjunto temas como a Paixão de São Nicolau da Viola ou Sodade. Depois subiu ao palco a maior banda portuguesa, os Xutos e Pontapés que também deram um concerto extraordinário, quando estão a comemorar os seus trinta e cinco anos.

Seguiu-se um jovem músico mas muito virtuoso, o qual dará ainda muito que falar, chama-se Gary Clark Jr., este músico haveria de voltar ao palco para fazer uma parceria com o Mick Jagger, também rendido ao seu talento.

E como era expectável  a noite acabou às duas da manhã com, I can't get no e Satisfaction.

Eu não diria que ontem na Bela Vista, estavam tantos espanhóis como na semana passada, quando da final da liga dos campeões, mas estavam milhares, assim como de outras nacionalidades, mas como a música é universal,  saímos de lá portugueses e estrangeiros, todos satisfeitos. O pior é que chegamos a casa à 4 da manhã, e para quem ainda está no activo e já não tem trinta anos, digamos que não é coisa para se repetir muitas vezes.   

publicado por Nuno Santos às 08:57

Maio 27 2014

Ainda sobre os resultados das eleições, hoje tive acesso aos resultados globais registados em Portugal e dão que pensar, desde logo, porque se considerássemos estas eleições como um referendo, não teriam efeito porquanto, só votaram 33,06% dos eleitores, quando os referendos exigem que haja no mínimo, 50% de votos expressos.

Eis os resultados globais:

 

Votos Brancos

1,53%

Votos Nulos

1,06%

PS

10,9%

PSD/CDS

9,60%

PCP

4,40%

MPT

2,50%

Restantes Partidos

3,07%

Total de votantes

33,06%

Abstenções

66,94%

 

Estes resultados são o corolário de vários fatores. O primeiro a desmotivação e o descrédito do eleitorado, perante a atual classe política, não encontrando pessoas dignas que os representem, porque as listas são feitas pelas direções dos partidos, umas vezes para pagar favores, outras para afastarem potenciais incómodos internos.

O segundo foi a falta de um discurso ideológico e motivador, porque apesar destas eleições trazerem alterações substanciais na orgânica política europeia, desde logo porque o parlamento passa a eleger o presidente da União Europeia, durante a campanha assistimos apenas à discussão da nossa política interna, com a lavagem de roupa suja, entre os três partidos do “arco da governação” também chamados de os “três partidos da troika” ou ainda de “os três partidos da dívida”, porque efectivamente, estes três partidos o PS em alternância com o PSD e PP, são quem nos tem governado  há mais de trinta e cinco anos, sendo por isso os responsáveis pelo estado das coisas no nosso país, inclusive pela nossa dívida pública.

O terceiro fator é imputável à comunicação social nomeadamente a televisão, pela falta de debates televisivos. Ainda que eu seja um apaixonado pelo fenómeno desportivo, é um exagero o número de programas de debate semanais sobre futebol, e não tivesse havido nenhum debate entre os candidatos ao parlamento europeu.

Veja-se os programas televisivos de debate desportivo onde se discute exclusivamente o futebol: O Dia Seguinte, Prolongamento, Zona Mista, Mais Futebol, Grande Àrea, Tempo Extra, Play-Off, Contra-Golpe sem contar com os do Correio da Manhã TV, da Bola TV ou ainda, os da Benfica TV e da Sport TV porque estes são canais com assinatura paga.

Acontece que, tal como a crise económica está generalizada a quase toda a Europa, este descrédito é também comum, por isso esperamos que estes resultados eleitorais sejam um aviso aos responsáveis políticos, alertando-os para a necessidade de reconverter este sistema que nos tem governado e mal, pois privilegia poucos com predominância do sector financeiro, em detrimento de muitos, a força do trabalho.

 

publicado por Nuno Santos às 16:29

Maio 26 2014

 

O meu amigo Júlio Eurico costuma brincar comigo, por associar a Nucase a quase tudo. Com efeito até nas eleições de ontem para o parlamento europeu, essa associação existe, porque a contabilidade do MPT – Partido da Terra, o partido mais ganhador nestas eleições ao eleger como deputado, o ex-bastonário da Ordem dos Advogados Marinho Pinto, é executada na Nucase e por uma outeiro secana, a Ana Maria Guerra Bernardo.

Bem sabemos que o Dr. Marinho Pinto vale mais que o PT, fundado na década de noventa por um cliente da Nucase, chamado Paulo Trancoso, donde o nome do partido é um anagrama.

É sempre curioso a análise que se faz aos resultados depois das eleições, porque todos ganham ou perdem pouco, ou ainda que destas eleições, não se podem extrapolar ilações, blá blá blá.

Uma coisa é certa, os votos do PS (31,5%), mais os do PSD e CDS juntos (27,7%), rondam apernas os 60%, quer isto dizer que há 40% de portugueses que, não se revêem nos partidos do “arco da governação”, como eles costumam dizer e em minha opinião estes números é que merecem análise.

Perigosos são os resultados obtidos em França pela extrema-direita, a vencedora destas eleições, tanto mais que foi em França que nasceram as ideias libertárias, da Liberdade Igualdade e Fraternidade, assim como a ideia da criação da Europa unida.

Aguardemos agora os efeitos que estes resultados vão ter nas nossas vidas, sendo que algo tem de ser feito e para melhor, porque para pior já não pode ser.

publicado por Nuno Santos às 11:21

Maio 25 2014

Afinal a taça foi para o Real Madrid e para Santiago Barnabéu, foi um jogo épico para o futebol, mas dramático para o Atlético de Madrid porque aos noventa e três minutos de jogo, apenas a dois do final,  a taça era do Atlético. Mas os jogos só terminam quando o árbitro apita para o seu final, e aos noventa e três minutos e meio, o Real Madrid marcou o golo do empate, repondo alguma verdade no jogo, levando-o para o prolongamento.

Aí imperou a lei do mais forte, o Real Madrid como mais opções, impôs-se no prolongamento, embora por números exagerados. Dado que não era o meu clube do coração que estava em compita, e da maneira que o futebol se tornou num negócio, duvido que alguma consiga chegar a uma final da Liga dos Campeões, confesso que emocionalmente estava um pouco dividido. Se por um lado fiquei contente pelos três jogadores portugueses que jogam no Real Madrid, por outro fiquei um pouco triste, porque estou sempre do lado dos mais fracos e das minorias, razão pela qual gostava que ganhasse o Atlético, atendendo à época gloriosa que fez, sagrando-se campeão de Espanha à frente do Barcelona e do Real Madrid, com um orçamento incomensuravelmente mais baixo, e vários jogadores emprestados.

De salientar o civismo como decorreu esta jornada de futebol, servindo de exemplo aos adeptos portugueses, e mostrando que o desporto é isso mesmo socialização e  quando uns ganham outros perdem, toca a todos.

 

 

Este jogo ofuscou outro evento, esse sim bem mais importante, tanto para os portugueses como para os espanhóis. Trata-se das eleições para o Parlamento Europeu que se disputam amanhã domingo, embora a maioria das pessoas não dê grande importância a estas eleições, e veremos isso na taxa de abstenção que se vai registar. O certo é que actualmente, mais de oitenta por cento das leis e medidas que regem a nossa vida, emanam de directivas do parlamento europeu.

Tal facto torna estas eleições mais importantes do que as nossas legislativas, e os nossos governantes em meros moços de recados, de Bruxelas.

Assim e ao contrário do “no pasa nada” este fim de semana passa-se muita coisa, não só em Lisboa mas em todo o país e na Europa, porque depois colheremos os frutos daquilo que semearmos amanhã, ou seja, a escolha do nosso futuro para os anos mais próximos. Pena que as televisões tivessem menorizado estas eleições, pois nem um único debate houve entre os diversos candidatos.

 

 

 

publicado por Nuno Santos às 00:01

Maio 24 2014

Desde o reinado dos Filipes que não se viam tantos espanhóis em Lisboa como hoje, tudo por causa da final da Liga dos Campeões que este ano e pela primeira vez na história da prova, opõe dois clubes da mesma cidade, no caso, o Real Madrid e o Atlético de Madrid.

Como o acontecimento ocorre em Lisboa, claro que não podíamos ficar à sua margem, de modo que hoje de manhã lá andamos pela baixa, onde a língua de Cervantes se ouvia mais do que a língua de Camões.

Ao contrário das piores expectativas criadas pelas autoridades portuguesas e espanholas, assim como da própria UEFA, ao considerem este jogo como grau 3 numa escala de 0 a 5 em matéria de segurança, a minha avaliação é 0 (zero) pois o que eu vi até cerca das quatros horas da tarde, foi uma magnifica manifestação de confraternização de adeptos e tal como acontece nos dérbis lisboetas, era recorrente ver-se casais e grupos de amigos uns equipados à Madrid, outros à Atlético.

Oxalá esse espírito continue e que a tribo do futebol dê um exemplo ao mundo da sã convivência e tolerância, e que as claques dos clubes portugueses tomem esta atitude como exemplo.

 

 

publicado por Nuno Santos às 17:08

Maio 23 2014

Esta semana que ainda não terminou, já fui três vezes ao meu Bairro Alto, duas vezes em trabalho e uma outra em lazer. Claro que a terceira vez foi bem mais agradável, tendo acontecido esta noite para assistirmos a um concerto inolvidável da Ronda dos Quatro Caminhos, celebrando os seus 30 anos de actividade.

Sempre gostei mais da música popular de raíz tradicional, do que da música pop, e a Ronda dos Quatro Caminhos é dos grupos portugueses que, há mais anos faz essa divulgação, com recolhas que vão do Algarve ao Minho sem esquecer a riqueza da música tradicional das ilhas, sobretudo dos Açores. Mas o seu trabalho de recolha ultrapassa a fronteira, indo pela Galícia e por outras regiões transfronteiriças.

O seu último disco estreado recentemente e que se chama “Tierra Alantre”, em mirandês, querendo dizer “Caminho em Frente” tem precisamente recolhas de Trás-os Montes, Minho e Galícia.

Eu conheço o António Prata que é o mentor da Ronda há mais de vinte anos, por isso não podia faltar a este espectáculo, ainda por cima sendo no Teatro de São Carlos, uma das salas de espectáculos mais antigas e mais bonitas do país, com mais de duzentos anos de existência. A sua utilização costuma ser praticamente para espectáculos de cariz erudito, embora este espectáculo também  o possa ser, senão vejamos.

Em palco estiveram mais de cento e cinquenta artistas, desde a Orquestra Sinfónica de Lisboa que fez todo acompanhamento musical do Grupo, ao Grupo de Cantares de Évora, mais o Grupo de Cantadores da Aldeia Nova de São Bento, onde vive o meu irmão Diamantino, considerado um dos mais famosos grupos do cantar alentejano, dois músicos galegos ela tocadora de sanfona ele tocador de realejo, e o Coro do Teatro São Carlos.

Sendo um espectáculo da celebração dos seus trinta anos, o grupo não cantou as canções do novo disco, optando por cantar temas que foram êxitos do seu passado. O espectáculo foi transmitido pela Antena 1, de modo que quem não teve a possibilidade de o ver nem ouvi-lo em directo, pode fazê-lo nas plataformas digitais, pois está gravado em podcast, e garanto-vos de que não se vão arrepender.

 

publicado por Nuno Santos às 00:41

Maio 22 2014

“Deixei-a num impulso aventureiro, e foi como eu próprio me roubasse. Nunca mais tive paz ou fui capaz de sonhar outro lar que me abrigasse”. Foi Miguel Torga quem escreveu isto em relação à sua terra, à qual chamava o reino de trás-os-montes onde regressava todos os anos e aproveitava para fazer termas em Chaves.

Também eu comungo desse sentimento, pese embora já tenha saído da minha terra há quarenta e um anos. E ainda que tenha a felicidade de conhecer muitas outras terras, algumas das quais onde tenho ligações muito fortes, em nenhuma delas me é tão penosa, a hora da despedida.

Porém da última vez que fui a Chaves vim de lá um pouco triste e frustrado, por causa da falta de expectativas futuras para a cidade, não sendo visíveis grandes medidas estruturantes, antes pelo contrário, a cidade parece ter caído numa inércia, recuando várias décadas atrás.

Uma das situações que mais me entristeceu e que também entristeceria o Torga, é o facto das termas provavelmente não abrirem este ano, com efeitos altamente nefastos não só para o prestígio da cidade, como para os resultados na economia local.

Tudo isto porque as obras que já deveriam ter terminado, continuam sem fim previsto. Ora a questão das obras intermináveis, são uma fatalidade no país, mas em particular na nossa região. Todos se recordarão dos anos que demorou a requalificação da estrada Chaves – Vidago, obrigando ao desvio do trânsito pelo Peto de Lagarelhos e Loivos.

Mais tarde foram as obras de requalificação da Escola Júlio Martins que nunca mais terminavam, obrigando os alunos e a classe docente a condições depauperáveis nos pavilhões pré-fabricados. Agora são as obras de ampliação do balneário das termas, e em todas elas, a culpa é sempre imputada aos empreiteiros, para não dizer que morre solteira.

Eu tenho muita dificuldade em entender estas situações, porquanto todos estes processos das obras, têm de ser claros e transparentes, com concursos públicos e depósitos de garantia, e em consonância com um caderno de encargos, elaborado pelo dono da obra.

Logo é o dono da obra quem define os prazos de entrega, assim como a fiscalização da execução da mesma. Além disso, a lei permite sanções para os incumprimentos, não se percebendo porque a Câmara não deita mão dessas premissas? E não existem no seu quadro técnico vários engenheiros que, possam fazer a avaliação no terreno, da execução e dos atrasos?

Todos sabemos que longe da vista longe do coração e se os aquistas que habitualmente vêm para Chaves, e neste ano vão ter de optar por outros locais, até porque a oferta de termalismo é fértil, podem criar habituação e não regressarem no futuro, perdendo com isso a cidade e a região.

Ora, quando parecia haver uma forte aposta da região no termalismo, a cidade de Chaves atrasa-se podendo perder o comboio do desenvolvimento nesta área, por isso, a quem pedimos responsabilidades?

 

publicado por Nuno Santos às 00:24

Maio 21 2014

Ontem o auditório da SPA Sociedade Portuguesa de Autores foi pequeno, para assistir à reedição do primeiro disco a solo de José Cid, gravado em Maio de 1971. Tal feito deveu-se ao meu amigo Miguel Augusto Silva que, apesar de ser engenheiro informático por formação, tem desde há muitos anos, uma enorme paixão pela música, em especial pela discografia em vinil.

A sua paixão é de tal monta que, decidiu por a mão na massa, fazendo um período sabático na sua actividade profissional e constitui uma editora com o nome de Armoniz, em homenagem à pequena aldeia do concelho de Vinhais, de onde tem origens, pois é a terra do seu pai.

O disco original tem doze temas dez das quais com letra e música de José Cid e a originalidade de que todo o acompanhamento musical; órgão, piano, viola,viola baixo, viola solo, bateriae cravo, terem sido tocados pelo José Cid, contando apenas com o apoio de Pedro Osório na orquestração.

Este disco gravado no estúdio da Valentim de Carvalho pelo lendário técnico de som Hugo Ribeiro, que o Miguel teve o condão de recuperar a sua colaboração, juntando-lhe agora a de outro monstro da sonoplastia discográfica, a de José Fortes.

O disco foi fiel à primeira edição, porque mantém a mesma capa em cartão, feita na empresa Costa Valério Lda., uma empresa que na época vivia praticamente dessa actividade, mas face à quebra da actividade de emissão de discos em vinil, teve de se reinventar diversificando a sua actividade, mas participou agora nesta reedição.

A diferença essencial deste disco para o primeiro, resulta nos processos tecnológicos mais avançados agora utilizados na sua remasterização, acrescentado valor ao disco, mas o Miguel no libreto que acompanha o disco, explica bem todas as alterações introduzidas.

A apresentação do disco esteve a cargo do Tó Zé Brito, um  músico com fortes ligações ao José Cid,  seu companheiro no Quarteto 1111, embora ontem estivesse ali na qualidade de vice-presidente da SPA Sociedade Portuguesa de Autores.

No final da apresentação o José Cid brindou-nos com oito canções deste disco, fazendo-se acompanhar mais uma vez só mas apenas ao piano.

Este foi o primeiro trabalho editado pela Armoniz, ou seja pelo Miguel, a quem desejo um grande sucesso para ele e para a Ana, a sua mulher e colaboradora neste projecto. Trouxe um disco autografado pelo José Cid cujo destino é a Holanda, porque o meu filho Pedro sofrendo alguma influência do Miguel, mantém essa paixão assim como uma vastíssima colecção de vinil, só espero que limite essa paixão à condição de coleccionador.

 

publicado por Nuno Santos às 07:53

Maio 19 2014

Com a final da taça ontem no Jamor, acabou a época desportiva 2013/2014, no tocante à competição de clubes portugueses, porque no próximo sábado ainda vai decorrer em Lisboa, a final da liga dos campeões, entre o Real Madrid e o Atlético de Madrid o qual neste sábado passado, também se sagrou campeão de Espanha.

Mas para os amantes da modalidade, este ano nem vale a pena dar baixa das suas boxes desportivas, porque a 12 de Junho inicia-se a Copa Mundial no Brasil e antes, ainda vai haver vários jogos das selecções a título de preparação para o mundial.

A selecção portuguesa realizará três jogos, um em território nacional por sinal no estádio nacional, uma coisa rara, e dois nos Estados Unidos, para alegria da nossa comunidade emigrante.

Quanto ao jogo de ontem tal como acontecera na passada quarta-feira, quando da final da Liga Europa, em minha opinião não ganhou a melhor equipa. E se na quarta-feira passada a melhor equipa foi o Benfica, mas quem ganhou a taça foi o Sevilha, ontem a melhor equipa foi o Rio Ave, e quem ganhou a taça foi o Benfica.

Bem sabemos que o Benfica, teve uma época muito desgastante, mas curiosamente o Rio Ave, só teve a menos que o Benfica, os jogos internacionais. Como disputou as duas finais, a taça da liga de clubes e a taça de Portugal, precisamente com o Benfica, teve de realizar os mesmos jogos, embora com menos recursos, porquanto os orçamentos dos dois clubes são incomensuráveis.

Só que ontem essa diferença não se notou, pelo menos em jogo jogado, notou-se apenas na finalização, porque lances como o precioso golo do Nico Gaitan, o Rio Ave também teve remates frontais com a baliza do Benfica, só que a qualidade dos intervenientes é que não foi a mesma.

Como de costume foi bonita a festa, pena as cenas recorrentes na entrada do lado da maratona, as quais se devem não só à operacionalidade do estádio, como a alguma indisciplina do público, o qual retarda ao máximo a entrada no estádio, e quer entrar depois ao mesmo tempo, podendo um dia causar ali um enorme constrangimento.

Em síntese, nesta época desportiva o Benfica foi o grande vencedor, o desempenho do Sporting também foi positivo, face às expectativas iniciais, o mesmo não aconteceu com o Porto que, perdeu e toda a linha, por isso vai ter de iniciar a sua época mais cedo com a disputa das pré-eliminatórias para a Liga dos Campeões, logo este ano, quase não há interrupção futebolística. Uma palavra também de decepção para o nosso Desportivo de Chaves, o qual não conseguiu a subida, sobretudo por causa dos pontos perdidos em casa.

Assim glória aos vencedores e honra aos vencidos, esperamos agora para ver qual o desempenho da nossa selecção.    

 

publicado por Nuno Santos às 07:19

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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