Esta coisa da globalização tem situações extraordinárias, e se há dias pudemos desfrutar da companhia do nosso filho e da Rita em Finisterra, sendo a foto ilustrativa disso. É sabido que Finisterra em latim, quer dizer fim da terra, porque acreditavam na altura, de que não havia mais mundo, para lá deste lugar. Afinal há mais mundo para lá de Finisterra, de tal modo que o nosso filho vai hoje em viagem, para nem sei quantos mil quilómetros de distância, a caminho de Seul na Coreia do Sul, por onde os portugueses andaram no século XVI, tal como o descreve Fernão Mendes Pinto, na sua Peregrinação.
Já não é a primeira vez que ele faz esta viagem, porque a tal globalização a isso obriga, porque apesar de trabalhar na Europa, é uma empresa coreana quem lhe paga o ordenado, outro dos sortilégios da globalização e do sistema social que imperam no mundo, razão pela qual assistimos à deslocalização de empresas e de conhecimento, algumas transferidas apenas pelo conhecimento e para gerar grandes mais valias aos seus acionistas, sendo depois descartadas, como parece estar a acontecer com a nossa PT – Portugal Telecom, uma empresa que, foi uma referência nacional, mesmo quando ainda se chamava TLP.
São estes os custos da globalização que, se refletem não só na deslocalização das pessoas, dispersando as famílias como é o caso da nossa, mas também das empresas, como estamos a assistir, e ao que parece, apenas para o benefício de muito poucos.