Outeiro Secano em Lisboa

Novembro 30 2015

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                                                                                  O rio pequeno

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                                                    Local onde estavam as poldras do Porto de Santo Estêvão

 

Por razões extraordinárias, neste último fim-de-semana tive de ir à terra, e como sou saudoso das nossas coisas, fui visitar o nosso rio, ficando admirado com o seu fraco caudal.

Ora, como já um visitante deste blogue tinha comentado, que o nosso rio, ainda não chegara à sua foz, ou seja, ao rio grande, decidi também eu próprio ir indagar, onde já ia o rio.

Depois de o ver passar sob a ponte do Papeiro, sob a ponte da Sra. do Rosário e do Sabugueiro, fui até à Finteira e lá o encontrei, a escassos dois três metros das antigas poldras do Porto de Santo Estêvão.

Tenho para mim que foi o prolongado verão de São Martinho, quem fez que o rio entrasse numa espécie de letargia. Vale o facto de já ter o curso feito, senão quando acordasse dessa letargia, corríamos o risco de imitar o seu avô Douro, que, segundo a lenda, deve o seu curso sinuoso por entre montes e vales, ao facto de ter adormecido, enquanto os seus irmãos Tejo e Guadiana se espraiavam pelos melhores percursos.

A propósito das poldras do Porto de Santo Estêvão, foi com estranheza que constatei da sua retirada. Para mim, as poldras e as pontes, deviam fazer parte do nosso património, mas nesse capítulo, ao contrário do que tem acontecido com o património religioso, e ainda bem, porque tem sido preservado, as nossas pontes e as nossas poldras, algumas de construção medieval, foram destruídas em prol do progresso.

Ora em minha opinião deveria ter-se optado pela sua preservação, fazendo a transladação para outro local, tal como se fez em 1924 com o Senhor dos Desamparados, o qual foi transladado do lugar da Teixugueira, para o lugar do Facho, precisamente para ter maior visibilidade.

Quanto ao rio, esperamos que chegue à sua foz antes do Natal, ou será que o nosso rio é já um sinal dos tempos? Esse mesmo tempo que está a ser debatido em Paris, na Conferência Internacional sobre o Clima.

publicado por Nuno Santos às 22:51

Novembro 22 2015

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Afinal cumpriu-se a máximas de que “Não há duas sem três” ou ainda " À terceira foi de vez" porque o Sporting, venceu mais uma vez e na mesma época desportiva o Benfica. De salientar que haverá ainda mais um Sporting-Benfica, o qual ocorrerá na segunda volta do campeonato e paradoxalmente, poderá até haver um quinto derby nesta época, se por acaso se encontrarem nas meias finais da Taça da Liga.

Após o jogo e ouvindo as declarações dos treinadores das duas equipas, o treinador derrotado exorcizou o sentimento da derrota, com a desculpa de falhas da arbitragem, desvalorizando o facto de a sua equipa, ter sido inferior ao longo de toda a partida.

Como adepto este jogo muito foi muito sofrido, como são todos os jogos da minha  equipa, mas o facto de a vitória ter surgido mesmo no final do jogo, e sobretudo sobre o Benfica o nosso eterno rival, esse momento tornou-se ainda mais saboroso.

Claro que os sportinguistas não podem nem devem embandeirar em arco, até porque a não ser a supertaça, ainda não ganhamos mais nada, e ainda há muitos jogos até ao final da época desportiva.

Apesar da deficiente sintaxe do nosso técnico Jorge Jesus, numa coisa ele tem razão, o ego dos sportinguistas está em alta, porque ao contrário dos últimos anos, o Sporting luta em todas as frentes para vencer.

 

publicado por Nuno Santos às 00:36

Novembro 21 2015

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Esta é uma velha máxima do nosso dialeto, mas que na vertente desportiva, nomeadamente no tocante ao derby Sporting – Benfica, já não ocorre há mais de sessenta anos, isto é, há mais de sessenta anos que o Sporting, não ganha três jogos seguidos ao Benfica.

A última vez em que isso aconteceu, era treinador do Sporting José Szabo, que tendo nascido na Hungria e já ter falecido, curiosamente mantém ligações a Outeiro Seco, porque a sua filha Georgina Szabo, é viúva do outeiro secano Euclides Rio, e  reside ainda na nossa aldeia.

O Euclides Rio fez parte da fecunda geração de 1925, composta por onze homens e seis mulheres, sendo das primeiras a organizar os encontros de convívio, para celebrarem a vida. Dela resistem ainda dois homens e duas mulheres; o António Bernardo, Manuel Gonçalves, Natália Rodrigues Afonso e Amélia Portela.

Voltando ao derby, claro que este jogo irá mobilizar todas as atenções da comunicação social, deixando para segundo plano, os atentados terroristas que assolam o mundo, assim como a indecisão do presidente Cavaco, em nomear o novo governo, porque não sabemos ainda, quantas mais personalidades será necessário ouvir.

Pelos vistos ainda não chegou à letra N pois ainda não fui chamado. Se o fosse teria de dizer ao senhor presidente que no dia 4 de outubro o povo escolheu o segundo órgão de soberania da república, logo a seguir ao seu cargo de presidente. Até porque é o presidente da Assembleia da República, quem assume as funções de primeiro representante da república, nas suas ausências do país.

Dir-lhe-ia ainda que em Portugal, não há deputados de primeira nem de segunda. E que desde as primeiras eleições livres ocorridas em 1976, até estas últimas de 4 de outubro de 2015, eu votei sempre no Partido Comunista, não me considerando em nada inferior aos eleitores que, votaram na coligação, pois muitos deles sem qualquer consciência política, votam nas setas porque indicam o lugar no céu, desconhecendo que a felicidade se conquista na terra.

Eu vou lá estar em Alvalade, munido do meu cachecol verde e branco e como o verde é a cor da esperança, confiante que desta vez, obteremos a terceira vitória consecutiva no derby, para no final do encontro poder cantar “ Só eu sei porque não fiquei em casa”.

 

publicado por Nuno Santos às 08:47

Novembro 08 2015

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A chegada do rio pequeno é seguramente, uma das notícias do ano, mais aguardadas em Outeiro Seco, tanto pela população local, como pelos não residentes. E já nem é tanto, pela importância que o rio tem na vida económica e social da aldeia, mas sobretudo, pela beleza que o rio lhe traz.

Outrora, era nos lavadouros do rio onde as mulheres lavavam as roupas da casa e os agricultores, através dos baldões ou picotas regavam as suas hortas. Tudo isso se alterou por força do progresso tecnológico, quer das máquinas de lavar e dos motores de rega, mas sobretudo, pela canalização da água em todas as casas.

O rio não se anuncia, depende das chuvas de outono, mas quase sempre chega ao domingo, porém desta vez, chegou durante a semana e agora, até lá para os finais do próximo mês de julho, irá correr debaixo das pontes, e são quatro, a do Papeiro, a da Rua Central, Pelames e Sabugueiro.

Apesar de este ciclo acontecer todos os anos, porque não há memória de que o rio, alguma vez não tenha secado no verão, poderia correr durante todo o ano, tornando-se numa poderosa mais-valia para a aldeia, quer do ponto de vista económico como estético. Mas para isso, seria necessário um grande investimento de alguém, com uma visão de empreendedorismo.

Atendendo ao imenso caudal que este "rio" debita duarante uma boa parte do ano, bastava que, fosse contruída uma barragem a montante da aldeia, no lugar do Cotete, a qual poderia ter funções de uma mini hídrica, que deste modo produziria eletricidade e ao mesmo tempo, regulava o caudal do rio, fazendo que o mesmo, corresse na aldeia durante todo o ano.

Claro que isto são sonhos demasiados altos, de alguém que, “por se lembrar dos caminhos velhos, tem saudades da terra”.

Mas como o euromilhões esta semana, dá mais de cem milhões em prémios, pode ser que ajude a realizar esta excentricidade.

publicado por Nuno Santos às 09:39

Novembro 07 2015

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A vida é como um carrossel, ora tem momentos em que estamos em baixo, como a seguir, nos eleva o astral. E se na noite de quinta-feira fiquei deprimido, pela humilhante derrota do Sporting, na Albânia, a noite de ontem foi de êxtase,  assistindo ao concerto do Rui Veloso, no Meo Arena.

Já por diversas vezes assisti a concertos ao vivo do Rui Veloso, mas por razões particulares, há três concertos que, gravo na minha memória. O primeiro foi no velhinho estádio José de Alvalade, quando o Rui Veloso fez a primeira parte do concerto de Paul Simon, estando a fazer a promoção do seu disco, Mingos e Samurais.

Foi um momento inesquecível, ouvindo cinquenta mil vozes a cantar temas como; “Não há estrelas no Céu” ou a “Paixão”. Nesse concerto o Montepio Geral, como promotor desse espectáculo, tinha distribuído isqueiros a cada espetador, para darem mais brilho às canções do Paul Simon, como “The Voice of Silence”, só que foi nas canções do Rui Veloso que, os isqueiros mais brilharam.

Anos mais tarde, assisti a um outro concerto memorável no Coliseu de Lisboa, onde cantou mais de trinta canções, um concerto que acabou, perto das duas da manhã.

O último concerto foi ontem no Meo Arena, comemorando os seus trinta e cinco anos de carreira. Depois de um tempo afastado dos palcos, o Rui Veloso demonstrou estar ainda em grande forma, e com muito para dar ao mundo do espectáculo.

Ontem apresentou-nos como que dois espetáculos, primeiro assumiu a sua vertente roqueira, e muitas das canções, foram apresentadas nessa versão. Foi já no encore, que o concerto teve uma fase mais intimista, quando sentado em palco cantou temas como “Jura”, “Gargantilha” “Paixão” “Não há Estrelas no Céu” terminando com os milhares de pessoas que enchiam o Meo Arena, a cantar e a dançar, ao som do “Baile da Paróquia”.

Ora depois destes tempos algo conturbados em que vivemos, por via das incertezas de ordem governativa, nada melhor do que este concerto para nos tranquilizar o espírito e lembrar-mo-nos, de que há vida para lá da formação de governos e dos orçamentos de estado.

publicado por Nuno Santos às 10:12

Novembro 06 2015

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Ao perder hoje por 3-0 na Albânia, o Sporting sofreu uma das mais humilhantes derrotas em competições europeias, por ter sido infligida por uma equipa que, teoricamente, lhe é manifestamente inferior.

Há pouco mais de uma semana, esta equipa, cujo nome a maioria dos sportinguistas não conhecia nem conseguia soletrar o seu nome, SKENDERBEU foi goleada em Alvalade por 5-1, tendo marcado nesse jogo, o seu primeiro golo em competições europeias.

E nem a rotação de jogadores que Jorge Jesus promoveu na equipa, pois da equipa habitual, apenas entraram de início o Rui Patrício e Adrien Silva, serve de desculpa, porque os restantes jogadores, pese embora a juventude de alguns, tinham a obrigação de render bem mais do que aquilo que renderam.

É obvio que o jogo, ficou condicionado pela expulsão do Rui Patrício aos 18 minutos, mas os restantes jogadores, não foram dignos de envergar o símbolo do clube, pois, durante todo o jogo, não criaram uma única oportunidade de golo.

Com esta derrota o Sporting hipotecou de sobremaneira, as possibilidades de passar à fase seguinte da prova, mas mais do que isso, descredibiliza ainda mais o prestígio internacional do clube, o qual já teve melhores dias.

É bom que os responsáveis do clube nomeadamente o seu técnico, tenham em consideração o lema do fundador do clube José de Alvalade, quando disse: “Queremos que o Sporting seja um grande clube, tão grande como os maiores da Europa”.

 

publicado por Nuno Santos às 00:33

Novembro 01 2015

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Chama-se piquenique ao evento social de lazer, onde cada pessoa presente contribui com uma parcela das provisões. Geralmente esses eventos acontecem ar livre e os participantes, compartilham não só a convivialidade, mas também os alimentos.

Foi precisamente isso que aconteceu no Pic Nic organizado pelos Recursos Humanos da Nucase, pela segunda vez no Seminário da Quinta da Aguilha, em Carcavelos. Ontem houve convivialidade e partilha, e mais do que isso, as sobremesas apresentadas, foram sujeitas a concurso.

Tivemos assim um saboroso bufê de sobremesas, tendo sido as mais votadas, a mousse de lima da Sandra Rica, e um bolo de 3 chocolates da Susana Carrega.

Embora as previsões meteorológicas não fossem as mais otimistas, o certo é que até o São Pedro colaborou, propiciando um dia muito agradável, tal como o convívio gerado entre colaboradores e familiares presentes.

Deste encontro, salienta-se o convívio entre colegas dos variados escritórios e a sessão de Karaoke, pela coragem que muitos colegas tiveram, ao demonstrarem os seus dotes de artista, tal como os mais pequenos que, além de mostrarem os seus dotes de artistas, vieram fantasiados, porque ontem celebrava-se o dia de Halloween.

Apesar do evento ter sido bastante participado, foram ainda muitas as ausências, algumas por razões válidas, outras nem tanto, sendo pena porque todas estas iniciativas, visam estreitar o espírito de unidade que, cada vez se torna mais necessário imprimir na empresa.

A todos os colegas participantes, e em especial aos que colaboraram na grelha, um bem haja, e continuem a demostrar essa disponibilidade.

publicado por Nuno Santos às 19:24

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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