Outeiro Secano em Lisboa

Abril 30 2016

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Hoje todos os caminhos vão dar ao Estádio Municipal de Chaves, também denominado Estádio Manuel Branco Teixeira, um nome algo controverso. Efetivamente se o Eng.º Branco Teixeira, enquanto presidente da câmara, foi o responsável por algum desenvolvimento na cidade, inclusive, um dos principais responsáveis por o Desportivo, ter ganho um maior protagonismo, também é verdade que foi o responsável pela descaraterização de algumas zonas da cidade, nomeadamente as Longras, em nome de um modernismo bacoco, agora irreversível.

Mas isso são outras histórias e o Eng.º Branco Teixeira, já cá não está para ser julgado civil ou politicamente, apenas o será pela memória. Hoje é dia de festa e o estádio vai estar cheio, na esperança de se comemorar a subida do Desportivo à Primeira Liga.

O Chaves enfrenta o Farense, um clube também com grande tradição no panorama desportivo nacional, o qual atravessa um período menos positivo, porquanto, está em vias de descer de divisão. De salientar que o ano passado a situação repetiu-se e dessa vez, as coisas não correram bem ao Chaves. Esperamos que este ano seja diferente, e que o Chaves carimbe finalmente o passaporte da subida. Senão o fizer hoje que o seja para a semana, dessa vez no Algarve, em casa do Portimonense.

Infelizmente não estarei fisicamente em Chaves, embora esteja em espírito e de ouvido à escuta. A essa hora irei estar no Porto, assistindo ao clássico Porto-Sporting. Infelizmente razões de ordem pessoal e familiar sobrepuseram-se à minha vontade de estar em Chaves, por isso aproveitei para assistir ao clássico, esperando a vitória do meu outro grande amor o Sporting.

Tal como disse Jorge Jesus em julho passado, quando da apresentação aos sócios, este ano vai ser até ao fim e como a esperança é a última coisa a morrer, nós vamos alimentando essa esperança, até porque o rival pelos resultados tangenciais que obtém bem melhores do que as exibições, e como dizia ontem o David Borges na SIC Notícias, está à beira de dar o estouro, mas claro para isso é necessário que o Sporting, faça a sua parte e ganhe no Dragão.

Apenas um aparte sobre o preço dos bilhetes para o Dragão, um autêntico espúrio, sendo mais barato ir ao Rock in Rio assistir uma noite inteira de música, com artistas universais como Bruce Springsteen ou outros, do que ir ao Dragão assistir a um jogo durante hora e meia.

 

publicado por Nuno Santos às 08:52

Abril 27 2016

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Varsóvia o palácio do conhecimento, um edifício que marca a presença soviética na Polónia.

 

Este mês de abril foi para nós, fértil em viagens, depois da estada de 10 dias na Holanda, quase não tivemos tempo para desfazer as malas, porque tivemos de rumar à Polónia.

Ora, se a viagem à Holanda é já um ritual para matar saudades do filho e nora, a viagem à Polónia teve um outro contexto, porquanto, estava inserida no plano de atividades da Casa do Professor de Loures, da qual a Celeste é sócia, tratando-se por isso de uma viagem de lazer, como devem ser todas as viagens.

Atendendo ao pouco tempo de duração desta viagem, quatro dias e três noites, foi como que um aperitivo, do muito que se pode visitar neste país, quase quatro vezes maior que Portugal, tanto em área, como em população. Segundo a guia que nos acompanhou, a Polónia tem de área 312 mil quilómetros quadrados e 38 milhões e meio de habitantes.

Sendo um país milenar, tem por isso uma história muito rica, com períodos como o da Época Dourada, alternados com outros muito negros, como entre 1795 e 1918 isto é 123 anos em que a Polónia, foi literalmente eliminada do mapa do mundo, porquanto, o seu território, foi repartido entre a Prússia a Rússia e o Império Austro-húngaro.

A Polónia só recuperou novamente o seu estatuto de país independente, em 1918. Porém a partir de setembro de 1939 viveu um novo período negro da sua história, quando foi invadida pela Alemanha de Hitler, só recuperada pelo exército vermelho, em 1944. Durante esse período do domínio alemão, estima-se que terão morrido cerca de seis milhões de polacos, entre nacionalistas e judeus.

Quanto à nossa viagem em voo TAP de Lisboa a Varsóvia, seguimos depois de autocarro para o sul, até Cracóvia. A relação entre Varsóvia e Cracóvia é semelhante à de Lisboa-Porto, até na distância que as separa, de 310 quilómetros. Só que em Portugal existem agora várias autoestradas que fazem essa ligação, mas na Polónia a estrada que liga as duas maiores cidades, é semelhante à antiga estrada nacional 1, com muitos troços onde ainda existem apenas duas vias, embora estejam já a construir uma autoestrada, que, em breve, ligará estas duas cidades.

O centro histórico de Cracóvia está classificado património mundial pela Unesco desde 1978. Como foi a antiga capital do reino, situa-se ali um castelo e a catedral onde faziam a coroação dos reis e onde o Wojtyla foi primeiro bispo auxiliar e depois cardeal, antes de ser conhecido como o Papa João Paulo II que v irou um autêntico herói nacional.

 

 

Cracóvia é uma cidade muito bonita e de grande interesse turístico, como foi aqui fundada a primeira universidade do país, está transformada num grande centro universitário, sendo por isso muito procurada por estudantes estrangeiros para fazerem aqui o seu programa de Erasmus, daí que as suas noites em especial as de fim-de-semana, sejam muito animadas.

Próximo de Cracóvia situam-se dois outros polos de grande interesse turístico, as minas de sal de Wieliczka, e o célebre campo de concentração de Auschwitz.

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Campo de concentração de Auschwitz

Quanto às minas de sal de Wieliczka a sua exploração vem já de há muitos anos, por isso atendendo à sua relevância, estão também reconhecidas como património mundial da humanidade desde 1978. A cerca de duzentos metros de profundidade, estas minas têm uma extensão de mais de 250 quilómetros, embora só cerca de três quilómetros da mina, estejam convertidas em complexo museológico.

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Minas de sal em Wieliczka - Tanto as gravuras como as paredes são de sal.

 

Ali tudo é sal desde o teto às paredes e ao piso, ao longo do percurso podem ver-se esculturas em sal, efetuadas pelos mineiros, assim como várias capelas e outros locais de culto, mas também existe um restaurante um hotel e ainda, um hospital para tratamento de doenças respiratórias.

Depois das minas retomamos o rumo para norte, passando no maior e mais famoso campo de concentração e de extermínio utilizado pelos nazis, o campo de Auschwitz - Bierknau. Trata-se de um lugar preservado para memória futura dos horrores da guerra, onde morreram milhões de judeus mas também de intelectuais e opositores polacos, assim como de prisioneiros de guerra russos.

Este lugar é um roteiro obrigatório para a comunidade judaica, para nós ocidentais, em especial aqueles que não viveram esse período, embora com algum distanciamento, não deixamos contudo de ver este lugar, com alguma consternação.

Depois do Auschwitz segue-se a cidade de Czestochova, onde se situa o famoso santuário de Jasna Gora, mais conhecido no mundo ocidental como virgem negra. Apesar de neste local nunca ter havido aparições, o culto faz-se a um ícone (quadro de uma imagem religiosa, pintado sobre madeira) porém segundo estatísticas, a seguir ao Vaticano este santuário, é o segundo templo católico mais visitado no mundo.

Por fim chegamos a Varsóvia a capital, uma cidade que foi praticamente arrasada pela guerra mas que tal como a Fénix da mitologia grega, renasceu. Dizem que uma boa parte da cidade nomeadamente a sua zona histórica foi requalificada e restaurada recorrendo, quer à memória dos seus sobreviventes, mas também às imagens de quadros antigos de pintores famosos que, tinham pintado a cidade.

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O palácio de D. João III algo semelhante a Versalhes 

O que não foi reconstruído foi o antigo gueto judeu, em cujo local se erguem agora a maioria dos prédios mais modernos da cidade.

Na Polónia existe uma grande tradição católica, diz-se que 97% dos polacos professam esta religião, razão pela qual em Varsóvia, há quase tantas igrejas como mesquitas em Istambul.

Resta acrescentar que o país é atravessado de norte a sul pelo rio Vístula, passa primeiro em Cracóvia e depois em Varsóvia, desaguando a norte no mar Báltico. A Polónia é membro da União Europeia desde 2004, aderiu ao Tratado Schengen, mas não ao euro. A sua moeda é o zloty e cada euro vale cerca de 4 zlótis.

Para os amantes de viagens, eis uma boa sugestão para uma próxima viagem.

publicado por Nuno Santos às 08:50

Abril 19 2016

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Tenho assistido com algum distanciamento à crise política que grassa no Brasil, embora preocupado com o bem-estar de familiares e amigos, sobretudo, pelas repercussões que esta crise política possa ter nas suas vidas pessoais e profissionais.

Apesar das suas riquezas endógenas, o Brasil tem sido um país com o futuro sistematicamente adiado, embora nas duas últimas décadas tenha conhecido um incremento positivo, tanto no campo económico como social, diminuindo assimetrias eliminando alguma pobreza, que, em alguns setores da sociedade, eram extremas.

Ao contrário da maioria dos países da Europa, onde vigora um sistema político parlamentar, o Brasil rege-se por um sistema presidencialista, assentando o poder no seu presidente, atualmente Dilma Rousseff, no vice-presidente Michel Temer e no presidente do Congresso Eduardo Cunha.

O processo de destituição que pesa sobre a presidente Dilma nada tem a ver com corrupção, apesar de ser a maior chaga na classe política, diz-se que 40% dos deputados do congresso, têm processos de investigação. O caso da destituição da presidete Dilma resulta de um ato de governação, que, em qualquer regime parlamentar, seria resolvida numa Comissão Parlamentar, resultando daí apenas consequências políticas.

Contudo por interesses obscuros, os quais se prendem com a usurpação do poder, porque a constituição brasileira não prevê a marcação de eleições antecipadas. Destituída a presidente sobe ao seu lugar o vice-presidente, sendo este substituído pelo presidente do Congresso.

Estes dois sim estão indiciados em vários processos de corrupção e não só, pois além da implicação no processo Lava Jato, Eduardo Cunha tem contas bancárias no estrangeiro, tendo mentido à Comissão, omitindo a sua existência.

O Brasil que por causa da baixa do petróleo, já não conhecia bons momentos, vê-se agora com o governo praticamente paralisado, e como este processo demorará ainda algum tempo a solucionar-se, vamos ver como o povão irá reagir e quais as consequências de tudo isto. Esperamos que a democracia prevaleça e não volte de novo o fantasma da ditadura de 1964, quando os militares tomaram o poder na sequência de uma crise política.

Que mais irá acontecer ao povo brasileiro? Razão tem o Chico Buarque ao cantar “Pai afasta de mim esse cálice”.

 

publicado por Nuno Santos às 19:18

Abril 18 2016

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A minha mãe costuma dizer que “quem vê um povo, vê um mundo todo” embora esta máxima possa ser um pouco forçada, a verdade é que pelo mundo fora veem-se coisas que, nós também temos, senão iguais, com alguma similitude.

Em Amsterdam por exemplo, converteram uma antiga central de recolha de Trams, aquilo que nós designamos por elétricos, tipo Santo Amaro ou Arco do Cego, numa área parecida com o nosso Mercado da Ribeira em Lisboa, ou o Mercado Bom Sucesso no Porto, pese embora o De Hallen seja maior e com muitas outras valências.

Além da variada oferta de restauração, que vai da cozinha italiana à vietnamita, passando pelo nosso presunto ibérico, neste espaço existem ainda muitas lojas e estúdios, sendo atualmente um grande polo de atração turística, onde se pode comer de forma variada e a preços acessíveis.

Aliás, em matéria de preços das refeições, Amsterdam não difere das restantes capitais europeias, inclusive Lisboa, há preços para todos os gostos e bolsas. Por exemplo, um café expresso numa esplanada da Praça Damm, custa 4,50 €. Mas a menos de duzentos metros, numa rua ao lado, já se pode tomar um café expresso por 2,00 €.  

Apesar da vicissitude dos preços, Amsterdam continua a ser um centro turístico por excelência, em qualquer altura do ano, sendo constantes os grupos organizados ou isolados que se veem circular pela cidade, munidos das suas máquinas fotográficas e de mapas para sua orientação. Quem viaje aos fins-de-semana, vê cada vez mais grupos de jovens, tanto de rapazes como raparigas, procurando Amsterdam para fazerem as despedidas de solteiros.

Uma coisa agradável para os portugueses, tanto residentes como turistas, é que vai havendo cada vez mais lugares de referência do nosso país. Depois dos restaurantes Girassol e Portugália, ambos com ementas portuguesas, para os mais saudosistas, existe na Harlemmerstraat uma loja designada Casa Bocage, a qual vende variadíssimos produtos portugueses, desde o azeite ao vinho português sem esquecer os pastéis de nata e o café Delta. Na Kinkerstraat 28 abriu há pouco tempo a Casa Portugal Brasil, onde também vende muitos artigos portugueses.

Os que já estão instalados em Amsterdam e queiram decorar as suas casas com produtos portugueses, nomeadamente loiças, já não tem necessidade de recorrer aos custos e riscos dos transportes, pois no Jordaan um dos bairros mais caraterísticos da cidade, na Westerstraat têm a Mar Decor, onde podem encontrar todos os produtos da Vista Alegre, Atlantis e Bordalo Pinheiro.

Chama-se a isto a globalização ou se quiserem “Portugueses no Mundo”.

publicado por Nuno Santos às 08:57

Abril 15 2016

 

É muito gratificante como dizia Sofia, ver ouvir e ler o nome da nossa terra, sobretudo, quando se está fora, mas por razões que, enalteçam o nome da cidade e da região.

Ora o projecto Ponte Escrita, que, neste fim de semana se realiza em Chaves promovendo um encontro de escritores portugueses e galegos, tendo como mote a nossa terra e as suas gentes, vem de encontro a esse sentimento.

Para mim ele é ainda mais exacerbado, pelo facto do seu mentor e principal organizador ser o Eng. Altino Rio, por ser meu amigo e companheiro de route há muitos anos, noutros projectos culturais, ainda que de menor dimensão.

Embora circunstancialmente me encontre fora do país, razão pela qual não estarei presente no encontro dos escritores com a população, tenho seguido a programação do evento através da internet, ficando a torcer pelo seu êxito, mas para quem como eu, conhece as qualidades e métodos do organizador, não tenho a menor dúvida de que, os objectivos propostos serão atingidos.

Sabemos que a realização deste evento, resulta da vitória à candidatura do Orçamento Participativo 2015, mas atendendo à projecção que, este evento dá à cidade, à semelhança de outros que já se realizam pelo país fora, entre os quais, Póvoa de Varzim, Penafiel, Funchal e muitos outros, achamos que a Câmara Municipal de Chaves deveria dar continuidade a este projecto, consolidando-o no roteiro cultural da cidade.

Como deste encontro de escritores, além da troca de ideias nascerá um livro sobre a cidade, fico a aguardar o seu lançamento, como leitor.

  

publicado por Nuno Santos às 10:53

Abril 10 2016

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Hoje em dia fala-se tanto em fortunas desviadas para paraísos fiscais, onde o dinheiro aí depositado, serve apenas para a satisfação pessoal dos seus titulares. Felizmente vai havendo pelo mundo alguns afortunados, que, em vez de amealharem esse pecúlio, apenas para proveito próprio, partilham-no com a comunidade, através da constituição de fundações culturais, filantrópicas ou outras.

Em Portugal as mais conhecidas são a Fundação Gulbenkian, a Fundação Champalimaud ou a Fundação Bissaya Barreto de Coimbra, proprietária do parque Portugal dos Pequenitos. Contudo existem algumas das quais os seus fins, não justificam os meios gastos.  

A existência das Fundações é uma prática comum em todo o mundo e na Holanda onde me encontro actualmente, entre muitas outras existe a Fundação Helene Kröler Müller que a não ser na dimensão do seu parque, no restante, é muito parecida com a Fundação Gulbenkian.

Situada perto de uma pequena cidade chamada Otterlo a cerca de uma hora de Amsterdam, esta fundação está integrada no Parque Natural Hoge Vewule, composto por um parque de floresta e uma pradaria, com uma área que nem sei quantificar, mas terá bem mais de 5 mil hectares.

Entre outros serviços, a Fundação Helene Kröler Müller tem um museu, o qual reúne toda a arte, desde a pintura à escultura espalhada não só pelas suas galerias como pelos seus belos jardins.

Embora estejam representados todos os grandes artistas desde os impressionistas aos mais modernos, o seu maior destaque vai para Vincent Van Gogh com 90 pinturas e mais de 180 desenhos, ocupando duas das maiores galerias do museu.

Devido à extensão do parque a sua deslocação pode ser feita de duas maneiras ou de automóvel para o qual tem de pagar um ingresso ou em alternativa, à boa maneira holandesa, de bicicleta. Para o efeito existem centenas de bicicletas espalhadas pelo parque bastando para o efeito pegar e pedalar.

Aconselho a quem visitar a Holanda que não se restrinja apenas a Amsterdam e ao Red Light pois existem muitos outros locais de interesse a visitar e o Museu e Jardis de Escultura de Kröller Müller, bem como o Parque Hoge Veluwe é um desses locais de referência.

publicado por Nuno Santos às 16:16

Abril 07 2016

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Ainda não foi desta que o Desportivo de Chaves, chegou ao primeiro lugar, desaproveitando a derrota do Porto B em Mafra. Valeu-nos a correlação dos resultados das equipas concorrentes, nomeadamente a derrota do Famalicão, nos Açores, doutra forma, estaríamos agora em terceiro lugar.

Quanto ao jogo de ontem, foi notória a diferença de categoria individual dos intervenientes. O Sporting B apresentou uma equipa, toda ela oriunda dos seus escalões de formação, a qual tem apresentado melhores resultados, do que quando jogavam jogadores estrangeiros que, embora contratados a peso de ouro, não cabiam na primeira equipa, exemplos de Labyad, Jonath Silva, Dramé, Slachev e outros.

É um regalo ver jogadores portugueses como o Daniel Podence, pese embora a sua pequena estatura, parece um gigante em campo. Ontem vimos a forma como ele resolveu o lance do segundo golo, em contraste com o jogador Barry do Chaves, num lance semelhante, em que este se atrapalhou com a bola.

Na segunda parte o Chaves teve mais posse, porém não constituiu uma única oportunidade de perigo. Quanto à arbitragem, em minha opinião não teve qualquer influência no resultado, só que os adeptos do Chaves, tal como a maioria dos adeptos de outros clubes, com exceção de Guimarães, a paixão sobre o clube da sua terra é secundária, pois em primeiro está sempre um dos grandes. Eu também faço mea culpa, não fugindo à regra e como ontem o jogo era com o Sporting, claro que essa rivalidade foi ainda mais exacerbada. E embora no campo ficasse com dúvidas, num pretenso penalti sobre João Mário, em casa revi o jogo na televisão e vi que foi um corte limpo, do defesa sportinguista.

Numa coisa os adeptos do Chaves tiveram razão, sobre o espaço reservado nas bancadas, embora se coubesse conforme se pode ver pelas cadeiras vazias da foto, mas a rede separadora era incómoda e retirava visão ao campo de jogo. Porém entende-se que a organização do jogo tivesse privilegiado a segurança, porque quando se misturam claques adversárias, nem sempre costuma dar bom resultado, e eu também não me recordo de ver adeptos organizados de equipas adversárias, na bancada central do Estádio Municipal de Chaves, aliás ficam sempre atrás de uma das balizas.

Esperamos que na próxima visita a Mafra, já no dia 24 de abril, o Chaves seja mais feliz. Eu não vou poder assistir a esse jogo porque nessa altura estarei ausente do país, mas claro que torcerei pela vitória do Chaves.  

 

publicado por Nuno Santos às 09:30

Abril 06 2016

 

 

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Em matéria de paixão clubística confesso que, sempre tive dois amores. Sou o sócio n.º 12.805 do Sporting Club de Portugal já com mais de trinta anos de filiação e o sócio n.º 576 do Grupo Desportivo de Chaves, que, andará já perto dos vinte e cinco anos. Porém hoje vou a Alcochete à Academia Sporting, torcer exclusivamente pelo Grupo Desportivo de Chaves, na esperança de que este ano, seja o ano do regresso do Chaves, à Primeira Liga.

Há dias no Blogue Chaves, o Gil Santos descreveu um episódio passado com o Desportivo em Vizela, cujo desfecho não foi muito feliz. Aliás esse não foi o primeiro episódio violento em Vizela, pois recordo-me de um outro na década de sessenta, quando no Chaves ainda jogavam o Melo, protagonizado segundo creio pelo Adão que era de Vizela.

Apesar de viver em Lisboa desde 1973, também já vivi alguns episódios com o Desportivo, e claro uns mais alegres outros nem tanto. O Desportivo subiu à primeira divisão no ano de 1984-1985, onde manteve alguma constância, tendo inclusive conquistado na época de 1986-1987 uma ida às competições europeias.

Entretanto, os apoios nomeadamente dos transmontanos emigrantes foram esfriando e na época 1992-1993 chegou à última jornada, jogando em casa a sua manutenção na primeira divisão, com a Académica de Coimbra. Se o Chaves ganhasse garantia a manutenção, se empatasse ou perdesse era a Académica, quem se mantinha na primeira divisão.

Estávamos em final de maio e eu na sequência de duas infrações rodoviárias, tinha a carta apreendida, mas a paixão pelo Desportivo falou mais alto e mesmo sem carta de condução, meti-me no Renault 5 da época que me levou a Chaves, rezando à senhora da Azinheira para que não fosse apanhado pelas autoridades e que o Chaves ganhasse.

Afina a senhora da Azinheira só me ouviu em parte, a polícia não me importunou, mas o Chaves empatou 0-0 tendo descido de divisão. Acabado o jogo ainda tive de suportar o trânsito da nacional 2 de Chaves a Vila Real atrás dos autocarros dos adeptos da Académica, gozando comigo por trazer o cachecol do Chaves bem visível no sobre o tablier do carro.

 

  

   

 

publicado por Nuno Santos às 10:06

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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