Outeiro Secano em Lisboa

Julho 31 2016

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Aproxima-se a festa da Senhora da Azinheira em Outeiro Seco e como sempre acontece no largo do tanque, assiste-se a grandes debates sobre o programa da festa, ainda que isso seja da responsabilidade exclusiva da Comissão de Festas, a qual, tem poderes executivos sobre essa matéria.

O programa da festa em regra geral não varia de uns anos para os outros, até porque devido ao facto da realização da festa, ser numa data fixa, sempre no dia 8 de setembro e na maioria das vezes em dia de semana , limita desde logo a presença de muitas pessoas ainda em atividade, mas que não conseguem conciliar a marcação das férias, para esta data.

Quanto à presença de pessoas, a nossa festa tem dois pontos altos, e ambos à noite. O primeiro é a procissão de velas a qual se realiza na noite do dia 7 de setembro, e cada ano com mais aderentes, embora muitos deles são pessoas estranhas à aldeia. Tal razão prende-se com o facto de, antes da agregação de Santa Cruz com a nova freguesia Santa Cruz/Trindade/Sanjurge, muitos dos residentes desse lugar enterraram-se no cemitério local, por isso, os familiares e amigos aproveitam esse dia, para fazer a romagem ao cemitério.

O outro ponto alto é o arraial do dia 8 de setembro, mas diga-se em abono da verdade, por causa do fogo de artifício. Goste-se ou não e há pessoas que não gostam, o fogo de artifício arrasta multidões, seja em Outeiro Seco no Porto em Lisboa ou em Nice, de recente má memória.

Mas se para os locais, a questão do fogo é consensual, a discussão do programa da festa, centra-se sobretudo na questão das bandas e do conjunto.

Desde há muitos anos que o nosso arraial tem um conjunto no recinto lateral à igreja, quase sempre com receitas angariadas pela Comissão de Festas dos Solteiros, tocando em simultâneo com duas bandas, nos coretos situados no recinto em frente da igreja, da responsabilidade da Comissão dos Casados.

Ora é aqui que se verifica o pomo da discórdia, porque o volume do som do conjunto, colide com a atuação das bandas, por causa da proximidade dos dois recintos.

Donde há quem defenda que, as Bandas Filarmónicas deveriam realizar apenas a arruada matinal e a procissão, depois o Conjunto ou mais do que um, abrilhantariam a festa, durante a tarde e noite.

Como outeiro secano, não me dispenso em dar a minha opinião sobre esta matéria. Confesso que, sempre fui um admirador das bandas filarmónicas, e como sou uma pessoa de lágrima fácil, não me envergonho de dizer que, é frequente soltarem-se-me quando vejo e ouço a banda, desfilar pelas ruas da aldeia, mais do que depois em concerto, no coreto.

Mas para mim a solução ideal para a nossa festa seria a seguinte. Alteração da data da festa para um fim de semana. Na sexta-feira à noite seria a procissão de velas e sermão, no sábado o arraial com o conjunto e o fogo de artifício, e depois no domingo, a festa religiosa com a procissão e à tarde um concerto de Bandas Filarmónicas.

A propósito de concerto de Bandas de referir que, na passada sexta-feira, assisti a um excelente concerto na Praça General Silveira (Freiras) dado pelas Bandas de Outeiro Seco e de Loivos. Não gostaria de entrar muito em considerações de avaliação, primeiro porque não sou um expert na matéria, segundo porque segundo me foi explicado, estávamos perante duas realidades diferentes isto é duas bandas de campeonatos diferentes.

Na Banda de Outeiro Seco estavam  pessoas que, andam na música por paixão, que dão muito do seu tempo e da sua vida pessoal, em prol da música. Do lado da Banda de Loivos uma banda com muita maior tradição, mas agora é composta por muitos dos alunos da Academia de Música de Chaves, muitos deles uma espécie de profissionais da música, os quais tocam onde mais lhe pagam, apesar da Academia ser uma instituição financiada pela autarquia e a própria autarquia, ter também uma banda, a Banda Municipal “Os Pardais”.

De salientar que a Praça estava cheia, um sinal de que continua a haver espaço para as Bandas e para os Conjuntos, desde se concilie a sua programação.

 

 

 

 

publicado por Nuno Santos às 09:14

Julho 18 2016

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Ultimamente têm sido notícia as audiências dadas pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa em Belém, aos nossos atletas, condecorando-os pelo seu desempenho desportivo nas competições internacionais. Os franceses que recentemente perderam o título europeu de futebol para Portugal, já lhe chamam o “ Pé de Coelho”, o amuleto usado para dar sorte, porque a todos os jogos aos quais assistiu da nossa seleção, deu sorte.

Claro que a sorte dá muito trabalho e a sorte dos atletas, implica muito esforço e muito sacrifício, pese embora no futebol, haja por vezes essa ponta de sorte, atribuindo-se isso à estrela de campeão, uma coisa que o meu clube, o Sporting, não costumam ser bafejado muitas vezes. Ainda no ano passado, apesar de ser a defesa menos batida e ter sido indicada pela crítica, como a equipa que melhor futebol jogou ao longo do ano, acabou por não ser campeão.

Mas depois das várias comendas já distribuídas, na próxima terça-feira será a seleção de hóquei patins, mas, vamos lá a ver se para a próxima semana, não será a seleção de futebol sub 19, porquanto, já estamos a dois jogos de nos sagrarmos campeões europeus na categoria.

Se tal acontecer, este será um ano dourado para o futebol português, pois, já fomos campeões europeus no escalão de sub 17, no escalão sénior, estamos a caminho de sermos campeões no escalão sub 19, e em agosto, inicia-se os Jogos Olímpicos onde as expectativas também são elevadas, apesar de que na modalidade do futebol não vão os melhores atletas, por causa de ter havido algumas negas de clubes.

Isso acontece porque não sendo a organização dos Jogos Olímpicos da responsabilidade da FIFA, os clubes não estão obrigados a ceder os jogadores, porém nos jogos olímpicos participam os atletas com menos de 23 anos, podendo depois cada seleção, incorporar três jogadores de idade superior sabendo-se já que o Brasil um eterno candidato e este ano ainda mais por ser o país organizador vai contar com o Neymar.

Portugal não vai contar com os melhores mas já sabemos que o Presidente Marcelo vai estar pelo menos na abertura dos jogos, logo esperamos que seja mais uma vez o amuleto da sorte para os nossos atletas.

Mas não foi só para dar comendas e apoiar os atletas, que, se elegeu o presidente, de tal forma que se diz que é o presidente de todos os portugueses. Ele deve ser o elo de união entre todos os portugueses, ora, a união é coisa que não se tem visto estre as principais forças partidárias, mesmo em matérias que devem ser estruturantes para o país, como as metas orçamentais, e assim torna-se difícil atingir essas metas.

Ora, como os políticos fazem sempre uma colagem aos resultados do desporto, espero que sigam o seu exemplo. A seleção é composta por jogadores oriundos de vários clubes, os quais se degladiam durante o ano na procura do único resultado possível que é o campeonato, mas quando está em causa o país e a seleção esquecem essas diferenças. Os partidos em prol do país deveriam fazer o mesmo, e assim teríamos um país melhor para todos.

 

  

publicado por Nuno Santos às 08:05

Julho 14 2016

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Depois do anúncio efetuado pelo senhor padre Banha, na missa do domingo passado, os mordomos já iniciaram o peditório, assim como o planeamento da realização da festa da Sra da Azinheira, como sempre no dia 8 de setembro, que este ano calha numa quinta-feira.

É conhecida a minha discordância quanto à comemoração da festa, sempre nesta data fixa, porque em minha opinião  devido à dinâmica dos tempos, a festa num dia da semana, perde brilho e pessoas, ocupadas nas suas atividades quotidianas, na sua maioria exercidas fora da aldeia.

A acrescentar a tudo isso, salienta-se as alterações substanciais no modus vivendi das pessoas. Se antigamente a esmagadora maioria dos outeiro secanos, ocupavam a sua vida na agricultura, fazendo o feriado quando queriam. Agora a sua maioria teve de sair para fora, e os que ficaram trabalham por conta de outrem, em atividades de serviços com férias condicionadas, além de que, o calendário escolar também se alterou.

Antes o ano escolar tinha início em outubro, agora começa em setembro, tanto em Portugal como no estrangeiro, logo, os emigrantes com filhos têm de regressar às suas terras de acolhimento pelo final de agosto, para que os seus filhos iniciem o ano escolar em setembro, sem constrangimentos.

A discussão da celebração da festa em data fixa é já muito antiga, atingindo o seu ponto mais alto no ano de 1943. Por via disso, nesse ano realizaram-se na aldeia duas festas da Sra da Azinheira. Uma no fim-de-semana mais próximo do dia 8 de setembro, patrocinada pelos órgãos de poder local, a Junta e a Comissão da Fábrica da Igreja. Outra, organizada por um movimento popular que, a comemorou no seu dia a 8 de setembro, embora do seu programa constasse apenas o baile e arraial, porquanto, nem a igreja se abriu, porque, na ótica da Comissão da Fábrica da Igreja, a festa já tinha decorrido.

Escusado será dizer a celeuma que este caso provocou, mas como o povo é quem mais ordena, foi a vontade do povo de Outeiro Seco que prevaleceu, retomando-se a festa na sua data original, ao contrário de outras aldeias vizinhas, onde se mudou a data, para benefício da própria festa e dos seus naturais não residentes, como foi o caso de Vilarelho da Raia.

Mas tudo isto faz parte do passado da aldeia e da sua história social, agora o que interessa é o presente e ele aí está, embora eu mantenha a minha opinião pessoal de que a sua alteração traria valor acrescentado à aldeia, desejo que a festa no seu atual figurino, obtenha um grande êxito, tão grande quanto o desejo dos seus organizadores, ou seja dos mordomos.

Mantendo também a tradição de realizar a organização da festa por bairros, este ano e passados dezasseis anos, cabe de novo ao bairro da Ribalta a organização da festa deste ano. Há dezasseis anos calhou numa quarta-feira e como era o ano de 1999 o ano da transição do milénio, decidiu-se associar esse acontecimento, ao mote da festa.

Ainda que nessa altura eu mantivesse o estatuto atual de não residente, por causa das parcerias noutros projetos culturais com o Altino e Tó Manel, fui convidado por eles, para essa comissão.

Ora, pelo facto da festa coincidir com a passagem do milénio, era nosso propósito que, essa festa ficasse assinalada, como um marco na história da aldeia, à semelhança da festa do ano de 1945, conhecida pela festa do Despique, por causa do confronto entre o Bairro do Eiró e o Bairro do Pontão, no tocante ao fogo de artifício.

Em abono da verdade diga-se que, a festa da Sra da Azinheira já vinha em crescendo, em especial no tocante ao fogo, mas o ano de 1999 ficará na memória, porque embora mantendo aquilo que era tradicional, houve muita inovação, nomeadamente, no número de dias de festa, assim como nas variedades musicais, havendo concertos de artistas, tunas universitárias, ranchos, bandas filarmónicas da região, a Banda da GNR, e conjuntos musicais.

Nesse ano houve uma grande simbiose entre toda a comissão, reforçada com a ajuda das nossas mulheres, alargando por isso a nossa base de apoio. Embora não fosse nomeado pela comissão cessante, fui de novo convidado para integrar a comissão, mas por razões estritamente pessoais e familiares desta vez  estarei de fora, torcendo para que a comissão da festa deste ano, obtenha um êxito semelhante ao de 1999, senão maior ainda, para orgulho de todos os outeiro secanos residentes e espalhados pela diáspora, porque muitos deles fazem das tripas coração para estar presentes nesse dia.

 

    

publicado por Nuno Santos às 10:25

Julho 11 2016

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Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida

Entre as mãos duma criança.

 

Embora o título de campeão europeu fosse o desejo e o sonho de um povo, a verdade é que nem todos os portugueses acreditavam ser possível, face às circunstâncias inerentes a este jogo, eu próprio confesso tinha algum ceticismo.

Desde logo, porque o outro finalista era a França, o país organizador, depois, porque havia toda uma tradição de resultados negativos contra nós, o nosso comandante estava um pouco inferiorizado, e pior ainda, foi logo abatido no início do combate.

Mas como diz o poeta, o sonho tornou-se "realidade", uma palavra também  muito usada pelo nosso selecionador, que sonhava com o título de campeão europeu, de tal forma que o transmitiu bem cedo, dizendo que, só regressaria a Portugal no dia 11 e em festa.

Ora, a profecia realizou-se,  só indo regressar hoje a Portugal e em festa, a qual já se iniciou ontem, por todo o mundo, onde há portugueses.

Claro que a festa foi mais forte, em todos os países da lusofonia, mas foi extensível a outros países onde há pessoas que, por qualquer razão, têm laços de amizade com Portugal. São conhecidos, os efusivos festejos de Benni Maccarthy, um sul africano que passou pelo Futebol Clube do Porto, assim como os do embaixador dos Estados Unidos em Portugal e até do espaço vieram os parabéns, dados pelo austronauta residente na estação espacial, com uma fotografia da península ibérica.

Este título foi vivido com grande emoção por todo o país de norte a sul, pelos jogadores e equipa técnica, mas sobretudo, pelos nossos emigrantes, mas em especial os emigrantes franceses, porque continuam a ser tratados por alguns franceses, com  sobranceria e sentimento de superioridade.

Confesso que tinha alguma simpatia pessoal, pela França e pelos franceses, mas a sua falta de fair play demonstrada ontem, com o apagão da torre Eiffel, abalou um pouco essas minhas simpatias, para com a França e os franceses.

O dia já tinha começado bem, com os títulos de campeões individuais e coletivos na meia-maratona dos campeonatos europeus de atletismo, realizados em Amsterdão e ainda na disciplina do triplo salto feminino, assim como o segundo lugar na etapa da Volta à França por Rui Costa, porém acabou em beleza com o título europeu em futebol, graças aos 23 heróis para não invidualizar nenhum.

Embora fossem vitórias desportivas, as quais não melhoram a nossa qualidade de vida, melhoram o nosso astral, mas ao mesmo tempo, podem contudo deixar-nos algumas reflexões. Ora se no desporto conseguimos estar no ranquing dos melhores da Europa, porque não o somos nas outras atividades?  

Bora lá Portugal! Vamos provar que somos pequenos em território mas grandes nos desígnios.

 

publicado por Nuno Santos às 07:53

Julho 10 2016

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Chegou o dia da grande final do campeonato europeu de futebol, cumprindo-se assim a epifania do nosso selecionador Fernando Santos, de que só regressaria a Portugal, no dia 11 de julho, convicto de que a nossa seleção, iria disputar a final no dia 10.

 Ora, como ele também disse que, as finais não se jogam mas ganham-se, oxalá a epifania se concretize em pleno, tanto mais que, o nosso selecionador é um homem de fé, e a seleção, traga para a Portugal a taça. Se tal acontecer e ainda que apenas metafórico, ou seja em sentido figurado, parte da taça terá de ficar em França, espalhada por todos os portugueses ali residentes, pelo apoio que têm dado à seleção.

Tem sido comovedor o apoio dado à seleção, pelos portugueses ali residentes, na sua maioria já de segunda e terceira geração, portanto, nascidos e criados em França, cujo vínculo com o nosso país tem sido reforçado, precisamente por causa do futebol, tanto dos clubes, mas sobretudo, da seleção.  

Este fenómeno é curioso e estende-se às próprias seleções. A seleção portuguesa tem jogadores nascidos em França, como são os casos de Anthony Lopes e Adrien Silva, os quais optaram pela nacionalidade portuguesa, defendendo as cores nacionais, ou o caso do melhor jogador francês, Antoine Lopes Gryezmann que, sendo filho de mãe portuguesa e pai francês, é atualmente o maior ídolo dos franceses.

É conhecido o chauvinismo francês, exacerbando tudo o que é seu, em detrimento dos outros, por isso alguma imprensa francesa tem denegrido o desempenho da nossa seleção, ainda que o desempenho da sua não tivesse sido muito diferente, tendo obtido vitórias tangenciais, quase sempre em finais das partidas, com exceção feita ao jogo com a Islândia e depois com a Alemanha, ainda que aqui com alguma sorte à mistura.

Claro que a sorte, é uma componente deste jogo, onde nem sempre ganham os mais fortes, porque se fosse pelas estatísticas, então perderíamos por 6-0, porquanto a França, é seis vezes maior que Portugal, tanto em área como em população. Mas no campo são onze contra onze, e vamos ter fé de que vamos ser mais fortes e ganhar o campeonato europeu em futebol, porquanto, não podemos ganhar o campeonato do desenvolvimento e da competitividade, o qual daria um mais bem-estar daria a todos os portugueses.

publicado por Nuno Santos às 09:21

Julho 06 2016

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O novo Largo do Palácio da Justiça

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Vista parcial de Outeiro Seco pelo drone do Marcos Costa

 

Caros amigos,

Após uma prolongada estada repartida entre Chaves e Outeiro Seco, eis as minhas impressões daquilo que vi e gostei, assim como daquilo que, também não gostei.

Gostei da beleza da paisagem nesta altura do ano, com os campos verdes e floridos, assim como do caudal ainda cheio do Tâmega e do nosso ribeiro, fruto da imensa chuva que caiu durante o inverno e a primavera. Oxalá o tempo quente e seco do verão, não nos tragam a praga dos incêndios dos anos anteriores, porque além dos prejuízos económicos que acarretam, modificam a paisagem, dando-lhe um aspeto feio e desolador.

Gostei dos poucos momentos de tertúlia que passei, tanto na cidade como na aldeia, embora sejam cada vez mais raros, porque tanto a cidade como a aldeia, vão perdendo cada vez mais população, saindo em busca de melhores condições de vida noutras paragens.

Por via disso, o café Sport já não é o principal ponto de encontro da cidade, porque entretanto nasceram outras centralidades na cidade, tornando-se desse modo mais difícil, rever todos os amigos.

O mesmo se passa na aldeia, com o pessoal a repartir-se pelos vários cafés, outros ficam em casa seguindo as novelas, por isso o largo do tanque que, outrora era a sala de estar da aldeia, em muitos momentos do dia, ele está vazio e sem vivalma.

Não gostei do silêncio sobre o Desportivo, apesar de ter subido este ano à primeira liga, quase ninguem fala do Desportivo. Claro que o tema do momento, é o Euro 2016, nem tanto pelo bom ou mau desempenho da nossa seleção, mas sobretudo, pelas opções do selecionador, muito inquinadas pela simpatia clubística de cada um.

Mas gostei de ver o andamento das obras de requalificação do estádio, não sei se estas obras são extensíveis a um novo tapete de relva, porquanto o atual parece-me bastante degradado. Quanto às  novas aquisições, gostei sobretudo da aquisição de Vukcevic, o qual segundo disse está bem mais maduro e consciente das suas obrigações profissionais. Espero agora  que esta Direção, consiga posicionar-se juntos dos grandes, para receber a título de empréstimo alguns dos jovens jogadores que, são esperanças do futuro, ptrecisando rodar noutros clubes, a exemplo do que tem feito o Moreirense e outros clubes. 

Na aldeia ainda não se vive o clima da festa da Sra da Azinheira, porque a comissão eleita, ainda não iniciou o peditório, apesar de faltarem apenas dois meses. Ora como ainda não há o programa das festas, logo, a festa ainda não é assunto. No entanto já se vai falando que, algumas das bandas musicais que costumam marcar presença, já terão assumido o compromisso para esse dia, noutras festas.

Não gostei e não gosto da relação que a cidade mantém com a comunicação social, fazendo lembrar a do meu clube, o Sporting. As coisas negativas têm sempre um enorme impacto, enquanto as positivas, quase não se dá por elas. Por exemplo enquanto aí estive, realizou-se uma Conferência, onde estiveram dois dos maiores arquitetos do mundo, por sinal ambos portugueses, o Eduardo Souto Moura e Álvaro Siza Vieira, contudo, vi pouca projeção desse evento nos meios de comunicação. O mesmo se passou com as imagens no telejornal da RTP, sobre a inauguração da Fundação Nadir Afonso. Não fora a descerramento da lápide e mais parecia que, o Presidente da República, tinha ido a Chaves, apenas para distribuir afetos e que ainda estava em campanha.

Também não gostei de ver na cidade, o novo efeito urbanístico da praça do Arrabalde, causado pela cobertura às novas Termas Romanas. Apesar de terem sido inauguradas há mais de um ano, as Termas só agora irão abrir ao público, porque os projetistas esqueceram-se de que as termas eram quentes, e não deixaram aberturas para a condensação do ar. Antes deveriam ter visitado  outras cidades europeias como a cidade espanhola Mérida, e ver como se concilia o romano com o moderno.

Gostei de saber que, em breve a Câmara vai emendar o erro e requalificar de novo o Largo das Freiras, pese embora não conheça ainda o projecto, falaram-me disso, esperando agora  que as Freiras, recuperem a centralidade e a beleza de outrora.

Na aldeia gostei de ver as obra no cruzamento do Alto do Cruzeiro, para regularizar o trânsito e por cobro aos frequentes toques, mas não gostei de ver o estado em que se encontra o adro da Sra da Azinheira, um monumento nacional muito procurado nesta altura pelos turistas, mas com ervas que mais parece um lameiro, embora seja um lugar sagrado, onde estão sepultados muitos dos nossos antepassados.

Por falar em turistas, gostei de ver que a cidade de Chaves, faz parte do roteiro do Turismo Sénior do Inatel. Porém, não gostei de ver os turistas a circularem de forma isolada pela cidade, sem que o departamento de turismo da Câmara lhes disponibilizasse um guia, mostrando-lhe os pontos de maior interesse cultural da cidade, à semelhança do que acontece por exemplo, na cidade da Guarda, onde eu próprio já fui beneficiário desse serviço, ficando a conhecer melhor essa cidade,  embora já lá tivesse ido mais vezes.

No final deste mês regressarei a Chaves para o III Jantar Convívio dos antigos alunos da Escola Industrial e Comercial de Chaves, finalistas entre os anos de 1970-1973, a realizar no dia 6 de Agosto. Antes gostaria que o adro da igreja da Sra da Azinheira fosse arranjado, tanto mais que no programa do III encontro dos antigos alunos, está previsto fazermos uma visita guiada, pelo património cultural de Outeiro Seco.

Um abraço e até breve,

Nuno Afonso dos Santos

 

publicado por Nuno Santos às 14:43

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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