Outeiro Secano em Lisboa

Setembro 01 2016

As arvores morrem de pé.jpg

Elenco da peça " As árvores morrem de pé"

 

Dilma.jpg

 

Ainda a televisão era a preto e branco quando eu vi pela primeira vez a peça “As árvores morrem de pé”. A sua atriz principal D. Palmira Basto já tinha falecido. Esta peça escrita por um escritor espanhol exilado na Argentina, foi gravada ao vivo no Teatro Avenida em 1966, tinha a atriz 90 anos e falecido um ano depois. Diz-se que apesar da sua proveta idade e uma vida dedicada ao teatro, este fora o papel da sua vida.

Quando anos mais tarde assisti à sua exibição pela televisão, ficou-me na memória a sua figura débil mas hirta, batendo com a bengala no palco dizendo “ morta por dentro mas de pé como as árvores”.

Ontem no Teatro Politeama, onde sessenta anos depois, a peça  volta a estar em cena, senti de novo essa emoção, quando ouvi a frase agora dita pela atriz Manuela Maria, com os seus 81 anos. De salientar que a partir de setembro, este papel será alternado com Eunice Muñoz, uma prática exercida por La Féria, alternando quase sempre a dupla dos atores principais, no caso Manuela Maria e João D’Avila com Eunice Muñoz e Ruy de Carvalho.

Mas ontem foi um dia de emoções fortes, porque assisti à queda da Presidente do Brasil Dilma Rousseff, que, morta por dentro mas de pé como as árvores, foi destituída do seu cargo para o qual tinha sido eleita pelo povo brasileiro, mercê de artimanhas previstas na legislação brasileira.

A presidente Dilma, pese embora não esteja acusada de desvios nem de apropriação própria de bens do estado, viu-se afastada por um grupo de malfeitores, eles sim, com processos de investigação por crimes de corrupção e enriquecimento ilícito.

Ontem foi também um dia grande em matéria de desporto, porquanto, era o último dia para o mercado de transferências de jogadores. Nos sportinguistas havia a dúvida e o receio, da perda do seu capitão Adrien Silva. Porém o nosso presidente Bruno de Carvalho, o qual não teve o meu voto quando da eleição, geriu este tema com mestria.  O Sporting tornou-se assim no clube que gerou mais-valias em Portugal, e ainda aquele que melhor se reforçou para colmatar as saídas.

publicado por Nuno Santos às 10:33

Boa noite,

costumo ser frequentador assíduo das peças do La Féria. Todavia as últimas, a atirar para a Revista, pareceram-me... pobres para não dizer outra coisa.
Deste modo gostaria de saber o que achou desta versão?
Abraço bem leonino!
José da Xã a 2 de Setembro de 2016 às 23:33

Boa noite,
Estimado Consócio José Xã,

De facto, pese embora o excelente marketing efectuado pela Boca de Cena, a empresa de José La Féria que publicita os seus espectáculos, nem todos têm a mesma qualidade, muitas vezes devendo-se aos artistas intervenientes. Porém esta peça " As árvores morrem de pé"., sai fora do âmbito revisteiro e poderia até ser representada no Teatro D. Maria ou noutro qualquer. Os artistas nomeadamente os que têm os papéis principais são de qualidade contudo gostaria de ter assistido à representação de Eunice Muñoz infelizmente ela só entra em setembro apesar da representação de Manuela Maria também ter sido excelente. Se ainda não viu recomendo.
Saudações leoninas,
Nuno Santos
Nuno Santos a 4 de Setembro de 2016 às 08:27

meu amigo uma comparação nada feliz pois o lixo nunca fica de pé lixo é lixo e essa incompetente e criminosa por isso ela foi julgada com sua política irresponsável fechou milhares de empresas e milhões de empregos hoje são 12.000.000 maldito partido que só acoberta bandidos
vasco sobreira garcia a 4 de Setembro de 2016 às 02:21

Querido Vasco,
Bem sei que em matéria de política nos separa mais que um oceano. Só que uma coisa é julgar políticas e para isso existem as eleições, outra coisa, é o afastamento de um presidente, cujo crime foi segundo a acusação, fazer "pedalada fiscal" ou seja, manipulação orçamental, uma prática de gestão política, utilizada em quase todos os governos do mundo.
Ora, atacar a Dilma e defender Temer e seus lacaios, sob quem pendem processos de corrupção, isto é ladroagem mesmo, não me parece muito curial, mas claro em política cada um defende os seus ideais. A mim não me parece curial esta forma de usurpação de poder, pois deveria ser o povo a tomar a palavra e nesse caso, deveria ser marcadas novas eleições, e dar palavra ao povo.
Um abraço,
Nuno Santos
Nuno Santos a 4 de Setembro de 2016 às 08:16

bem eu não defendo o temer nem defendia o fhc aliás esses nomes de origem arábe eu detesto todos sendo esquerda ou direita nesse governo só tem uma pessoa que ao meu modo de ver tem credibilidade h. meireles como no primeiro gov. do lula mas caiu fora quando viu a sacanagem espero que agora não haja e ele de um pouco de credibilidade ao mercado.
nuno eu conheço eu lido com diversos setores da economia automotivo,metroviário, ferroviário, alimentício quimico etc.
conheço grandes médias e pequenas empresas nacionais e multinacionais e posso te garantir que a coisa está pior do que muita gente pensa.
quem te fala isto não é um velho que fica em frete da tv ou na rua onde mora falando com outro velho e sim alguém que completa 47 anos de trabalho neste país dia 1 de outubro e ainda agora no hospital fui pro curado por um gerente de uma multinacional alemã para saber como estava pois ele e ceo da empresa queriam falar comigo infelizmente abdiquei pois fazendo hemo tenho limitação de horário então conheço muito bem o país que eu vivo


vasco sobreira garcia a 7 de Setembro de 2016 às 17:22

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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