Para quem passa a maioria dos serões vendo televisão, eles tornam-se cada vez mais penosos, assistindo às xaropadas das novelas, ou a debates políticos. E ainda que alguns destes debates até sejam interessantes e realistas, não deixam contudo de nos causar a maioria deles, enormes frustrações e angústias.
O serão de ontem foi elucidativo, às segundas-feiras costumo ver em alternância a SIC Notícias e a TVI 24, onde habitualmente se discutem os lances polémicos da jornada desportiva. Mas ontem não estava com paciência para ver e ouvir os representantes do Benfica, a defenderem o indefensável, no caso, os erros do árbitro Capela.
Por isso escolhi a RTP1 e vi os “Prós e Contras”, um programa pelo qual também costumo passar. Mas se o tema dos outros canais me davam alguma azia, os “Prós e Contras” de ontem, também não me deu maior relaxe nem tranquilidade, antes pelo contrário, trouxe-me ainda uma maior frustração e preocupação
Segundo o Prof. Medina Carreira convidado do programa, as expectativas que eu tinha de só trabalhar até aos sessenta anos de idade, embora nessa altura já tenha quarenta e dois anos de contribuição para a Segurança Social, e a partir dessa altura alternar a minha estada entre Lisboa e Chaves, esse projecto de vida está seriamente ameaçado, por causa da sustentabilidade do actual estado social.
Por isso apetece-me adulterar o texto de uma das canções do Pedro Abrunhosa, e dizer “ E tu e eu o que havemos de fazer? Vão se f…. Vão se f….