Outeiro Secano em Lisboa

Abril 30 2013

Quase de regresso à Lisboa e ao trabalho, este post é uma espécie de balanço da minha última visita a Chaves, e como todos os balanços tem um activo e um passivo, aproveito para  valorizar em primeiro as coisas positivas, porque segundo os especialistas o nosso cérebro, está formatado para dar um maior ênfase às situações negativas, na proporção de um para cinco.

Assim destaco o convívio com a família e os amigos, a subida do Chaves à segunda liga, e a reunião com a Comissão de Obras de Melhoramento da Capela da Sra da Portela.

Embora eu não faça institucionalmente parte da comissão, estou solidário com esta causa, e foi com prazer que participei na reunião. Constatando que apesar de ainda existir um longo trabalho pela frente, nomeadamente na recolha de mais meios financeiros, existe um grande querer e um grande espirito de unidade no seio da comissão.

Importa referir que, o orçamento total desta obra ultrapassa os dez mil euros mas os elementos da comissão, pese embora as dificuldades sentidas no peditório, sobretudo com a magreza das ofertas, tendo em conta o montante, a nobreza e a importância da causa, continuam com o firme propósito de levar a tarefa até ao fim.

Convém relembrar que a obra passa pela requalificação da cobertura da capela, (telhado e caibros) mais a recuperação do altar e dos santos. A recuperação do altar e dos santos será realizada por uma empresa especializada de Braga, com excepção da Sra da Portela já está requalificada, mas aguardando a conclusão das obras para retomar ao local de origem.

A recuperação da capela trata-se de uma obra para um horizonte de trinta a quarenta anos, ora todos sabemos ser costume haver ofertas bem mais generosas, para eventos que embora não se diminua a sua importância, são mais efémeros do que este, como é o caso da festa da Sra da Azinheira. De negativo saliento o facto do convívio com os amigos não ser tanto quanto o desejasse, assim como o tempo frio que se fez sentir, o qual tanto prejuízo causou para algumas culturas, em especial a vinha e as batatas do cedo.

Mas a nota mais negativa desta visita vai sobretudo para a constatação do estado da saúde na região, a qual regrediu quase duas décadas, senão regrediu mesmo, porque segundo me informaram no Hospital de Chaves, nos fins-de-semana há serviços que são logo direcionados para os hospitais de Santo António e S. João do Porto, tal como há vinte anos atrás, porque nem em Vila Real funcionam.

Valha-nos o facto do transporte actual ser mais cómodo e mais rápido, do que há vinte anos atrás. Há dias um comentador escreveu um comentário neste blog, salientando a resignação das pessoas, nomeadamente dos outeiro secanos, perante os cortes na saúde, em contraste com as reformas operadas no tempo do ministro Correia de Campos (PS).

A mim parece-me que será mais a capacidade de resiliência que está afectada e não tanto por estarem solidários com os cortes operados pelo actual governo. Mas os movimentos de contestação não são espontâneos, eles dependem da capacidade de dinamizadora dos movimentos de oposição e estes também me parecem não existir na região, infelizmente para quem cá reside, ou então só se mobilizam nos periodos eleitorais.     

publicado por Nuno Santos às 10:30

Abril 29 2013
Foi bonita a festa ontem no Estádio Municipal de Chaves, pela vitória e consequente subida à segunda liga. O Desportivo fez uma  primeira parte muito boa, apesar de jogar contra o vento, fazendo trocar a bola entre os seus jogadores do meio campo, com especial destaque para os seu jogadores Tijane e Cuca.
O resultado ao intervalo de 1-0 a favor do Desportivo, era escasso, face ao futebol desenvolvido pelas duas equipas. Na segunda parte apoderou-se alguma ansiedade da nossa equipa, e o seu treinador trancou demasiado cedo o jogo, fazendo sair o Tijane uma das pedras mais influentes do ataque, substituindo-o por mais um defesa.
O jogo do Chaves tornou-se ainda mais defensivo, após a expulsão do seu avanço que viu o segundo amarelo. No entanto o Ribeirão também não criou qualquer ocasião de golo flagrante.
De realçar alguma falta de fair play de alguns adeptos do Ribeirão que, para despejarem a sua frustração arrancaram várias cadeiras arremessando-as para a pista, no mais foi uma vitória pacífica e tranquila em que o árbitro não teve qualquer influência nem se chamava Capela.
O Desportivo vai agora jogar o apuramento de campeão nacional com o Académico de Viseu e Sporting Farense, por isso espero que a onda de apoio de ontem não se esvaneça e continue até que o Chaves se consagre Campeão Nacional da 2ª Divisão.   
publicado por Nuno Santos às 08:59

Abril 28 2013

 

Hoje em Chaves todos os caminhos vão dar ao estádio municipal, para apoiar o Desportivo, no jogo decisivo que o levará de regresso à segunda liga. Eu próprio vim de Lisboa tal como muitos outros flavienses, com quem já me cruzei nas ruas da cidade, até o meu primo Zé Mau veio de Baleizão, só para ver o jogo.

Sem querer ser desmancha-prazeres, é importante fazer uma reflexão sobre qual o tipo de clube que na actual conjuntura económica e social, mais interessa à cidade e à região.

Sabemos que a segunda liga dá-lhe um maior protagonismo e maiores receitas, sobretudo das transmissões televisivas. Mas por outro lado, também acarreta mais despesas, quer na folha de remunerações do seu plantel, como nas deslocações a sul do Douro, quando nesta divisão os seus jogos eram sobretudo na zona do Porto, onde tinha uma grande base de apoio.

Em minha opinião os flavienses e amantes do Desportivo, deveriam seguir os exemplos próximos de Guimarães e Braga, adotando o clube da terra, como o clube do coração. Nessas cidades os resultados dessa adoção são visíveis, com ambos a jogarem para a Europa, e o Braga até tem estado bem perto dos títulos, inclusive este ano ganhou a Taça Liga ao Porto.

Em Chaves pelo contrário eu noto que o apoio ao Desportivo é pontual e residual, pois quando na sexta-feira fui à secretaria do clube, regularizar as minhas quotas de 2013, fiquei bastante desiludido, porque apesar de ser um não residente, que assiste a mais jogos do Desportivo fora, do que em casa, constatei ser apenas o sócio número 576, o que demonstra estarem os flavienses de costas voltadas para o clube, razão pela qual as Casas do Benfica e do Porto têm imensa força nesta região, inclusive com equipas que participam nos campeonatos regionais. Para ter uma situação económica mais ou menos equilibrada, o Desportivo precisa de ter no mínimo 5.000 sócios pagantes. Se tal não acontecer e a subida resultar de novo em situações como no passado, com o seu nome de novo nos jornais, não pelas vitórias mas pelos ordenados em atraso e processos em tribunais, então eu sinceramente prefiro que continue na divisão secundária, naquela velha máxima de que “mais vale pobre mas honrado”.

publicado por Nuno Santos às 09:22

Abril 27 2013
Como natural de Chaves mas a trabalhar e viver em Lisboa, sempre ostentei com orgulho, essa minha condição de transmontano e flaviense, propagando junto do meu círculo de amigos a minha terra, aproveitando a maioria dos feriados e pontes para a visitar, mais a terra do que propriamente a família, até porque é nesta nesta cidade que tenho a minha segunda habitação, e como expectativa de vida quando da minha reforma, alternar a minha permanência entre Chaves e Lisboa.
Ontem constatei infelizmente uma situação, a qual me fez reflectir seriamente sobre esse futuro, muito por causa da assistência médica, ou antes da falta dela, actualmente em Chaves.
Durante a última semana lemos e ouvimos que, a região transmontana perdeu na última década, mais de trinta mil habitantes, sendo agora os seus habitantes na sua maioria, velhos e doentes, precisamente os mais necessitados dos serviços médicos. E quando as boas práticas aconselhavam o reforço destes serviços, aconteceu precisamente o contrário, deslocalizaram-se serviços do Hospital de Chaves para Vila Real, apesar de Chaves continuar a receber os utentes dos concelhos de Chaves, Valpaços, Montalegre e Boticas.
Ontem estive estive na sala de espera da urgência do hospital de Chaves, onde um meu familiar esperou cerca de 14 horas, em condições super precárias, só para conseguir o seu internamento.
Durante essa espera presenciei a situações paradoxais, como doentes bastantes idosos de um lar de Valpaços, após as consultas regressarem ao lar, só que em vez de num transporte adequado a transportes de doentes, fazê-lo numa viatura ligeira de passageiros, como se fossem meros passageiros em turismo.
Assisti também a um diálogo, entre um funcionário do hospital e uma utente, conhecidos e vizinhos, o qual me deixou surpreendido e apreensivo.
- O que é  estás aqui a fazer? (diz o funcionário)
- Vim com a minha filha que se sentiu mal, está lá dentro o Fernando (pai)
- Francamente! Porque não viestes antes das oito horas! Não sabeis que depois das oito da noite, não há pediatras de serviço?
Fiquei a saber que as crianças de Chaves e da região, não podem ficar doentes durante a noite, porque a partir das vinte horas, não há serviço de pediatria no hospital de Chaves.
Ora eu que tinha uma visão romântica da minha terra, começo a constatar de que viver em Trás os Montes, é um acto de coragem, razão pela qual saíram nesta década trinta mil. Com este rumo quantos mais não irão sair nos tempos mais próximos?       

 

 

publicado por Nuno Santos às 10:19

Abril 26 2013
Aproveitando a semana que evoca o período da revolução, em baixo está um vídeo com muita graça e que vale a pena ouvir.  
 

 

 

publicado por Nuno Santos às 15:27

Abril 25 2013

 

Passam hoje 39 anos sobre o dia em que, os capitães de Abril instauraram no nosso país a democracia, em cujos princípios programáticos tinham a implementação dos três Dês. Democracia, Descolonização e Desenvolvimento. O D do Desenvolvimento, foi aquele que ficou mais incompleto, porquanto, Portugal não atingiu esse desiderato na sua plenitude. É notório o atraso que em muitas áreas ainda preserva, nomeadamente a económica, para a generalidade dos países, seus parceiros na Europa.

Infelizmente essa falta de desenvolvimento, não é visível apenas na relação com os outros países europeus, porque dentro do próprio país, existem muitas assimetrias. Aliás os jornais de hoje anunciavam que os distritos de Bragança e Vila Real, ambos integrados na província de Trás-os-Montes, perderam nestes últimos 10 anos, mais de 30.000 habitantes.

Destes 30.000 transmontanos uns deslocaram-se para o litoral, outros emigraram para fora do país. Por essa razão continua a justificar-se a comemoração do 25 de Abril, cuja matriz é a liberdade, igualdade e fraternidade. Este ano porque não estou em Lisboa, não vou descer a avenida da liberdade, um ritual que  faço há  39 anos, mas o meu espírito está lá, por isso aqui fica a minha homenagem  ao 25 de Abril, neste belo poema do Ary dos Santos .

 

“Portugal Ressuscitado”

 

Depois da fome, da guerra

 da prisão e da tortura

 vi abrir-se a minha terra

 como um cravo de ternura.

Vi nas ruas da cidade

 o coração do meu povo

 gaivota da liberdade

 voando num Tejo novo.

 Agora o povo unido

 nunca mais será vencido

nunca mais será vencido

 Vi nas bocas, vi nos olhos

 nos braços nas mãos acesas

 cravos vermelhos aos molhos

 rosas livres portuguesas.

 Vi as portas da prisão

abertas de par em par

 vi passar a procissão

do meu país a cantar.

Agora o povo unido

 nunca mais será vencido

 nunca mais será vencido

 Nunca mais nos curvaremos

 às armas da repressão

 somos a força que temos

 a pulsar no coração.

 Enquanto nos mantivermos

 todos juntos lado a lado

somos a glória de sermos

 Portugal ressuscitado.

 Agora o povo unido

nunca mais será vencido

 nunca mais será vencido.

 

 José Carlos Ary dos Santos

 (Caxias, 26 de Abril de 1974)

publicado por Nuno Santos às 00:14

Abril 23 2013
 

Para quem passa a maioria dos serões vendo televisão, eles tornam-se cada vez mais penosos, assistindo às xaropadas das novelas, ou a debates políticos. E ainda que alguns destes debates até sejam interessantes e realistas, não deixam contudo de nos causar a maioria deles, enormes frustrações e angústias.

O serão de ontem foi elucidativo, às segundas-feiras costumo ver em alternância a SIC Notícias e a TVI 24, onde habitualmente se discutem os lances polémicos da jornada desportiva. Mas ontem não estava com paciência para ver e ouvir os representantes do Benfica, a defenderem o indefensável, no caso, os erros do árbitro Capela.

Por isso escolhi a RTP1 e vi os “Prós e Contras”, um programa pelo qual também costumo passar. Mas se o tema dos outros canais me davam alguma azia, os “Prós e Contras” de ontem, também não me deu maior relaxe nem tranquilidade, antes pelo contrário, trouxe-me ainda uma maior frustração e preocupação

Segundo o Prof. Medina Carreira convidado do programa, as expectativas que eu tinha de só trabalhar até aos sessenta anos de idade, embora nessa altura já tenha quarenta e dois anos de contribuição para a Segurança Social, e a partir dessa altura  alternar a minha estada entre Lisboa e Chaves, esse projecto de vida está seriamente ameaçado, por causa da sustentabilidade do actual estado social.

Por isso apetece-me adulterar o texto de uma das canções do Pedro Abrunhosa, e dizer “ E tu e eu o que havemos de fazer? Vão se f…. Vão se f….

publicado por Nuno Santos às 19:08

Abril 22 2013

 

Jorge Jesus treinador do Benfica quando após o dérbi de ontem,  foi confrontado na conferência de imprensa, das queixas dos responsáveis sportinguistas, quanto ao desempenho do árbitro João Capela, em vez de dizer que não era árbitro apenas treinador, da mesma forma que dissera não ser electricista, quando os responsáveis benfiquistas cortaram a luz no estádio, enquanto o Futebol Clube do Porto, ali comemorava o título, desta vez saiu em defesa do árbitro dizendo, “ganhamos limpinho”.

Só que a vitória não foi limpinha, e apesar de ter sido o Capela assistiu-se a “um roubo de igreja” face às leis do jogo, ficando vários penaltis por marcar, assim como três expulsões, todos jogadores do Benfica.

A primeira expulsão era a de Garay quando fez uma falta por trás sobre Ricki Wolkswinkel, dentro da grande área, apenas com o guarda-redes pela frente. Ora as leis do jogo dizem que dentro da grande área, não há lei da vantagem.

A segunda expulsão seria a de Maxi Pereira numa falta sobre Capel, nas mesmas circunstâncias da anterior. A terceira seria a de Matic, em resultado de uma entrada assassina à canela de Bruma, quando nem amarelo levou.

Se outros factos não se quisessem apontar, estes bastavam para aquilatar da limpeza da vitória benfiquista. Mas há mais! Quando o Jorge Jesus era treinador do Braga, perante uma situação análoga, num jogo disputado na Luz em que o Braga também foi prejudicado, Jesus disse na conferência de imprensa.

- Ganhar aqui ao Benfica! Só se fosse na play station. Entretanto como agora treina o Benfica, esqueceu essas vicissitudes e as vitórias são sempre limpinhas.

Cá para mim existe uma razão para este favorecimento. O Benfica tem de ser campeão para não entrar em resgaste, tal como já está o Sporting. Porque o valor desse resgate teria de ser bem maior, esta é razão principal deste colinho.

publicado por Nuno Santos às 15:45

Abril 19 2013

Designa-se por dérbi um confronto entre duas equipas da mesma cidade, e por clássico, o confronto entre duas equipas rivais. Ora, neste fim-de-semana vamos ter em Lisboa um dérbi, com o Benfica-Sporting e dentro de algumas semanas teremos um clássico, com o Porto-Benfica.

Pese embora este tema do futebol não interesse a toda a gente, achando que são vinte e duas almas atrás de uma bola, o certo é que este jogo vai ter  um impacto económico, na ordem de catorze milhões de euros, e em boa verdade, poucos meios de produção geram esta impacto, em tão curto espaço de tempo. 

Essa receita advém da bilheteira, da publicidade estática e televisiva, deslocações, viagens e restauração. Segundo o estudo económico que apresenta estes números, serão os espectadores de sofá, estimados em cerca de quatro milhões, quem mais contribuem para a obtenção desta receita, nos cafés, restaurantes mas também nas suas casas, em assinaturas de televisão e outros consumos.

Esta receita fica contudo abaixo dos vinte milhões de euros apurados em 2010, quando do clássico Benfica-Porto, não porque este jogo não tenha tanto interesse, porque apesar de interessar aos benfiquistas e sportinguistas, interessa também aos adeptos portistas, mas por causa da situação económica e social que, se vive actualmente no país.

Em Chaves também houve em tempos um dérbi, o qual era vivido com grande rivalidade entre o Atlético e o Flávia. Estes dois clubes fundiram-se depois num só, dando um bom exemplo ao país, embora não seguido noutras localidades, como em Évora, onde ainda persistem o Lusitano e o Juventude.

A cidade de Chaves perdeu o dérbi ganhando um clássico,  nos jogos entre o Grupo Desportivo de Chaves e o Sport Club Vila Real. De há umas três décadas para cá em matéria de futebol, Chaves suplantou  Vila Real, o mesmo não se possa dizer quanto a outros indicadores económicos e sociais,  fruto de Vila Real ser a capital de distrito.

O Grupo Desportivo de Chaves vai disputar no próximo domingo  em Gondomar, mais um jogo decisivo na sua luta para a subida à segunda liga.

Segundo informação obtida no facebook, o jogo que é no domingo às 16,00 horas vai ser transmitido no site www.nortefutebol.com deste modo, quem não puder deslocar-se a Gondomar, poderá assistir ao jogo neste site.

publicado por Nuno Santos às 22:00

Abril 16 2013

Em minha opinião o epíteto de valentes transmontanos para a equipa do Grupo Desportivo de Chaves é extemporâneo, porque se o Desportivo de Chaves foi a bandeira da região transmontana, isso aconteceu na década de oitenta, quando disputou o campeonato da primeira divisão pela primeira vez.

Na época nos estádios onde o Desportivo jogava, viam-se faixas saudando o Desportivo, com o nome de muitas terras transmontanas,  não pertencentes ao concelho de Chaves.

Esse epíteto é tanto ou mais desactualizado agora, porque neste ano discute a subida à segunda liga, com uma outra equipa transmontana, no caso o Sport Club de Mirandela.

É conhecida a minha preferência clubística por um clube dos grandes, assim como a da maioria dos flavienses, mesmo os residentes em Chaves, pois nas tertúlias do café Sport, o Desportivo raramente se discute. No entanto eu sou também sócio do Desportivo de Chaves, e paradoxalmente já assisti a mais jogos do Chaves, fora do seu estádio, do que do meu Sporting, e parafraseando o José Carlos Malato, já fui muitas vezez feliz, nessas deslocações.

Poderia aqui evocar muitas mas recordo-me com algum prazer, da primeira deslocação do Desportivo à Covilhã, tendo mobilizado mais de uma dezena de autocarros, com apoiantes vindos dos vários pontos da província.

Também eu e a Celeste juntamente com a família do Joaquim Ferrador, aproveitamos esse fim de semana desportivo, para apoiar o Desportivo e conhecermos melhor essa zona da beira baixa. Dormimos no Sabugal e entre outras terras, visitamos a aldeia de Sortelha, uma das jóias das aldeias históricas de Portugal.

Como corolário desse fim de semana, o Desportivo ganhou por 2-1, com o golo da vitória a acontecer mesmo em cima dos 90 minutos, um golo que enfureceu os adeptos do Covilhã, ao ponto do árbitro, que era o Manuel Nogueira, do Porto, teve de sair da cidade da Covilhã sob escolta, por causa da ira dos seus adeptos.

Na época ainda não havia a rede de auto estradas e chegamos a Lisboa já de madrugada, mas satisfeitos com a vitória do Desportivo. Tenho muitas outras histórias de jogos do Desportivo, onde também fomos felizes,  nomeadamente em Setúbal uma terra onde se come muito bem. 

Uma ano quando o Jorge Jesus, actualmente o mestre da tática e treinador do Benfica, jogava ainda pelo Vitória de Setúbal, fomos com o meu primo Américo e esposa, a saudosa Virgínia, e depois de uma bela mariscada na cidade do Sado, assistimos a mais uma vitória do Desportivo, tornando a deslocação ainda mais agradável. 

Este ano apesar da época algo conturbada, resultando várias vezes na mudança de treinador, o Desportivo parece por fim ter encontrado  o rumo certo. E depois da conjugação de vários resultados favoráveis na última semana, agora depende apenas de si, para subir de divisão. Os três jogos que faltam para terminar a época, são três finais e as finais não se jogam, ganham-se.

A segunda liga dá seguramente uma maior visibilidade ao clube e à cidade, mas para que essa subida  seja possível, todos nós jogadores e adeptos teremos de ser valentes transmontanos ou valentes flavienses, apoiando o Desportivo nesta recta final, gritando todos bem alto.

CHAVES! CHAVES! CHAVES! À VITÒRIA! À VITÓRIA! À VITÒRIA!  

publicado por Nuno Santos às 23:43

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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