Outeiro Secano em Lisboa

Abril 05 2013

 

A partir de hoje Lisboa ganhou mais um museu, este dedicado ao acervo do pintor Júlio Pomar, cuja inauguração ocorreu às 11,30 h desta manhã. Por razões de ordem profissional encontro-me ligado à Fundação Júlio Pomar, há cerca de dez anos, pelo que tive o prazer e o privilégio de assistir à sua inauguração.

A ideia de construir um atelier museu, para um dos nossos maiores pintores ainda vivo, partiu de algumas pessoas com preocupações artísticas, só que ao longo destes dez anos, a sua construção sofreu várias vicissitudes e embargos, impostos paradoxalmente pela entidade que, é a proprietária do edifício, a Camara Municipal de Lisboa.

Este edifício outrora um armazém em ruinas, foi adquirido pela vereação municipal no tempo de João Soares, e depois de muitas paragens e várias vereações, porque depois de João Soares, seguiram-se as de Santana Lopes, Carmona Rodrigues, foi o actual presidente António Costa, já em segundo mandato, quem fez a sua inauguração.

O museu situa-se na rua do Vale, na fronteira entre o Bairro Alto e S. Bento, precisamente do outro lado da rua, onde vive e trabalha o artista.

O seu projecto arquitectónico esteve a cargo de Álvaro Siza Vieira, também presente na inauguração, sendo o mesmo arquitecto responsável pelo projecto do edifício da Fundação Nadir Afonso, em Chaves, o qual esperamos que seja também concluído, ainda em vida do pintor.

Para lá de todos os meios de comunicação, estiveram presentes nesta inauguração as maiores figuras das artes portuguesas, das mais variadas áreas; da pintura à literatura.

Para mim foi muito gratificante estar presente, não só porque a minha ligação com este projecto, vem desde a sua criação, mas porque me proporcionou o reencontro com uma galerista, com quem trabalhei há muitos anos atrás.

Trata-se da Galeria Ratton, situada no mesmo edifício, onde funciona o Tribunal Constitucional, aquele que traz o país em suspenso, por causa da validação ou não, de algumas leis do orçamento de estado.

Numa certa altura esta galerista pôs os americanos doidos, com os barros pretos de Nantes. O projecto só não frutificou, porque infelizmente os fabricantes de Nantes, não possuíam uma logística capaz de trabalhar, para um mercado tão exigente, quanto o americano.

Os lisboetas e quem visitar a cidade e se interesse por estas coisas da arte, passam a ter mais um local de interesse para visitar, o museu Júlio Pomar situado na Rua do Vale n.º 7.  

publicado por Nuno Santos às 16:46

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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