Neste fim-de-semana o país ficou em estado de choque, com os últimos desenvolvimentos da nossa política interna. Tudo começou na sexta-feira, com o anúncio feito pelo Tribunal Constitucional, do corte de alguns diplomas do Orçamento de Estado, anteriormente aprovados pela maioria, na assembleia da república.
Segundo cálculos feitos por especialistas, a medida trás um efeito de cortes na receita do orçamento de 2013, na ordem de mil trezentos e cinquenta milhões de euros. No sábado após a reunião extraordinária do conselho de ministros e da leitura do comunicado pelo seu porta-voz, ficou-se com a ideia de que, o governo iria deitar a toalha ao chão, e lá teríamos de novo eleições, as quais face ao panorama actual, não vislumbram qualquer solução.
Entretanto o presidente da república que não está inocente nesta solução governativa, lá conseguiu travar a ideia de demissão do governo, agora ficamos à espera das novas medidas que hão-de ser anunciadas, para amenizar o impacto dos cortes do tribunal constitucional, embora se fale de que os subsídios deférias serão pagos, não em dinheiro vivo, mas em títulos de tesouro.
Sabendo-se cerca de oitenta por cento da despesa pública é gasta em salários, pensões e juros, e segundo o tribunal constitucional os dois primeiros são intocáveis, e o terceiro ainda mais, porque senão os pagarmos os juros, não temos mais crédito, como iremos sair deste imbróglio?
Razão tinham os romanos quando há quase dois milénios diziam – Na Lusitânia há um povo que, nem se governa, nem se deixa governar.
De positivo ficou a vitória do meu Sporting sobre o Moreirense, mais uma vez in-extremis com o golo da vitória a aparecer só no último minuto. O que vale é que o povo é sereno como já dizia o Almirante Pinheiro de Azevedo, tio do actual presidente do Sporting, Bruno Azevedo de Carvalho, caso contrário, as urgências dos hospitais estariam cheias, para atender a tantas crises cardíacas.