Hoje é dia 10 de Junho, feriado nacional comemorando-se o dia de Portugal de Camões e das Comunidades. Já foi conhecido por Dia da Raça, mas recentemente passou a ter esta designação. Apesar da data ter uma origem distante, o dia 10 de Junho de 1580, atribuído ao dia da morte de Camões, o facto é que esta efeméride só começou a comemorar-se, após a implantação da República em 1910, primeiro como um feriado municipal e, só apartir de 1933 passou a feriado nacional.
A sua comemoração costumava ser na capital, mas de há uns anos a esta parte, tornou-se itinerante. Chaves já foi contemplada, era na altura presidente da república o Dr. Jorge Sampaio. Este ano as comemorações decorrem em Elvas, uma cidade que tem alguma similitude com a nossa cidade de Chaves, por causa da sua situação estratégica, também situada junto à fronteira com a Espanha e, pela sua fortaleza, muito semelhante aos nossos fortes de S. Francisco e S. Neutel.
Este dia é comemorado um pouco por todo o mundo, onde quer que haja comunidades portuguesas, infelizmente há cada vez mais, por causa da nossa crise de emprego, obrigando-nos a procurar lá fora aquilo que não se encontra cá, porquanto o emprego é a base da nossa qualidade de vida.
Mas é no Brasil e nos Estados Unidos, onde estas comemorações atingem uma maior expressão. Nos Estados Unidos costuma até haver uma parada, onde os portugueses ali residentes ostentam o seu orgulho lusitano.
Quem ontem ficou com o orgulho lusitano ferido, foram os portugueses residentes na Suíça, quando esperavam a nossa selecção que joga hoje em Genebra, um jogo particular com a Croácia. Segundo as notícias foi humilhante a indiferença dos nossos jogadores, perante as centenas de emigrantes que os esperavam, primeiro no aeroporto depois à chegada ao hotel. Nem um aceno, nem um autógrafo, nada, até parece que não podiam perder a concentração, porque iam disputar alguma final do campeonato do mundo, quando vão apenas fazer um jogo particular.
Nos meios rurais este feriado, como todos os feriados que não são dias santos, é pouco respeitado e pelo contrário, a força de trabalho é ainda reforçada com os jovens que não têm escola, e por aqueles que trabalham na cidade.
Hoje porém em Outeiro Seco é um dia de luto, porque vai a enterrar o Fernando Reis, marido da Lúcia Barroco, que apesar de natural da Torre de Ervededo e residente em Chaves, escolheu Outeiro Seco para a sua última morada. Que descanse em paz e os sentidos pêsames à família.