Outeiro Secano em Lisboa

Julho 28 2013

 

 

Está a decorrer neste fim-de-semana o 12.º encontro de motards em Chaves, organizado pelo clube local. Apesar de estarem presentes mais de um milhar de motas, segundo a organização a concentração deste ano, reflecte o momento recessivo que atravessamos, tal como acontecera em Faro, no fim-de-semana passado, onde estiveram apenas 15.000 motards, quando houve anos em que se reuniram ali mais de 30.000 motards, vindos de todo o mundo.

Por razões do meu calendário de férias, este ano foi o primeiro ano em que eu pude assistir a este encontro, apesar de não ser motard, nem sequer saber conduzir uma mota, gosto de ver todo este ambiente. Porém fiquei admirado com a fraca adesão do público local, pois os presentes na alameda do S. Roque, um local optimo para a concentração, limitava-se basicamente aos motards vindos dos vários pontos do país, sobretudo dos clubes motards do norte, mas também estrangeiros, a maioria deles da vizinha Espanha e outros, vindos da concentração de Faro, em trânsito para os seus países.

O programa destes encontros é vasto, com muita cerveja e muita música, não faltando o célebre número das “lavadoras de motas, e como ficam com as roupas molhadas, depois têm de as despir”. Mas o ponto alto da concentração é o desfile pela cidade, decorrendo no sábado por volta das 19 horas.

A maioria dos residentes costumam dizer que em Chaves não se passa nada, mas curiosamente ontem a não mais de duzentos metros do local da concentração motard, entre as instalações da Junta da Madalena e a capela de S. Roque, estava a decorrer o Festival de Folclore dos Ases da Madalena, também com fraca adesão de público.

Creio ter havido alguma falta de sentido estratégico, na organização dos dois eventos, porque se os Ases da Madalena tivessem montado o seu palco no Jardim Público, os dois eventos teriam ganho. Acontece que ambos os eventos tinham o patrocínio da Camara Municipal de Chaves, a qual em meu entender, caberia um papel de moderador.

 

publicado por Nuno Santos às 08:58

Julho 23 2013

 

O Charrua em Lisboa é referenciado como um Restaurante situado na zona do Arco do Cego, mais propriamente no cruzamento da Av. Duque de Ávila, com a Rua da D. Estefânia.

Mas já em Outeiro Seco pese embora a charrua seja um utensílio muito utilizado na actividade agrícola, todos associam o Charrua ao fogueteiro de Vilarandelo.

Apesar de várias vezes contratado para a festa da nossa aldeia, o Charrua nunca ali obteve um êxito como o seu vizinho, o Sonim que em 1945 ganhou o Despique pelo Eiró. Pelo contrário, o Charrua protagonizou na nossa aldeia duas situações, deveras dramáticas.

A primeira ocorreu no ano de 1965, quando com o primeiro foguete do arraial, provocou um incêndio considerado um dos mais dramáticos na aldeia, ainda que não tenha morrido ninguém, mas pelas suas proporções dantescas, queimou uma boa porção da palha produzida na aldeia, e pôs mesmo em perigo o Bairro do Pontão.

A segunda ocorrência foi poucos anos depois, quase no mesmo lugar, ainda que não fosse no dia da nossa festa, as consequências acabaram por ser quase as mesmas. Desta vez não arderam os palheiros da palha, mas arderam as medas ainda com a palha e o grão.

Foi no dia 25 de Julho do ano de 1971 ou 1972, este dia é consagrado ao S. Tiago e tem para os de Vilarelho da Raia, o mesmo significado que para nós outeiro secanos o dia de S. Miguel. As acarrejas ainda estavam no auge e os Pispalhas, tinham ainda o pão emedado no Cruzeiro.

O Charrua levava o fogo para o S. Tiago, em cima do tejadilho de um táxi. Ao passar no Cruzeiro, um lugar amaldiçoado para ele, sem se saber como, o fogo desprendeu-se caindo do carro em andamento, provocando uma explosão que sobressaltou a aldeia, assim como um incêndio numa das medas do António Pispalhas, ali mesmo à beira da estrada.

Quando o motorista se apercebeu da eminência do desastre, meteu prego a fundo e quando o fogo estourou, já o carro estava distante do local.

Esta semana é o S. Tiago, diz-se que por esta altura já pinta o bago, mas apesar de ser festa em muitas localidades, nesse ano em Outeiro Seco, esteve-se à beira de uma grande tragédia.

publicado por Nuno Santos às 13:00

Julho 19 2013
Por razões de ordem pessoal ontem tive de ir a Pedrógão Pequeno, uma localidade junto à barragem do Cabril, pertencente ao concelho da Sertã, na chamada zona de pinhal. Ora quem vai de Lisboa aos Pedrógãos, quer ao Grande quer ao Pequeno, tem agora três alternativas de autoestrada, estando a mais afastada a pouco mais de cinquenta quilómetros.
E porque saímos de Odivelas na ida seguimos pela A8, depois de passarmos o cruzamento para Leiria continuamos pela A17, saindo na Guia para o IC 8 que nos leva até Castelo Branco, embora tivéssemos ficado a meio desse percurso. Também poderíamos ir pela A1 saindo em Pombal para o IC 8, havendo uma economia em distância de cerca de 11 Km, embora apanhássemos um pouco de mais trânsito, na A1.
Porém no regresso a Lisboa fizemos a viagem pela A13, a chamada autoestrada do Pinhal, onde creio que eramos os únicos viajantes, pois não me recordo de termos ultrapassado nenhum automóvel, até entrarmos na A23 na zona do Entroncamento.   São três autoestradas que em linha recta com o mar, não distam 100 quilómetros.
Não quero dizer que as populações dessas regiões não mereçam essas vias, o facto é de que não as utilizam, de tal forma que na ida, como fizemos uma pequena parte do percurso pela IC 8, gastamos o dobro do tempo que gastamos no regresso, por causa do trânsito de camiões que apanhamos no IC 8 para fugirem às portagens.
Ora algo esteve mal no plano rodoviário nacional quando da avaliação das necessidades. Agora estamos todos a pagar esse erro, porque não se aplica o princípio do utilizador pagador, já que o trânsito foge das autoestradas mas os seus concessionários estão seguros, pelos contratos leoninos das tais PPP Parcerias Público Privadas, em que os Privados nunca ficam a perder, o Estado é que suporta o prejuízo.
E agora quem responde por isto? Não me venham dizer que podemos penalizá-los politicamente através do voto, porque quem aprovou essas concessões, já não são agora dirigentes partidários, mas sim altos quadros dessas empresas concessionárias.
publicado por Nuno Santos às 20:30

Julho 16 2013

 

Esta fotografia foi retirada do bogue “velharias “http://velhariasdoluis.blogspot.pt/, do Luís Montalvão, que apesar de ter nascido em Lisboa, preza muito as suas origens transmontanas, de Chaves e de Outeiro Seco pela parte do pai e de Vinhais, pela parte da mãe.

O seu blog é um autêntico tratado sobre arte, com particular enfoque na porcelana, faianças e outras antiguidades, mesclado de outros post que faz sobre a genealogia da sua família. O seu gosto por esta coisa das antiguidades, já lhe valeu até um convite para falar disso, num dos canais televisivos creio que na SIC, a convite da Júlia Pinheiro.    

Este automóvel que segundo o Luís, terá mais de 80 anos, foi propriedade do seu bisavô Dr. José Maria Ferreira Montalvão, tendo-o vendido em meados da década de sessenta ao Sr. Zé Merceana. O facto de o trazer a este blog, deve-se ao facto de eu ter assistido ao seu fim (pensava eu).

A minha relação com o Altino Rio filho do Sr. Zé Merceana vem desde quando fomos colegas de carteira na escola primária, eu na primeira classe e ele em classe mais avançada.

Um dia estávamos na sua casa do quintal, onde ainda não moravam, eis quando sem se saber como e porquê, começaram a sair chamas do motor do automóvel estacionado debaixo do alpendre, o qual dava acesso ao armazém, onde funcionava o alambique.

O Sr. Zé entrou numa aflição desmedida, ele que era um homem todo pragmático e o Guimarães, um velho criado lá da casa, com um cântaro que servia para medir o vinho, ia e vinha num lufa-lufa buscar água ao poço para apagar o fogo.

O fogo apagou-se assim como o carro que nunca mais funcionou, por isso o Sr. Zé vendeu-o não sei para onde.  Eis que agora o Luís Montalvão o ressuscita. Soube que pertence actualmente à Associação Automóvel do Vale do Ave e que o estão a restaurar.

Mas este não foi o automóvel mais antigo do Dr. Montalvão, teve um outro esse sim uma autêntica preciosidade, datado de 1901, sendo o primeiro automóvel que veio para Chaves, embora não tivesse sido adquirido pelo Dr. Montalvão, mas pelo seu sogro.

Esse automóvel esteve em Outeiro Seco durante muitos anos, guardado na garagem e tratado como uma verdadeira relíquia. Ao que parece está agora em exposição no Museu do Automóvel no Caramulo.

O Museu do Automóvel do Caramulo é mais um belo local para visitar. Curiosamente estive lá ainda não há muitos anos, mas desconhecia a presença dessa preciosidade, afinal está junto de outras, que os amantes dos automóveis podem apreciar, entre os quais o automóvel que transportava o Salazar e que resistiu a um atentado.

publicado por Nuno Santos às 20:10

Julho 14 2013

 

Luís Filipe Maria Fernando Pedro de Alcântara António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança este nome pouco diz à maioria das pessoas, porque ficou conhecido na história apenas como o rei D. Luís. Foi no seu reinado que Portugal teve um grande desenvolvimento, graças à acção do seu primeiro ministro Fontes Pereira de Melo, ficando conhecido esse período pelo fontismo.

Aconteceu na época do D. Luis  o mesmo que aconteceu nos últimos trinta anos, o Fontes de Melo para se desenvolver país que tinha um atraso estrutural enorme, em relação aos outros países europeus, gastou recursos que não tinha, originando depois uma banca rota, cujo resgate atravessou quase todo o século XX, acabando por ser pago ainda há poucos anos.

Entre muitas das obras estruturantes desse tempo, destaca-se o início da linha do comboio Lisboa/Porto, mas curiosamente a obra mais associada ao nome do rei, situa-se no Porto, a famosa ponte D. Luís.

O rei vivia em Lisboa no Palácio da Ajuda, juntamente com a rainha D. Maria de Saboia, italiana de nascença mas que se afeiçoou de tal forma aos portugueses, ficando conhecida por D. Maria Pia.

E se uma visita ao Palácio da Ajuda é já por si uma coisa extraordinária, agora imagine-se quanto mais enriquecidora ela não fica, com a exposição da Joana Vasconcelos, a mesma que encantou os franceses no Palácio de Versailles e se tornou, na exposição mais visitada de sempre em França.

O êxito da exposição está a repetir-se em Lisboa, avaliando pelas filas de visitantes que todos os fins de semana se fazem à entrada do palácio, pese embora a entrada custe 10 € por pessoa.

Mesmo após a saída da exposição da Joana Vasconcelos, a qual termina a 25 de Agosto, quem puder não deixe de vistar o Palácio da Ajuda, um autêntico museu com os aposentos tal como a família real o habitasse e onde estão guardadas as joias da coroa. Quanto a esta exposição temporária está extraordinária. É interessante ver a forma como a Joana Vasconcelos transforma em arte simples objectos de uso comum, senão vejamos: Com os testos e panelas da cozinha fez um belo par de sapatos, com os tampões de uso feminino um belo lustre, ou com os ferros de passar flores, que brocham e desabrocham.

Mas há muitas mais obras de interesse, por isso aqui fica a sugestão, quem puder visite o Palácio da Ajuda situado mesmo no cimo da Calçada da Ajuda. De salientar que ao fundo da Calçada num raio de cerca de 500 metros, podem ainda visitar o Museu dos Coches, os Jerónimos o Centro Cultural de Belém e para terminar, deliciarem-se nos famosos pastéis de Belém.

publicado por Nuno Santos às 08:37

Julho 13 2013

 

O significado da palavra bruma é: nevoeiro, cerração, sem nitidez, obscuro, sem clareza. Todas estas palavras servem para descrever a actual situação do Bruma com o Sporting, um jogador aquém se agourava um grande futuro e em quem os sportinguistas depositavam grandes expectativas para esta época. Armindo Tué Na Bagna conhecido nos meios futebolísticos por Bruma é um jovem guineense naturalizado português.

Na sua ficha sobre o seu parentesco apenas refere ser irmão de Mesca, donde a sua família era basicamente o Sporting, vivendo inclusive na academia de Alcochete, até há poucos dias. Mercê de circunstâncias várias o Bruma foi promovido à equipa profissional, onde subitamente ganhou a condição de estrela, de tal modo que apesar dos seus 18 anos, integrou a selecção nacional de sub 20, onde brilhou.

Mas porque a ambição dos homens é desmedida, logo apareceram uns agentes, que gravitam à volta do futebol e sem qualquer intervenção na formação dos jogadores, arvoram-se em seus representantes e até como é este o caso, em seus protectores. Ainda que se reconheça que os jogadores possam nomear representantes para melhor os defenderem nas negociações, neste caso entre o Bruma e o Sporting nem houve negociação, porque segundo o clube o contrato ainda estava em vigência.

O ex-presidente Godinho Lopes não renegociou o seu contrato, quando o promoveram à primeira equipa, numa altura em que seria fácil essa prorrogação. O actual presidente adoptou uma postura musculada perante esses agentes, só que encetou essa cruzada isoladamente, em vez de ser concertada comos outros clubes, ora, como o jovem Bruma tem apenas 18 anos, é natural que sinta algum deslumbramento e se deixe influenciar quer por esses agentes, assim como pelas notícias que vêm nos jornais, algumas delas encomendadas, com propostas de clubes estrangeiros só para vender jornais.

Uma coisa é certa, o Sporting já perdeu este jogador, cujo clima com os sócios ficou deteriorado, sendo mais um caso comparável ao de Futre. Esperamos que não venha a ser mais um caso como o do Fábio Paím, cujo futuro nas camadas jovens era ainda mais promissor do que o de Cristiano Ronaldo, mas perdeu-se na BRUMA do tempo.

publicado por Nuno Santos às 09:57

Julho 12 2013

 

Pese embora não seja um seu correligionário político tinha por Assunção Esteves alguma consideração, desde logo por ser como eu, uma transmontana em Lisboa e por ser minha contemporânea em Chaves, ela no Liceu e eu na Escola Industrial e Comercial.

Ontem desiludiu-me quando na Assembleia da República, perante a indignação de um grupo de trabalhadores da função pública, que face ao tema em discussão se for aprovado, ficam com o futuro em risco,  Assunção Esteves disse – “não fomos eleitos para sermos amedrontados e desrespeitados” sendo ovacionada pelos deputados da maioria.

Acontece que Assunção Esteves citou Simone de Beauvoir, uma escritora e filósofa francesa, mulher de esquerda e defensora de causas bem diferentes, daquelas que Assunção Esteves e os deputados que a ovacionaram defendem.

Simone de Beauvoir escreveu perante a ocupação nazi do seu país “ Não podemos deixar que os nossos carrascos nos criem maus costumes”.

Ora os trabalhadores que se manifestaram nas galerias de S. Bento, não são os carrascos do povo e a assembleia da república, é a casa da democracia, logo não pode Assunção Esteves, impedir o povo de frequentar a sua casa, onde se discutem e aprovam as leis que o regem.

publicado por Nuno Santos às 07:30

Julho 11 2013

 

Afinal em que ficamos! O presidente da república ao dizer ontem “Recordo que o actual Governo se encontra na plenitude das suas funções” inviabilizou o acordo que Passos Coelho e Paulo Portas tinham congeminado para a remodelação governamental.

Tudo isto por causa da última avaliação da Troika e ao que parece, de um novo resgate que aí vem, por isso os actuais políticos que se entendam durante mais um tempo, pois eleições antecipadas só haverá em 2014.

Assim sendo o ministro da Economia que já estava a arrumar as gavetas mantém-se, o Dr. Pires de Lima que se preparava para entrar  lá vai continuar a ir a águas ao Vidago, resta esperar para ver se agora o Paulo Portas que estava demissionário, fica ou vai.

Quanto ao apelo do presidente para um governo de salvação nacional, a actual maioria com a protecção do próprio presidente da república, desbarataram essa possibilidade, pois quando da assinatura do plano de resgate o qual vinculava também o partido socialista depois disso, não lhe passaram “cavaco”.

Como sempre quem se lixa é o povo pois vêm aí tempos difíceis, o governador do Banco de Portugal disse-o ontem numa conferência e a imprensa estrangeira também já anda a escrevê-lo. Ora sabendo-se que os mercados vivem precisamente da especulação financeira, não vai ser fácil o nosso futuro próximo.

Tudo isto por causa da falta de uma liderança forte que não existe actualmente na Europa e muito menos em Portugal. Ora pelo que se soube ontem, parece que as previsões de um verão quente são para continuar, tanto mais que o presidente da república deixou de fora deste consenso nacional, os partidos com assento na assembleia da república à esquerda do PS, mas que são quase vinte por cento da população nacional, sem incluirmos aqueles, que não se sentem representados por nenhuns destes partidos.

publicado por Nuno Santos às 07:20

Julho 09 2013

 

Este quadro pintado por Silva Porto, um grande pintor do século XIX chama-se a Ceifa, embora não ilustre um rancho de segadores de foice em punho, mostra-nos um campo já ceifado e emedado.

Esta semana na nossa aldeia anda tudo atarefado com a ceifa, mas a imagem dos segadores de foice em punho, ou do centeio emedado como neste quadro, jamais se verá nas nossas terras, porque graças às novas tecnologias, agora as cegadas não duram mais de uma semana e o pão, vai directamente da terra para a tulha.

Longe vão os tempos em que pelos nossos outeiros, como diria o Herculano Pombo, ondulavam grandes searas, agora convertidos em pinhais e mato. Embora quem viaje pelo país, se vá apercebendo de que, a paisagem rural está a mudar, vendo-se cada vez mais terrenos a passar do estado de pousio, para terrenos trabalhados, sem que tivesse saído nenhuma lei das Sesmarias.

A falta de outras saídas profissionais está a levar mais gente para a lavoura, como diz o nosso super ministro Paulo Portas, procurando ali uma janela de oportunidade e talvez seja essa a receita, para combater a desertificação do interior do país.

 

publicado por Nuno Santos às 21:00

Julho 08 2013

 

Hoje é dia 8 de Julho, um dia histórico para a cidade de Chaves e para o país. Histórico porque foi há 101 anos que, se travou a última batalha militar no nosso país, se considerarmos como batalha, dois exércitos em confronto, dispostos a matar e morrer, cada um pelo seu ideal.

Ainda que isso seja desvalorizado por alguns, a verdade e que isso  aconteceu em Chaves, mais propriamente na Cocanha, em terrenos que outrora pertenciam à nossa freguesia, onde o exército de Paiva Couceiro defensor da causa monárquica, foi derrotado pelos soldados fiéis à causa republicana.

Desconheço o que antes acontecia em Chaves, para comemorar esta efeméride, mas tanto quanto me lembro, nunca se deu muita importância ao acto, pese embora se lhe tenha dedicado o dia do feriado municipal.

Em Lisboa este facto foi reconhecido, homenageando a nossa cidade com o seu nome numa avenida, numa das zonas mais nobres da cidade.

Eu sei que vivemos numa época de austeridade, mas bolas, aquilo que vemos todos os fins-de-semana, noutros concelhos com bem menor dimensão que o nosso, com programas mediatizados nas várias estações de televisão, não merecia dos responsáveis da cidade, uma outra preocupação! Até porque todos sabemos da importância que estas iniciativas têm, para a promoção turística.

De há uns anos a esta parte o programa das festas consta um concerto pelas bandas filarmónicas e grupos folclóricos do concelho, como contrapartida do magro subsídio que recebem anualmente. Acontece que apesar da reconversão do Pólis, o qual trouxe à zona ribeirinha do Tâmega, uma maior atractividade, os concertos são efectuados na frigideira em que transformaram o Largo General Silveira, e que em dias de canícula como aconteceu ontem, se torna impossível estar, levando inclusive a que o concerto da Banda de Outeiro Seco fosse cancelado.

Esperamos que essa contenção não fosse para ser gasta dentro em breve, em cartazes e outdoors.  

 

publicado por Nuno Santos às 07:43

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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