Está a decorrer neste fim-de-semana o 12.º encontro de motards em Chaves, organizado pelo clube local. Apesar de estarem presentes mais de um milhar de motas, segundo a organização a concentração deste ano, reflecte o momento recessivo que atravessamos, tal como acontecera em Faro, no fim-de-semana passado, onde estiveram apenas 15.000 motards, quando houve anos em que se reuniram ali mais de 30.000 motards, vindos de todo o mundo.
Por razões do meu calendário de férias, este ano foi o primeiro ano em que eu pude assistir a este encontro, apesar de não ser motard, nem sequer saber conduzir uma mota, gosto de ver todo este ambiente. Porém fiquei admirado com a fraca adesão do público local, pois os presentes na alameda do S. Roque, um local optimo para a concentração, limitava-se basicamente aos motards vindos dos vários pontos do país, sobretudo dos clubes motards do norte, mas também estrangeiros, a maioria deles da vizinha Espanha e outros, vindos da concentração de Faro, em trânsito para os seus países.
O programa destes encontros é vasto, com muita cerveja e muita música, não faltando o célebre número das “lavadoras de motas, e como ficam com as roupas molhadas, depois têm de as despir”. Mas o ponto alto da concentração é o desfile pela cidade, decorrendo no sábado por volta das 19 horas.
A maioria dos residentes costumam dizer que em Chaves não se passa nada, mas curiosamente ontem a não mais de duzentos metros do local da concentração motard, entre as instalações da Junta da Madalena e a capela de S. Roque, estava a decorrer o Festival de Folclore dos Ases da Madalena, também com fraca adesão de público.
Creio ter havido alguma falta de sentido estratégico, na organização dos dois eventos, porque se os Ases da Madalena tivessem montado o seu palco no Jardim Público, os dois eventos teriam ganho. Acontece que ambos os eventos tinham o patrocínio da Camara Municipal de Chaves, a qual em meu entender, caberia um papel de moderador.