Os romanos diziam que havia na Lusitânia um povo, que não se governava, nem se deixava governar, embora isto não seja bem assim, porque alguns governam-se bem, à saúde de outros.
Após a demissão ontem de Vitor Gaspar, o número dois do governo, hoje foi a vez de Paulo Portas o número três e sendo expectável que, agora se sigam as demissões de Mota Soares e Conceição Cristas, ambos ministros do CDS PP.
Perante este cenário, perspectiva-se que vamos ter um verão quente, ainda mais do aquele que se tem feito sentir, nos últimos dias. Embora iremos ter mais do mesmo, isto é sai o PSD e entra o PS, talvez até coligado com o CDS PP, porque estes em matéria de coligações não são esquisitos, desde que gravitem na área do governo, qualquer um serve.
Tudo isto porque a nossa constituição obriga a que os nossos governos, sejam constituídos pelos partidos mais votados, sendo estes o nosso principal problema, porquanto grande parte da corrupção que grassa no país tem origem na sustentabilidade e financiamento destes mesmos partidos.
De fora ficam pessoas com grande capacidade e provas dadas, como Sampaio da Nóvoa, Boaventura Sousa Santos, Paulo Morais e muitos outros, só porque são desalinhados desses mesmos partidos.
Mas como vivemos em “democracia” e o povo é quem mais ordena, mal digo eu porque escolhe sempre os mesmos, e os mais inaptos. E se de vez em quando aparece alguma excepção, as corporações encarregam-se de os deitar abaixo, como aconteceu com Maria de Lurdes Rodrigues, Correia de Campos e outros mais. A propósito a Maria de Lurdes Rodrigues, actual Presidente da FLAD - Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento, apesar de ter sido elogiada pelo embaixador americano, não vai ser reconduzida no cargo porque a nomeação para o cargo é da incumbência do governo, e esta não tem ocartão dopartido, o mesmo aconteceu com Lidia Sequeira a actual presidente do porto de Sines, que colocou este porto no top five do mundo, mas como não é do PSD, vai sair para ser substituida por um boy.
A ver vamos o que vai sair desta crise porque “Pra melhor está bem, está bem! Pra pior já basta assim”.