Depois das congratulações ao espírito de unidade feitas no domingo primeiro, pelo Sr. Padre José Banha na missa, depois pelos oradores na apresentação do livro “Junta de Freguesia 1900-2013”, foi com um misto de surpresa e de tristeza que li os comentários postados no blog do Altino.
Os discursos proferidos pelo presidente da Junta de Freguesia e pelo Presidente da Câmara, por causa dos seus cargos institucionais, devem ser os únicos considerados com relevancia política, porquanto os discursos dos outros dois elementos, estando o Altino como autor do livro e o Arq.º Cabeleira como seu apresentador, devem ser considerados de circunstância.
Infelizmente foi apresentada uma contestação, só porque o presidente da junta, promotor do evento, no seu discurso de apresentação, não agradeceu publicamente a colaboração da Casa de Cultura, da mesma forma que também não o fez, em relação à Associação Mãos Amigas, cuja colaboração não foi inferior.
Concordo que o agradecimento público deveria ter sido feito, ainda que o tivesse sido de forma indirecta, para todos os colaboradores que, tornaram possível a realização do evento, e segundo sei, o próprio presidente da junta penitenciou-se logo nesse dia, junto da presidente da Casa da Cultura pela omissão.
Ora em minha opinião e em nome dessa unidade, o caso deveria morrer ali, não se alimentando mais polémicas, até porque curiosamente a mesa era composta pelo sócio número um da Casa de Cultura, pelo presidente da Junta, sócio e ex- dirigente dessa instituição e um dos seus maiores apoiantes, tal como os representantes da Câmara Municipal, que é actualmente um dos seus maiores mecenas.
A esse propósito devo dizer, pela proximidade que tive num passado recente com a Casa da Cultura, de que a Câmara Municipal teve sempre um comportamento exemplar perante essa instituição, tanto quando a sua governação foi exercida pelo PS, como pelo PSD. Quem não se lembra das constantes presenças e discursos do Dr. Alexandre Chaves, do Prof. Fonseca, ou Dr. Sousa Silva, aliás o período da sua construção, coincidiu precisamente com a presidência do Dr. Alexandre Chaves.
Sem querer estar a fazer a defesa de ninguém, porquanto os visados saberão eles próprios fazer a sua defesa, acho que não havia necessidade de estarmos a criar este clima, quando o momento deverá ser de unidade, para juntos ultrapassarmos as dificuldades do país, das pessoas e das instituições.