Outeiro Secano em Lisboa

Agosto 27 2013

 

Depois das congratulações ao espírito de unidade feitas no domingo primeiro, pelo Sr. Padre José Banha na missa, depois pelos oradores na apresentação do livro “Junta de Freguesia 1900-2013”, foi com um misto de surpresa e de tristeza que li os comentários postados no blog do Altino.

Os discursos proferidos pelo presidente da Junta de Freguesia e pelo Presidente da Câmara, por causa dos seus cargos institucionais, devem ser os únicos considerados com relevancia política, porquanto os discursos dos outros dois elementos, estando o Altino como autor do livro e o Arq.º Cabeleira como seu apresentador, devem ser considerados de circunstância.

Infelizmente foi apresentada uma contestação, só porque o presidente da junta, promotor do evento, no seu discurso de apresentação, não agradeceu publicamente a colaboração da Casa de Cultura, da mesma forma que também não o fez, em relação à Associação Mãos Amigas, cuja colaboração não foi inferior.

Concordo que o agradecimento público deveria ter sido feito, ainda que o tivesse sido de forma indirecta, para todos os colaboradores que, tornaram possível a realização do evento, e segundo sei, o próprio presidente da junta penitenciou-se logo nesse dia, junto da presidente da Casa da Cultura pela omissão.

Ora em minha opinião e em nome dessa unidade, o caso deveria morrer ali, não se alimentando mais polémicas, até porque curiosamente a mesa era composta pelo sócio número um da Casa de Cultura, pelo presidente da Junta, sócio e ex- dirigente dessa instituição e um dos seus maiores apoiantes, tal como os representantes da Câmara Municipal, que é actualmente um dos seus maiores mecenas.

A esse propósito devo dizer, pela proximidade que tive num passado recente com a Casa da Cultura, de que a Câmara Municipal teve sempre um comportamento exemplar perante essa instituição, tanto quando a sua governação foi exercida pelo PS, como pelo PSD. Quem não se lembra das constantes presenças e discursos do Dr. Alexandre Chaves, do Prof. Fonseca, ou Dr. Sousa Silva, aliás o período da sua construção, coincidiu precisamente com a presidência do Dr. Alexandre Chaves.

Sem querer estar a fazer a defesa de ninguém, porquanto os visados saberão eles próprios fazer a sua defesa, acho que não havia necessidade de estarmos a criar este clima, quando o momento deverá ser de unidade, para juntos ultrapassarmos as dificuldades do país, das pessoas e das instituições.

publicado por Nuno Santos às 09:02

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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