Quem de nós ainda não viu pela enésima vez o “Leão da Estrela”, um filme que retrata a história de um apaniguado sportinguista da classe média, que foi ao Porto assistir a um jogo do seu clube, fazendo-se passar por uma pessoa rica.
O que nem todos saberão, é que um um dos guionistas deste filme foi Félix Bermudes, um dos fundadores do Benfica, sendo seu atleta e presidente por três vezes, a primeira entre 1916-1917 a segunda entre 1930-1931 e depois em 1945.
O Sporting vivia na altura o seu período de oiro com os 5 violinos, ganhando em praticamente quase todos os campos. Só não ganhou o prestígio internacional que mais tarde haveriam de ganhar o Benfica e o Porto, porque a Europa vivia a ressaca da 2ª Guerra Mundial, e por isso, não havia as competições internacionais entre os clubes.
A taça dos campeões europeus só foi criada em finais da década de cinquenta, quando a equipa do Sporting estava no seu declínio, estando a emergir o melhor Benfica, de Santana, Coluna Eusébio e outros. De salientar na primeira edição da Taça dos Campeões, não participaram os campeões dos países, mas as equipas com maior prestígio, tendo sido o Sporting, a equipa portuguesa convidada .
Actualmente é o Porto quem está por cima, o Sporting vai ao Porto, tal como no filme do Leão da Estrela, fazer figura de rico, embora se ganhar fique em primeiro lugar, quando o seu orçamento é duas ou três vezes inferior ao do Porto.
Mas nem sempre ganham os maiores orçamentos, mas para isso também é necessário haver equidade noutro dos factores importantes num jogo de futebol, que é a sua arbitragem.
Ora nos últimos anos, esse tem sido infelizmente um elemento desequilibrador nos jogos do Dragão, quando as coisas não correm bem ao Porto, costuma surgir sempre um empurrãozito na engrenagem, como aconteceu ainda há poucas jornadas, no jogo com o Guimarães.
Oxalá hoje não haja nada desses factores negativos, que seja um optimo jogo de futebol e no final ganhe quem mais fizer por isso, desejando que essa equipa seja o Sporting.