Pelo segundo ano consecutivo não fui aos Santos. O corte do feriado no dia 1 de Novembro, acrescido de obrigações profissionais inadiáveis, retiveram-me em Lisboa, com grande pena minha .
Os quarenta anos que já levo de descontos para a Segurança Social ainda não são suficientes para atingir a reforma, logo mais para se obter a reforma terá de ser como o ingresso na tropa, antes deste serviço ser voluntário, teremos de passar por uma inspecção que nos dirão, se ainda estamos aptos ou inaptos para continuar a trabalhar.
Apesar da pouca inovação introduzida neste certame, o certo é que os Santos são o evento que mais população trás à cidade, vinda de toda a província, assim como da vizinha Galiza.
Diz-se que a tradição tem muita força e neste caso da feira dos Santos, vem já da idade média, havendo registos que remontam à sua existência no longínquo ano de 1300.
Assim não comi o “pulpo” no Manolo nem observei as juntas de bois, que agora são como as modelos profissionais, correm todas as feiras da região, à procura do prémio.
Acho que está mais do que na hora da nossa autarquia requalificar a Feira dos Santos, porque apesar de ser há muitos anos, uma referência regional, pode e deve tornar-se numa referência nacional, do tipo da Ovibeja, S. Mateus ou Santarém, porque os milhares de visitantes que todos os anos aí se deslocam merecem bem mais do que o programa que se lhes oferece.