Portugal carimbou ontem o passaporte para o mundial do Brasil. Embora fosse obra de todo um coletivo, sem dúvida que se deveu muito à ação individual de Cristiano Ronaldo, que, quer se goste ou não e mesmo em Portugal há quem não goste, apenas porque não pertence ao clube dos seis milhões, ele carregou a equipa às costas como um verdadeiro comandante, sendo o principal responsável pela vitória, ao marcar todos os golos da equipa portuguesa.
Com este feito Cristiano bateu todos os recordes, pese embora se continue a chamar rei a outro, que, apesar de fazer parte de uma equipa maravilha, apurou-se uma única vez para uma fase do mundial, precisamente o mundial de1966.
Já o escrevi várias vezes de que sou mais sensível aos feitos do meu clube, do que da própria seleção, mas a maioria dos jogadores da atual seleção foram formados em Alvalade, e mesmo dos catorze jogadores que ontem estiveram em campo, só o Sporting esteve representado, pelo Rui Patrício e William de Carvalho, os restantes jogadores portugueses jogam todos no estrangeiro.
Confesso que durante anos, alimentei a esperança de também ir ao Brasil, assistir a esta fase final do Mundial. Mas a conjuntura política não me foi favorável, pois as expectativas de me reformar em 2013, quando perfizesse os quarenta anos de reforma, esfumou-se por causa das exigências da troika, deste modo terei de ver o mundial, através da televisão.