Esta semana não se falou da crise económica porque os temas em debate foram, as praxes académicas, e o atraso no jogo do Porto – Marítimo, em prejuízo claro está do Sporting.
Quanto às praxes eu confesso que quando em Setembro, por alturas do início do ano escolar, e passo de carro no Jardim do Campo Grande, o qual fica fronteiro à cidade Universitária e à Universidade Lusófona, me revolto com aquele espetáculo degradante, vendo jovens tipo soldados de elite a rastejar sob o comando de jovens trajados, a maioria deles etilizados, e com reflexos ainda de uma noite de excessos, humilhando os jovens caloiros, a maioria deles acabados de chegar da província. O mais curioso é que segundo eles, essas práticas servem para os integrarem na escola, embora eu não entenda essa integração, porquanto, essas práticas ocorrem fora da escola.
O outro tema causa-me também algum desconforto, porque no futebol português, uma modalidade da qual tanto gosto, continuar a reinar a “chico espertice” em detrimento dos regulamentos e da assertividade, com os resultados dos jogos a resolverem-se com recurso a esquemas manhosos.
E o ridículo é a aceitação das pessoas que gostam deste fenómeno e pouco fazem para mudar este estado de coisas. Constata-se que o sistema instalado há mais de trinta anos, apesar de caduco, continua a vigorar, independente dos ventos de mudança que já se fazem sentir, porque os tentáculos do polvo teimam em não se soltar, e o que se passou no passado sábado no estádio do Dragão, foi um exemplo disso.
Enfim nada a que os sportinguistas não estejam habituados, um ano em que Pinto da Costa era o presidente do Organismo Autónomo, o orgão que antecedeu a Liga de Futebol, o Sporting até teve de ir a Chaves jogar apenas 1 minuto de jogo, na mesma semana em que recebia o F.C. Porto em Lisboa, com o qual estava em compita na disputa do campeonato.
Mas como diz o ditado “agua mole em pedra dura tanto dá até que fura” por isso, temos esperança de que o movimento encetado pelo presidente do Sporting, na regeneração do futebol português não esmoreça, ainda que para alguns os sportinguistas, continuem a ser uns anjinhos.