Apesar dos quase quinhentos quilómetros de distância que separam Chaves de Lisboa, existem por cá muitas reminiscências que nos reportam à nossa terra, senão vejamos. Por razões profissionais hoje tive de me deslocar duas vezes à rua General Alves Roçadas, (Penha de França) onde está localizado o Serviço de Finanças de Lisboa 1, estas terminologias estão sempre a mudar, porquanto ainda há bem pouco tempo, este serviço era conhecido por 1º bairro Fiscal de Lisboa.
Como o meu escritório está situado na Av. 5 de Outubro, vejam só quantas memórias encontrei relacionadas com Chaves. Depois de atravessar a Av. Da República, cruzei a Av. Defensores de Chaves, atravessei a praça do Chile, onde está a estátua de Fernão de Magalhães, que uns defendem ser transmontano nascido em Chaves na rua do Poço e que, terá sido em sua memória, que, atribuíram o nome ao liceu. Outros defendem que Fernão de Magalhães é minhoto. Seja lá de onde for, Fernão de Magalhães está em plena praça do Chile, porque foi o governo desse país, quem ofereceu a estátua, à cidade de Lisboa.
Em seguida entrei na Av. Morais Soares, este sim um transmontano natural da Torre de Ervededo, e que viveu no período de 1811-1881. Na capital foi médico, mas ficou muito ligado às questões da agricultura, tendo sido inclusive, director geral dos serviços de agricultura e deputado.
Ao cimo desta avenida virei à direita na praça Paiva Couceiro, outra figura ligada a Chaves, pelas razões que são sobejamente conhecidas, estando na origem do seu feriado municipal o 8 de Julho. Circundando a praça entrei depois na General Alves Roçadas, chegando por fim ao serviço de Finanças.
É por estas e por outras que a minha terra, nunca me sai do pensamento.