A Voz do Operário é uma associação de beneficência, fundada em 13 de fevereiro de 1883 por operários tabaqueiros. Actualmente diversifica a sua actividade por várias áreas sociais, com especial predominância pela do ensino. Quem não se recorda de ver na noite de Santo António, as crianças da Voz do Operário, a abrir o desfile das marchas populares na avenida da liberdade, a mesma liberdade que foi sempre um apanágio desta associação.
Ontem inserido no encerramento das comemorações dos seus cento e trinta anos, o Paulo de Carvalho, também ele sócio honorário da Voz do Operário, realizou um concerto no Coliseu dos Recreios.
Como admirador da boa música portuguesa, e do Paulo de Carvalho em particular, lá estivemos na plateia do coliseu, para ouvirmos êxitos como; a Flor sem tempo, os Putos, Lisboa menina e moça, que embora mais associadas ao Carlos do Carmo, são canções criadas pela parceria de Ary dos Santos / Paulo de Carvalho, mas muitas outras entre as quais a que serviu de senha ao movimento dos capitães de abril, o Depois do Adeus.
A pedido do muito público presente, o concerto terminou com a Nini do 15 anos, uma canção que nos transporta para a nossa adolescência, e para os bailes ao som do giradiscos na longínqua época de sessenta.
Ontem dia 1 de Fevereiro era também um dia especial, pois celebrava-se mais um aniversário em que o transmontano Manuel Buíça, assassinou o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, uma data controversa porque abominada por uns e comemorada por outros.
Para os sportinguistas foi um dia particularmente agradável, porque o Porto e o Benfica perderam pontos, a ver se hoje tiramos partido desses desaires, ganhando à Académica, se depender do meu apoio, a vitória será nossa porque lá estarei munido do meu cahecol.