Outeiro Secano em Lisboa

Março 31 2014

 

O Calimero é uma figura da banda desenhada, criada por dois criativos italianos, o qual passa a vida a vitimizar-se e a sentir-se infeliz e injustiçado.

Nos comentários das redes sociais era frequente os adeptos do futebol clube do Porto, assim como de outros clubes, apelidarem os sportinguistas de Calimeros, quando estes se queixavam justamente dos erros de arbitragem, os quais ainda persistem. Vejamos ainda neste sábado, com mais um golo mal anulado a Fredy Montero, o qual felizmente não teve influência no resultado, porque o Vitória de Guimarães não marcou nenhum golo.  

Ontem o Porto perdeu pela sexta vez nesta época, vendo a diferença pontual ampliada para o segundo lugar, e claro, atiraram-se logo ao árbitro, fazendo eles desta vez o papel de Calimeros. Em boa verdade o Porto terá razões de queixa no lance do primeiro golo do Nacional, embora mais uma vez seja a televisão quem mostra o erro, porque em imagem real ninguém o vislumbrou.

Depois há um golo mal invalidado a Jackson Martinez, dando a ideia que o abalroamento que este faz ao jogador do Nacional, é já na fase descendente. Contudo omitem um penalti a favor do Porto, completamente inventado pelo Quaresma, que ele próprio falhou, repondo-se a justiça do lance.

O mesmo Quaresma protagonizou no final do jogo, cenas verdadeiramente surrealistas, as quais paradoxalmente o árbitro não sancionou, pois segundo o site da liga, apenas mostrou um cartão vermelho a um jogador do Nacional, ficando o Quaresma incólume, apesar daquela correria e tentativa de agressão.

Por falar em más arbitragens, no sábado assisti pela televisão ao jogo do Benfica B – Chaves, onde o Desportivo foi claramente prejudicado, e fruto disso, vê-se definitivamente afastado da  luta pela subida de divisão.

É a vida! como alguém disse num contexto diferente, afinal somos todos Calimeros.

publicado por Nuno Santos às 13:34

Março 29 2014

No próximo dia 29 de Maio vamos ter de novo em Portugal os míticos Rollings Stones, desta vez para atuarem no Parque da Bela Vista, em mais uma edição do Rock in Rio. Esta é a sexta vez que o grupo atua no nosso país, e porque dada a longevidade da banda, esta digressão talvez seja a última, lá estaremos para lhes prestar o tributo, pelo que fizeram pela música, ao longo destes 52 anos de vida.

Fundados em 12 de Julho 1962, tinha eu sete anos, os Rollings Stones juntamente com os Beatles, foram os maiores divulgadores da música rock. Habituados a tocar para grandes plateias, atuam sobretudo em estádios e parques. Em Portugal atuaram por três vezes no estádio José de Alvalade, onde tive o privilégio de os ver pela primeira vez ao vivo, atuaram uma vez no Porto, no estádio do Dragão e no estádio de Coimbra regressando agora a Lisboa e ao parque da Bela Vista, onde se realiza o Rock in Rio.

Fundado por Mick Jagger, Keith Richards, Brian Jones e Bill Wyman, o Charlie Watts só entraria para o grupo em 1963. No ano de 1969 Brian Jones abandonou a banda e a vida, pois apareceu morto na piscina da sua casa, sendo substituído por Mark Taylor que viria a sair do grupo em 1974 sendo substituído por Ron Wood.

A composição da banda atual é a seguinte: Mick Jagger voz e guitarra, Keith Richards guitarra solo e baixo, Charlie Watts bateria e Ron Wood guitarra solo e vozes.

Espera-se que seja um espectáculo memorável, à semelhança de muitos outros que aconteceram no Rock in Rio, entre os quais o de Paul Mccartney em 28 de Maio de 2004, onde também estivemos, há precisamente dez anos.

Como nota de rodapé o bilhete para o Paul Mccartney custou na altura 53,00 € e agora para os Rollings Stones custa 69,00€. Contudo no segundo dia em que foram postos à venda, já se tinham vendido setenta e cinco mil dos noventa mil bilhetes disponíveis.

Por falar em dinheiro, a primeira vez que os Rollings Stones vieram a Portugal, foi em 10 de Junho de 1990, e o seu cachet foi de cento e vinte e cinco mil contos, qualquer coisa como 625.000,00 €. Espero que no próximo dia 29 de Maio apesar de não ser o dia de S. Pedro, este nos dê um bom dia, pelo menos que não chova porque para aquecer o ambiente, lá estarão os Rollings Stones, e vai ser uma “ Satisfaction”.

 

publicado por Nuno Santos às 09:45

Março 27 2014

 

Os que acreditam nos horóscopos costumam classificar a nossa forma de ser e estar na vida, em função dos signos. Aos carneiros são lhe atribuídas muitas características benéficas, outras nem tanto, como a de serem teimosos. Ora como eu também sou carneiro, não acho nada isso, embora a minha mulher diga o contrário.

Vem isto a propósito de um episódio, contado por uma colega de trabalho, a qual tem dois filhos, com feitios totalmente opostos, tendo o mais novo de apenas cinco anos nascido em 2 de Abril, por isso do signo carneiro.

Há dias o Diogo pediu à mãe para comer uma guloseima, coisa que ela contrariou de imediato, porque estava muito próximo a hora de jantar. Mas como o Diogo não lida bem com negações, às escondidas da mãe prevaricou, só que fê-lo de tal forma que, deixou vestígios.

Apercebendo-se dessa evidência a mãe questionou-o se tinha comido a guloseima, mas o Diogo refutou energicamente o acto.

A mãe tentou por várias formas que o Diogo assumisse e já em desespero de causa disse-lhe:

- Sabes filho! Deus está lá em cima e vê tudo o que fazemos, por isso se tu não disseres a verdade, a mãe pode morrer.

O Diogo que só tem cinco anos, ficou muito sério e não disse palavra, tendo-se retirado para a sala, como que em meditação.

Pouco tempo depois chegou o pai a casa e estranhou que o Diogo não o recebesse para o beijo habitual. Entretanto vêem passar o Diogo a correr em direcção a quarto, clamando com voz chorosa.

- Deus não vê nada! Deus não vê nada!

Como na manhã seguinte, reinava a normalidade naquela casa, será que para o Diogo acabou o dogma de que afinal, Deus não está em toda a parte nem acima de todas as coisas?

publicado por Nuno Santos às 08:06

Março 23 2014

A propósito do dia mundial da água celebrado ontem, dia 22 de março, o jornal Público publicou uma reportagem sobre aquedutos, os quais, são hoje meras obras de arquitetura, mas que tiveram no passado, uma importância vital, para levarem a água às populações.

São vários os aquedutos ainda hoje se podem ver espalhados pelo país, salientamos pelo seu conhecimento e pela sua perenidade, o de Vila do Conde, mais conhecido pelos Arcos que, até dão o nome ao estádio do Rio Ave, ali ao lado, mais a sul, são os de; Óbidos, Tomar, Évora, Santo Antão do Tojal, Pegões, Elvas e por fim aquele com maior distância, mas também maior importância, porque abastecia um maior número de pessoas, o Aqueduto das Aguas Livres em Lisboa.

Todos nós estudamos na história que este aqueduto, ainda hoje um dos maiores e mais belos monumentos de Lisboa, fora mandado construir pelo rei D. João V, mas o projecto da sua construção, remonta muitos anos atrás, mesmo ao tempo da romanização da península, quando os romanos construiram uma barragem na região de Belas, local onde se inicia o aqueduto das Águas Livres, com intuito de fazerem aí a captação da água, para abastecer Lisboa.

O aqueduto das Águas Livres tem uma tal robustez e técnica de construção que, passou incólume ao terramoto de 1755, pese embora esse terramoto tivesse segundo os estudos atuais, uma dimensão de 9 graus na escala de Rischter.

E se nessa altura o aqueduto impressionou todos os estrangeiros que vieram a Portugal fazer a cobertura do terramoto, porque a amplitude da sua devastação impressionou toda a Europa, fazendo por isso deslocar a Lisboa centenas de ilustradores, porque à época ainda não havia ainda a fotografia. O aqueduto não deixou de os impressionar, não só pela sua imponência, mas sobretudo, pela sua resistência à devastação do terramoto.

Quem nos tempos mais próximos visite Lisboa, e queira ficar a conhecer melhor este grandioso monumento, recomendo-lhes uma passagem pela zona de Campolide, no chamado Vale de Alcântara, e depois uma visita à mãe de Agua nas Amoreiras, próximo do Largo do Rato e junto ao museu Vieira da Silva/Arpad Szene, e assim ganham dois em um, visitam a mãe de água, donde se avista um belo panorama da cidade, mais o museu Vieira da Silva, uma das pintoras mais célebres da pintura nacional e mundial.

 

 

publicado por Nuno Santos às 09:57

Março 21 2014

 

O dia 21 de março é dos dias mais consagrados do nosso calendário. Ele está associado à entrada da Primavera, mas também é considerado o Dia Mundial da floresta, o Dia Internacional do síndroma de Down ou trissomia 21, o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial mas ainda o Dia Mundial da Poesia.

A esse propósito, vão decorrer um pouco por todo o lado eventos, para assinalar este dia. Em Chaves o TEF leva a efeito uma sessão de poesia no seu espaço Bento Martins, em Lisboa, irá decorrer amanhã no Largo de S. Carlos, em frente da casa onde nasceu Fernando Pessoa, uma sessão de poesia que, depois se prolongará no Teatro da Trindade, ali perto.

Eu não podia deixar passar este dia em claro e por isso, escolhi um poema de um poeta, cujos poemas me comovem até às lágrimas, trata-se de António Nobre cujo livro “Só” recomendo.

   

 

Elegia

 

Vai em seis meses que deixei a minha terra
E tu ficaste lá, metida n'uma serra,
Boa velhinha! que eras mais uma criança...
Mas, tão longe de ti, n'este País de França,
Onde mal viste, então, que eu viesse parar,
Vejo-te, quanta vez! Por esta sala a andar...
Bates. Entreabres de mansinho a minha porta.
Virás tratar de mim, ainda depois de morta?
Vens de tão longe! E fazes, só, essa jornada!
Ajuda-te o bordão que te empresta uma fada.
Altas horas, enquanto o bom coveiro dorme,
Escapas-teada cova e vens, Bondade enorme!
Através do Marão que a lua-cheia banha,
Atravessas, sorrindo, a misteriosa Espanha,
Perguntas ao pastor que anda guardando o gado,
(E as fontes cantam e o céu é todo estrelado...)
Para que banda fica a França, e ele, a apontar,
Diz: «Vá seguindo sempre a minha estrela, no Ar!»
E há-de ficar cismando, ao ver-te assim, velhinha,
Que és tu a Virgem disfarçada em pobrezinha...
Mas tu, sorrindo sempre, olhando sempre os céus,
Deixando atrás de ti, os negros Perineus,
Sob os quais rola a humanidade, nos Expressos,
Em certo dia ao fim de tantos (conto-os, meço-os!)
Vindo de vila em vila, e mais de serra em serra,
Chegas!
    E cai e cai no soalho alguma terra:
Tua cova que vem pegada aos teus vestidos!

Ó lua do ceguinho! Amparo dos vencidos!
Alpendre do perdão! ó Piedade! ó Clemencia!
Singular fado o nosso, estranha coincidência:
Deixamos nossa Pátria ao mesmo tempo: tu,
Adentro d'um caixão, que era também baú,
Onde levavas as desgraças d'esta vida;
Eu, n'um paquete sobre a vaga enraivecida
(Sob a qual, entretanto, havia a paz das loisas)
E nele o esquife do meu lar, as minhas coisas,
E mais tu sabes, Santa! um saco de misérias!
Mas a existência, é um dia, esta vida são férias
E, mal acabem, te verei de novo... em breve!
E tu de novo me verás...
    Ah! como deve
Ser frio esse teu lar de debaixo da terra
Que teu cadáver de oiro ainda intacto encerra:
Ainda intacto e sempre: disse-me o coveiro
Que a tua cova era a única sem cheiro...
E assim te deixo, Santa! Santa! ao abandono,
Só, aos cuidados das corujas e do Outono!
Com este frio, horror! Senhora da Piedade!
Sem uma mão amiga e cheia de bondade
Que te agasalhe e faça a dobra do lençol,
Que abra a janela para tu veres o sol,
Que, logo de manhã, venha trazer-te o leite
E, á noite, a lamparina-esmalte com azeite!
Sem uma voz que vá ao pé da tua loisa,
Ansiosa, perguntar se queres alguma coisa,
Cobrir-te, dar-te as boas-noites... Sem ninguém!
Ai de ti! ai de ti! Minha segunda Mãe!

Dobra era meu coração o sino da saudade...

Aqui, no meio d'esta fria soledade,
Evoco a Coimbra triste, em seu aspecto moiro:
Entro, chapéu na mão, em tua Casa d'Oiro,
Em frente a um canavial, cheio de rouxinóis,
Que era nervoso de mistério, ao por-dos-soes...
Vejo o teu lar e a ti, tão pura, tão singela,
E vejo-te a sorrir, e vejo-te, á janela,
Quando eu seguia para as aulas, manhã cedo,
Ansiosa, olhando d'entre as folhas do arvoredo,
Olhando sempre até eu me sumir, a olhar,
Que ás vezes não me fosse um carro atropelar.
Vejo o meu quarto de dormir, todo caiado,
D'onde ouvia arrulhar as pombas, no telhado;
Oiço o relógio a dar as horas vagamente,
Devagar, devagar, como os ais d'um doente...
Vejo-te, á noite, pelas noites de Janeiro,
Na sala a trabalhar, á luz do candeeiro,
Mais vejo o Emílio, indo a tactear, quase sem vista,
Mas que lembrava com seus olhos de ametista,
Meio cerrados, como ao sol uma janela,
Que lindos olhos! uma pomba de Ramella!
E andava á solta pela casa, não fugia,
Que aos libres ares o casulo preferia...
Mais vejo Aquela, cujo olhar são pirilampos,
Que tem o nome da mais linda flor dos campos,
Que tem o nome que tiveste... Vejo-a, ainda,
Como se ontem fosse, a Margareth, tão linda:
Vejo-a passar, sorrindo, e faz-me assim lembrar
No seu vestido rubro, uma papoila a andar...
Mais te vejo ainda ungir d'afagos minhas penas,
Mais te vejo voltar, á tarde, das novenas...
Mais oiço os sinos a dobrar, em Santa Clara,
E tu encomendando a alminha que voara...
Mais vejo os meus contemporâneos, pela Estrada,
As capas destraçando, ao verem-te á sacada;
Mais vejo o Ruy, na sua farda de artilheiro,
E tu mirando-o (o que são mães!) o dia inteiro!
Mais vejo o sol, áurea cabeça do Senhor,
Mais vejo os cravos, notas de clarim em flor!
Mais vejo no quintal as papoilas vermelhas,
Mais vejo o lar das andorinhas, sob as telhas,
Mais oiço o tanque a soluçar soluços d'agua,
Mais oiço as rãs, coaxando á noite a sua magoa,
Mais vejo o figueiral todo cheio de figos,
Mais vejo a tua mão a dá-los aos mendigos...
Mais oiço os guizos, ao passar da mala-posta,
Mais vejo a sala de jantar, a mesa-posta,
E tu, Senhora! presidindo, á cabeceira.
E (o que a distancia faz!) vejo-te na cadeira,
Com uma touca preta a cobrir-te os cabelos,
Que eram de neve, aos caracóis, estou a vê-los!
(Hei-de ir cortar-tos, alta noite, ao cemitério...)
Mais vejo o Vasco sempre triste, sempre serio,
D'um lado e eu de outro...

    Que abençoado refeitório!

Mas tudo passa n'este mundo transitório!
E tudo passa e tudo fica! A Vida é assim
E sê-lo-á sempre pelos seculos sem fim!
Ainda vejo a tua casa, e oiço os teus gritos
(Mas nas janelas e na porta vejo escritos!)
O Vasco é ainda sempre triste, sempre serio
(Mas sua casa, agora, é ao pé d'um cemitério...)
Meu quarto de dormir vejo-o no mesmo estado
(Mas não sei que é, não me parece tão caiado.)
A janela ainda tem o mesmo parapeito
(Mas já não sou «o estudantino de Direito».)
Na sala de jantar ainda se estende a mesa
(Mas já não tem a mesa-posta, a sobremesa.)
Vejo o relógio na parede como outrora
(Mas o ponteiro marca ainda a mesma hora...)
O candeeiro ainda tem o petróleo e a torcida
(Mas apagou-se a luz a quando a tua vida.)
A diligencia passa, á tardinha, a tinir,
(Mas já não tem os olhos teus para a seguir...)
Passam ainda pela Estrada os estudantes
(Mas não destraçam suas capas, como d'antes...)
Vêm da novena ainda as moças e as donzelas
(Mas procuro-te, em vão, já não te vejo entre ellas...)
As andorinhas ainda têm o mesmo fito
(Mas já fizeram três jornadas ao Egipto...)
Ainda dobra por defuntos e defuntas
(Mas não te vejo a ti a rezar de mãos juntas.)
Ainda lá está o figueiral com figos,
(Mas não a tua mão a dá-los aos mendigos...)
O Ruy ainda traz a farda de soldado
(Mas, agora, já poe mais divisas, ao lado.)
As rãs coaxam ainda á noite, á beira d'água
(Mas, já não têm quem peça a Deus por essa magoa.)
O Emílio tem ainda esse olhar que maravilha,
(Mas, com seus olhos d'hoje, é uma pombinha da Ilha)
Ainda lá estão os cravos, no jardim,
(Mas já não são as mesmas notas de clarim...)
Ainda oiço o tanque a soluçar a sua magoa
(Mas já não acho tão branquinha a sua água...)
A Margareth ainda é a papoila de outrora
(Mas a papoila... já está uma senhora!)
Ainda lá estão as papoilas em flor
(Mas a velhinha já não vai de regador...)
Meu coração é ainda o Valle de Gangrenas
(Mas já não tenho quem lhe plante as açucenas...)
Vive ainda o Sol, vivo eu ainda... (Mas tu morreste!)
Tudo ficou, tudo passou...

    Que mundo este!

António Nobre, in 'Só'

 

publicado por Nuno Santos às 08:09

Março 19 2014

 

Tal como muitos outros dias dedicados a coisas e causas, o dia do Pai, é comemorado em datas diferentes, pelas diversas partes do mundo. Embora seja um dia de comemoração e de agradecimento aos pais, não deixa de ter uma grande conotação comercial, basta ver as montras das lojas, assim como as várias campanhas publicitárias que se fazem, a propósito deste dia.

Porém todos os pais gostam de receber neste dia uma mensagem carinhosa, a minha chegou por skype, que é a forma de uma grande parte dos pais se comunicarem atualmente com os filhos, mas por skype ou de outra forma qualquer, o importante é que se comuniquem, e que ambos  estejam bem, onde quer que se encontrem.

Em Portugal o dia do pai comemora-se hoje dia 19 de Março, seguindo a data religiosa da consagração de S. José, que segundo a bíblia, é o pai de Jesus.

Tempos houve em que Outeiro Seco, mais do que o dia do pai, comemorou-se o dia dos Zés, porque era seguramente o nome mais vulgar da terra. Do programa constava uma cerimónia religiosa em honra de S. José, seguido de um almoço de convívio de todos os Zés da aldeia.

Os primeiros promotores desta iniciativa foram; o Zé Serra, o Zé Regalia e o Zé Costa, mais conhecido na aldeia por Dr. Costa, os dois últimos já falecidos. Infelizmente foi mais uma tradição que se perdeu, pese embora o nome José continue a perdurar. A propósito um abraço fraterno para um dos Zés que, infelizmente não está a passar um bom momento, trata-se no nosso amigo José Ferreira, mais conhecido por Zé do Forno e o desejo de rápidas melhoras.

publicado por Nuno Santos às 13:52

Março 18 2014
 
 

 

 

Há dias recebi um email do Sr. Presidente da Direcção da AMA, apelando para quando da entrega  do IRS, indicássemos no campo 9 do anexo H da Dec. Mod. 3, o número de contribuinte da AMA, afim desta  beneficiar dos 0,5% do IRS suportado, por cada um de nós.

Na qualidade de associado da AMA mas porque profissionalmente estou ligado a estas coisas das contas, cumpre-me informar os responsáveis da AMA, de que este apelo não terá qualquer efeito prático, pelo seguinte:

Não basta o reconhecimento como IPSS, para se beneficiar da Consignação dos 0,5% do IRS - imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, é necessário requerer todos os anos até ao mês de Outubro do ano anterior, junto do Director Geral de Impostos ao abrigo do artigo 32.º , n.º 6 da LLR e Portaria n.º 80/2003, de 22 de Janeiro o benefício da Consignação.

Depois disso, por norma em fevereiro do ano seguinte, a Direcção Geral de Impostos publica no seu portal, a lista das entidades beneficiárias. Ora após consulta da lista para o ano de 2013, onde estão contempladas 2045 entidades, constatei que a AMA - Associação Mãos Amigas, não consta dessa lista para o ano de 2013.

Contudo não é dramático a situação porque há Benefícios Fiscais que, não são cumuláveis num mesmo exercício, entre os quais, o da Consignação dos 0,5% do IRS, com o pedido de Reembolso do IVA.

A propósito do IVA lembramos que as IPSS têm direito ao regime de restituição do IVA previsto nas alíneas a) e b) do nº 1 do artigo 2º do Decreto-Lei nº 20/90, de 13 de Janeiro (que concede à Igreja Católica e às IPSS algumas isenções em sede de IVA), em montante equivalente a 50 % do IVA suportado, excepto nos casos de operações abrangidas pelo nº 2 do artigo 130º da Lei nº 55-A/2010, de 31 de Dezembro, ou seja:

 O IVA suportado pelas IPSS nas aquisições de bens e serviços relacionados com a construção, manutenção e conservação de imóveis utilizados total ou principalmente na prossecução dos respectivos fins estatutários, desde que constantes de facturas, sem IVA, de valor não inferior a € 997,60), relativamente às quais se mantém em vigor o direito à restituição de um montante equivalente ao IVA suportado, por se tratar de operações com cofinanciamento público.

Mas como consta que a AMA, vai iniciar o processo da construção do centro social, face à legislação fiscal em vigor, torna-se mais vantajoso optar pelo reembolso do IVA nas facturas de aquisição de serviços e dos materiais, do que optar pela consignação dos 0,5% do IRS.

publicado por Nuno Santos às 08:16

Março 17 2014

 

Eu não quero acreditar que, a vitória do Sporting sobre o Futebol Club do Porto neste domingo assente apenas neste ditado popular, causado pelos protestos da estrutura sportinguista durante a semana, culminada no domingo, com os rugidos do movimento basta.

E digo isto porque eu estive em Alvalade, e embora  o lance que originou o golo, tivesse decorrido precisamente junto à lateral onde me encontrava, tendo-me parecido que, quando o André Martins recebeu a bola, estivesse ligeiramente adiantado, o lance prosseguiu e quando centrou para o Sliman, este encontrava-se perfeitamente em jogo, não havendo um único elemento portista que, esboçasse qualquer protesto, perante a ilegalidade do lance, assim como os comentadores televisivos enquanto o faziam em directo, nunca se referiram à ilegalidade do lance, só o fizeram, após a repetição do mesmo pela televisão.

Da mesma forma que não gosto de ser prejudicado pelas arbitragens, confesso que também não gosto de ser beneficiado, embora as situações dos erros em causa sejam diferentes. Os de ontem foi a televisão quem os descobriu, enquanto nos lances reclamados pelo Sporting, tanto nos golos anulados e nos penaltis inventados, não foram precisas repetições da televisão, pois foram vistos em tempo real, refiro-me ao golo anulado a Sliman contra o Nacional, ao do Montero contra a Académica, para não falar do jogo de Setúbal.

De salientar pela positiva, a excelente exibição do Sporting, o facto de no jogo de ontem, sendo um clássico do futebol português, estarem presentes dez jogadores formados no Sporting, a forma desportiva como o público sportinguista aplaudiu o infortúnio da lesão do guarda-redes portista, e acima de tudo, a vitória do Sporting que consolidou o segundo o lugar, pese embora haja ainda muito campeonato pela frente.

publicado por Nuno Santos às 07:29

Março 15 2014

 

Com exceção dos benfiquistas que vão exultando com as vitórias do seu clube, pouco mais tem acontecido de bom no nosso país. Até mesmo a vitória do Benfica em Londres, frente ao Totenham, pese embora se realce desportivamente o feito, acabou manchada pela má conduta do seu treinador Jorge Jesus, levando a imprensa estrangeira, a destacar mais esse ato da falta de fair play, do que a justa e brilhante vitória.

Politicamente ficamos a saber que os consensos tão apregoados, afinal são apenas uma mera retórica. Pois quando um grupo de personalidades transversais a todo o espectro político, da direita à esquerda, cujo exemplo são Prof. Adriano Moreira e Francisco Louçã, apresentaram um manifesto, preconizando linhas de orientação alternativas, para Portugal poder sair o mais depressa possível da crise, o qual terá de passar pela reestruturação da dívida, o governo só não os excomungou, porque só a igreja tem esse direito.

Esta semana soube-se também que o processo contra o banqueiro Jardim Gonçalves e a sua equipa de administração do BCP, prescreveu, ao fim de quase dez anos na justiça. Os juízes queixaram-se de que tiveram pouco tempo para analisar o processo, e de que o mesmo, se atrasara no Banco de Portugal. Infelizmente parece não ser apenas o processo de Jardim Gonçalves a precrever, o mesmo aconteceu com o de João Rendeiro do BPP - Banco Privado Português e Oliveira e Costado BPN tambémjá pediu a prescrição do seu processo. Uma vergonha, é se ladrão por roubar um tostão e um heroi por roubar um milhão. 

Curiosamente o actual governador do Banco de Portugal, era o diretor do sector internacional do BCP à data das más práticas imputadas à administração do banco, a qual, quando foi exonerada, receberam de indemnização, 108.000.000,00 € (Cento e oito milhões de euros).

Entretanto também li no jornal a Voz de Chaves, um artigo do João Madureira, sobre a CIMAT, Comunidade Inter Municipal do Alto Tâmega. As CIM são um organismo criado por Miguel Relvas, quando este ainda era ministro, e que agora voltou a ser ressuscitado para a política por Passos Coelho, ao que parece, as CIM servem apenas para alojar figuras retiradas da política, ou então, serão um ensaio para uma futura agregação de municípios, à semelhança do que aconteceu com as freguesias, só que as poupanças com essas agregações, pelos vistos estão agora a ser gastas com as CIM.

É por estas e por outras que o futuro deste país está cada vez mais sombrio, com os indicadores económicos a recuarem já uma década, e com o largo da Assembleia da República a tornar-se no manifestódromo do país.

 

 

publicado por Nuno Santos às 17:20

Março 12 2014
Barcelona

Hoje levantei-me mais cedo que o costume, e mais uma vez para ir ao aeroporto levar um jovem que, deixa o nosso país, ainda que seja uma situação transitória. Tratou-se do meu sobrinho e afilhado Rui Miguel que, no âmbito da seu trabalho de mestrado em biotecnologia, vai estar em Barcelona durante cerca de dois meses.

Porém não se importava muito de prolongar essa estadia, pois já se apercebeu de que infelizmente as saídas profissionais no nosso país são escassas, pois segundo ele disse, ainda recentemente viu na universidade do Algarve, onde  estuda, serem recusadas bolsas a investigadores, que ali trabalhavam, há mais de duas décadas.

Claro que para um jovem de 21 anos que sozinho sai pela primeira vez do país, é sempre uma situação provocadora de ansiedade, mas a sua força de vontade e espírito de aventura, por certo que o ajudarão a levar por diante, o seu novo projeto de vida.

Resta-me desejar-lhe as maiores felicidades, e para o meu irmão Diamantino e cunhada Zézinha, aconselho-os a adicionarem o Skype, coisa que nós já fizemos há mais de oito anos, pois o Skype é uma excelente ferramenta, para encurtar distâncias.

 

publicado por Nuno Santos às 07:45

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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