Outeiro Secano em Lisboa

Junho 30 2014

Diz-se que a moda é uma tendência, e apesar deste termo andar sempre asociado ao vestuário, parece também ter virado moda, a transformação de velhos mercados, quase abandonados após a proliferação das grandes superfícies, em zonas de restauração. Por isso mercados onde outrora se compravam os géneros alimentícios, para se consumirem em casa ou nos restaurantes, passaram a ser locais onde agora esses mesmos géneros alimentícios, são ali confecionados e consumidos.

E se a receita deu bom resultado em Lisboa, nos mercados de Campo de Ourique, e da Ribeira, parece também estar a funcionar no Porto, no Mercado do Bom Sucesso, onde estive neste fim de semana.

Contudo pareceu-me que o público portuense, ainda não aderiu tanto a esta moda, quanto o público lisboeta, digo isto porque não havia tanto tempo de espera para se encontrar uma mesa.

Os modelos também não são propriamente iguais, porquanto, a oferta no Bom Sucesso, é mais na base das tasquinhas, enquanto que na Ribeira em Lisboa, essa oferta assenta mais na cozinha moderna, sendo vários os chefes de cozinha presentes, embora no Bom Sucesso se tenha acesso ao restaurante do hotel, o que lhe dá um toque de classe.  

A gastronomia é variada, desde os enchidos transmontanos, à carne da região de Arouca, passando pela casa dos rissóis de vários gostos, de marisco, presunto e queijo mas também de bacalhau, as famosas Tapas oriundas dos nuestros hermanos, assim como uma vasta doçaria. Contudo notei a ausência de algo que é típicamente portuense, refiro-me às tripas à moda do Porto e das francesinhas, talvez porque o Capa Negra está ali a quinhentos metros.    

Uma coisa é certa, está diferente o Bom Sucesso e para melhor, pois ainda me recordo quando há uns anos aquela zona, era uma concentração de arrumadores dependentes da heroína.

 

publicado por Nuno Santos às 07:45

Junho 29 2014

Vitima de doença prolongada foi hoje a enterrar no Cemitério do Alto de S. João em Lisboa o Sr. Ângelo Ferreira, casado com a nossa conterrânea  D. Maria do Céu Pinho (Vigário), residentes em Lisboa, ambos ex- funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Sentidos pêsames para  toda a família esposa, filha, genro, netos e cunhada.
publicado por Nuno Santos às 17:41

Junho 27 2014
 

 

Já estamos no final do mês de Junho mas as cegadas, ainda não tiveram o seu início, porque tudo é composto de mudança e vivemos tempos  bem diferentes, de quando há pouco mais de  quatro décadas, as ceifas eram feitas manualmente, quando o centeio começava a correr à unha.

Isso acontecia pela última quinzena de junho e a aldeia era inundada por ranchos de segadores vindos da zona do Barroso, compostos por homens e mulheres que, munidos dos seus gadanhos, segavam o centeio e o trigo, sob um sol abrasador e à noite, ainda tinham ânimo para cantar as vivas à cozinheira.

Segava-se por essa altura porque o centeio antes de chegar à eira, tinha de passar por várias fases. Depois de ceifado era atado, enredado e emedado, logo, não podia estar demasiado seco, senão esbangava-se e ficava metade na terra.

Depois de alguns dias emedado nas terras onde acabava de secar, começavam as acarrejas. Para que os bois não fossem fustigados pelas moscas, esta tarefa iniciava-se de madrugada. Bem cedo os lavradores jungiam os bois aos carros, cujas chedas já tinham sido lubrificadas no dia anterior, com o sebo do borrego, morto para a segada.  

O soalho dos carros era coberto com liteiros para que não se perdesse pitada do grão, e porque muitas famílias já tinham as tulhas vazias, começavam a cozer com esse grão, apanhado nos liteiros nas acarrejas.

 Quando esse grão não era suficiente para completar a fornada, numa eira improvisada mascotavam-se alguns molhos, para se ter mais cedo o pão na mesa, muitas das vezes para se alimentar os malhadores, no dia da malhada.

Hoje tudo é diferente, o padeiro passa pelas ruas da ladeia tocando a buzina, as mulheres vêm ao carro comprar o pão, que é de todas as formas e feitios. O gosto é que eu duvido que, seja igual ao de antigamente, cozido nos fornos de lenha.

publicado por Nuno Santos às 07:30

Junho 26 2014

Nem sempre no futebol ganham as equipas que merecem, mas desta vez no Grupo G, onde Portugal estava inserido, as equipas apuradas foram aquelas que mais fizeram por isso, ou seja a Alemanha e os Estados Unidos.

Deste modo a seleção portuguesa vai regressar a casa mais cedo, e a pensar já no apuramento para o Europeu de 2016, cujo primeiro jogo vai ocorrer já no dia 7 Setembro contra a Albânia, quase à mesma hora da procissão das velas da nossa festa,  ao que parece com o mesmo timoneiro, porque Paulo Bento a quem imputo o maior quinhão de responsabilidade neste insucesso, já disse que não se demite.

Não sendo um expert na matéria, em minha opinião foram vários os factores que estiveram na origem da nossa eliminação precoce. O primeiro deve-se à não renovação da equipa em sectores deficitários, como o lado esquerdo da defesa, ao não levar um defesa esquerdo de raiz, no caso o Antunes ou o Diogo Figueiras, contando apenas com o Fábio Coentrão que, se lesionou logo no primeiro jogo.

O segundo factor foi a insistência em jogadores com défice físico no meio campo, e só no último jogo alterou esse figurino. Por fim o facto do Cristiano Ronaldo não estar no seu melhor momento de forma, fruto da época desgastante que teve no seu clube, o Real Madrid.

Houve outros factores como as lesões e o o clima, embora isso não sirva de atenuante, porquanto, o clima foi igual para todas as equipas, e a esmagadora maioria dos jogadores, mesmo os das equipas da América do Sul e de África, jogam em equipas europeias.

Um outro facto a merecer uma análise mais cuidada, embora de cariz externo e em sede da UEFA, prende-se com o facto da excepção da seleção Alemã, as equipas dos países com os campeonatos mais disputados, como o da Inglaterra, Espanha, Itália e Portugal, ficaram todas pela na primeira fase.

Agora rei morto rei posto e como o Brasil é o anfitrião da Copa e nos recebeu tão bem, pois agora que ganhe o Brasil.

 

 

 

publicado por Nuno Santos às 21:16

Junho 26 2014

 

Quem segue o fenómeno desportivo com alguma proximidade, vê-se confrontado constantemente com vários estados de alma, umas vezes de exaltação outras de repulsa, ainda que nem sempre provocados pelos resultados da sua equipa.

Esta semana ficamos estupefactos com a tomada de posição dos jogadores do Gana, quando impuseram à sua Federação um ultimato, de que só jogariam com a selecção portuguesa, se recebessem os prémios de qualificação em atraso.

Ora se por um lado isso nos pareceu um absurdo, por estarmos numa fase final de uma prova que, envolve tantos milhões, por outro lado, o facto se passar com uma selecção africana, oriunda de um país pobre e subdesenvolvida, permite-nos alguma condescendência e tolerância.

O pior é que António Boronha ex-vice presidente da Federação Portuguesa de Futebol, denunciou ontem na sua página do facebook, uma situação semelhante, ocorrida quando do euro de 2000 na Inglaterra, com o ex-seleccionador e actual vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Humberto Coelho, que foi também durante muitos anos o capitão da selecção e do Benfica.

Segundo escreveu o António Boronha, a menos de seis horas de embarque da selecção para Londres, o Humberto Coelho exigiu 6.000 contos,  30.000 euros à actual moeda para embarcar, de outra forma, a selecção iria sem o treinador principal, apesar de no momento, não haver qualquer incumprimento contratual.

Perante a chantagem o então presidente Gilberto Madaíl cedeu, e lá seguiu a selecção “cantando e rindo” escreveu o Boronha.

Actualmente vemos o Humberto Coelho de mão no peito cantando o hino, com grande fervor e exaltação patriótica, para quem só vive o fenómeno desportivo pela emoção, este episódio não deixa de nos entristecer a todos.

publicado por Nuno Santos às 07:51

Junho 24 2014

 

O encerramento das escolas está na ordem do dia, mas embora o ensino não seja a minha área profissional, nem tenha filhos nem netos em idade escolar, o facto de estar casado com uma ex-professora, faz com que de alguma forma, esteja identificado com este tema.

 Na sequência do que tem acontecido nos últimos anos, ontem ficamos a saber que, no próximo ano vão encerrar mais 311 escolas, das quais 57 pertencem ao distrito de Viseu.

 Em minha opinião a razão para o encerramento destas escolas, não é somente da área do ensino e da educação, mas sobretudo, do foro político e da economia, porque o objectivo que o Estado pretende obter é o de gastar menos com a Educação.

Embora reconheça que a medida é altamente polémica, porquanto, envolve várias temáticas. Pois se por um lado existem factores objectivos que, sustentam a execução da medida, entre as quais a descida da natalidade, porque não havendo crianças não há alunos, logo não há razões para haver escolas. Por outro lado, o encerramento das escolas é em si um factor que, contribui para a descida da natalidade, pois ninguém se vai fixar num local onde não há escolas, razão pela qual caminhamos cada vez mais para a desertificação do interior do país, e veja-se que das 311 escolas a encerrar, a esmagadora maioria são do interior.

Quanto à questão da poupança também é muito relativa. Porque se poupa o governo central, nomeadamente o meu vizinho da foto, digo vizinho porque trabalho defronte ao Ministério da Educação, as Autarquias passam a gastar mais, quer com o transporte das crianças como com a sua alimentação.

Por outro lado a deslocação rouba às crianças, a sua raiz identitária. O facto de saírem de manhã cedo das suas casas e das suas aldeias, e estarem concentradas durante o dia num mega agrupamento, regressando a casa e à aldeia apenas à noite, além do desconforto de terem de se levantar mais cedo, dos riscos dos transportes, torna-as como sendo de uma terra nenhuma, porque não convivem com as pessoas e com os acontecimentos que ocorrem no quotidiano da aldeia, tornando-os nuns desenraizados do futuro.

Mas o pior ainda é quando esse encerramento, é feito à custa de novos licenciamentos para a abertura de estabelecimentos privados, os quais são financiados por todos nós. Infelizmente essa situação é cada vez mais recorrente, por isso eu estou contra o encerramento das escolas sem critério.

publicado por Nuno Santos às 13:22

Junho 23 2014

Há dias o selecionador Paulo Bento disse numa conferência de imprensa que, se Portugal não ganhasse o jogo de ontem com os Estados Unidos, poderiam começar a fazer as malas. Ora depois do empate obtido ontem, e sobretudo da sua exibição, parece-me que não resta à nossa seleção, outra alternativa, senão começarem mesmo a fazer as malas.

O jogo até começou de feição à equipa portuguesa, com um golo madrugador de Nani, mas cedo ficou patente que a nossa equipa, não está na forma adequada, quer física quer taticamente. E pese embora o nosso querer, em minha opinião, esta equipa não tem a qualidade que a maioria pensa que tem, bastando ver que o seu apuramento para a fase final, já foi muito atribulado, tendo que recorrer ao play off.

E nem se pode dizer que estamos em fim de ciclo, porque ao contrário de outras equipas como a Espanha por exemplo, em que jogadores nucleares estão quase em fim de carreira, como Casilhas, Xabi Alonso ou Xabi Hernandez. Em minha opinião, Portugal sofreu da teimosia de Paulo Bento, em manter a mesma equipa que tinha obtido o apuramento, independente de terem emergido novos jogadores, assim como na aposta em demasiada de jogadores multi funções, em detrimento de jogadores vocacionados para os lugares, e o caso de um defesa esquerdo de raiz, ontem tornou-se evidente.

Outro caso de estudo é a preparação física dos jogadores, quem explica a série de lesões musculares existentes na equipa, começando em Rui Patrício, Fábio Coentrão, Bruno Alves, Helder Postiga, André Almeida, pelo menos estes que me ocorrem. Comparando a intensidade que a nossa equipa põe nos jogos, com a intensidade da equipa do Irão, cujos jogadores são praticamente amadores, veja-se que o seu guarda redes joga na nossa segunda liga, no Sporting da Covilhã, e só perderam com a Argentina, por causa do árbitro sérvio que, não lhes marcou um penalti quase no final, e da genialidade do Messi que, arrancou um golo já nos descontos.

Claro que agora não vai faltar quem se atire ao Cristiano Ronaldo, mas todos nós vimos o esforço que ele fez em ajudar a seleção, sabendo da pressão que o Real Madrid fez para que ele não fosse ao Mundial, devido à sua condição física. Ora se ele não tivesse brio em ajudar a seleção, bastava-lhe fazer como o Ribery da França, que contrariando os médicos da sua seleção, disse não e não foi ao Mundial. Dessa maneira o Cristiano Ronaldo terminaria a época, como campeão europeu, e impedido de dar o seu contributo à seleção por estar lesionado.

De qualquer forma ainda existe uma réstia de esperança, ainda que para isso tenha de haver a combinação de uma série de factores. Desde logo, a vitória da Alemanha sobre os Estados Unidos, por mais de dois zero e depois a vitória de Portugal sobre o Gana, por mais de três.

Ora quem viu o jogo do Gana com a Alemanha, o qual deu um empate de 2-2, difícilmente acredita que este resultado seja verosímil, mas o futebol está cheio de sortilégios, e vamos esperar até à próxima quinta-feira, para ver o que acontece. Mas da forma como a seleção está a jogar, eu acho que quando forem para o jogo, já devem deixar as malas à porta.  

publicado por Nuno Santos às 09:09

Junho 22 2014

Já o Lavoisier dizia  “Na natureza nada se perde nada se cria, tudo se transforma” vem isto a propósito da morfologia da nossa aldeia, sendo das freguesias do concelho, aquela que, sofreu maiores transformações.

Quando há três ou quatro décadas os nossos pais iam lavrar para a Cocanha e para a Serrinha, hoje nesses lugares nós vamos às compras ao Continente, à Worten ou ao Parque Industrial. O mesmo se passa quando íamos às pinhas ou aos tortulhos, ao Pinhal do Rico de Vilela ou ao Cotrão, agora vamos ao Parque Empresarial.

Assim como  como na Mina onde muitas famílias, sob a complacência do Dr. José Maria Ferreira Montalvão e do Zé Mouco o seu criado,  iam buscar a lenha para se aquecerem das noites frias de inverno, ou para cozerm o pão. Hoje nós podemos ir comê-lo na cantina da Escola de Saúde José Timóteo Montalvão Machado, situada no mesmo local.

O curioso nesta toponímia é que os Montalvões Machados que foram proprietários desta propriedade, por questões de honra nunca gostaram dos Ferreira Montalvões, apesar de serem familiares, coisas do passado, contudo o seu nome regressou a este local, quando o escolheram para patrono da escola.

Para quem saíu de Outeiro Seco na década de cinquenta, e jamais tenha regressado, com certeza terá muita dificuldade em reconhecer a sua terra, em especial o seu termo. Mesmo eu que saí em 1973 embora a visite quase todos os meses, há locais como o ilustrado na foto que, jamais reconheceria, caso não fosse lá, in loco.

A propósito deste local e parafraseando o José Carlos Malato, já lá fui muito feliz, mas também já lá estive à beira da morte por afogamento. Devo a vida ao José Luís Costa Chaves que, chegando ao local se apercebeu do que se estava a passar comigo, enquanto o meu pai que nessa época com menos de trinta anos, ( faz hoje dez anos que faleceu) se divertia com os jovens da sua idade, e tinha descurado a minha segurança.

O local da foto é o Arcossó, devendo o nome ao ribeiro que ali desagua na sua margem esquerda. A fotografia foi tirada da margem direita ao fundo do Arco, perto do local onde funcionou a primeira unidade industrial de Outeiro Seco, o engenho do Sr. Cangueiro e mais tarde a britadeira do Sr. Luís Cavadas.

 

publicado por Nuno Santos às 07:30

Junho 21 2014

Longe vão os tempos que Outeiro Seco, era notícia constante nos jornais locais, onde chegou a haver só nas últimas décadas quatro jornais, a Voz de Chaves, o Notícias de Chaves, o Transmontano, e o Intransigente.

 

Apesar de já ter sido assinante dos três primeiros, porque sou um flaviense não residente, actualmente não sei com rigor, quantos jornais ainda existem, embora me pareça que já só exista o A Voz de Chaves, do qual me mantenho assinante.

Como assinante e leitor semanal do jornal, parece-me que releva com maior ênfase, as notícias e os acontecimentos ocorridos nos concelhos limítrofes, do que propriamente no seu concelho.

Quando por alturas da Páscoa, as forças vivas de Outeiro Seco, referirmo-nos à Casa da Cultura, Associação Mãos Amigas, Junta de Freguesia e Fábrica da Igreja , realizaram no Forte de S. Neutel a encenação do Auto da Paixão, um acontecimento que já não ocorria desde 1961, ou seja há mais de 53 anos, e embora a representação tivesse ocorrido na cidade, e com grande êxito, o Jornal a Voz de Chaves não fez qualquer reportagem deste evento.

Esta semana foi descoberto na capela da Sra do Rosário um fresco que, apesar de ainda não estar referenciado, datará por certo do século XV ou XVI. Ora parece-me que culturalmente este achado será um facto relevante, quer para o concelho como para a região, apesar disso, a notícia não teve qualquer relevância, no jornal A Voz de Chaves.

Será que é por falta de interesse, ou por falta de mensageiros?

Bem diferente seria se em Outeiro Seco, tivesse acontecido alguma situação negativa do tipo, um assalto, uma desavença entre vizinhos, ou um incêndio. Aí não seria apenas a imprensa local, como também os correspondentes da televisão a transmitirem a notícia.

 

publicado por Nuno Santos às 09:11

Junho 17 2014
Fresco na capela da Sra do Rosário

Quando há dias tive o privilégio de anunciar o início das obras de restauro da capela da Sra do Rosário, estava longe de imaginar o dilema que esta obra iria colocar aos seus promotores. Tudo isto porque hoje, quando os artífices começaram a retirar as tábuas do retábulo, acharam por trás do altar, este belo fresco, que, em termos de qualidade se assemelha aos frescos da Sra da Azinheira, prevendo-se inclusive que seja contemporâneo, por isso originário do século XV.

Perante tão valioso achado, agora qual é a solução? Restaura-se o altar? Restaura-se o fresco? O achado levanta ainda outras questões. Porque razão os nossos antepassados terão escondido esta preciosidade?

Tudo isto são mistérios insondáveis, pois não existem registos da existência deste fresco, quer no Dicionário Geográfico de Portugal editado pelo Padre Luís Cardoso entre 1747 e 1751, nem depois nas Memórias Paroquiais editadas em 1758, quando se fez por todo o país uma espécie de levantamento, dos estragos causados pelo terramoto de 1755.

Isso leva-nos a concluir que o altar da capela tal como todos nós conhecemos e agora a ser alvo de restauro, terá sido construído antes do século XVIII.

Eu não gostaria de estar na posição de decisor, no entanto em minha opinião, talvez se devesse participar o achado ao IPPAR, para que sejam eles com os seus conhecimentos técnicos e científicos a decidir, podendo até vir daí o financiamento necessário, para o restauro da capela.

Uma coisa é certa, Outeiro Seco é uma terra com história e com um património rico e diversificado, por isso é hora de congregar esforços, conhecimentos e vontades, para que a nossa terra saia ainda mais rica e valorizada, pese embora acredite na capacidade e sentido crítico dos responsáveis pela obra, quer da comissão promotora, como da equipa técnica que a está a executar.

 

 

publicado por Nuno Santos às 23:57

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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