Hoje é o feriado municipal em Chaves que, como em quase todos os municípios, excepto aqueles que escolheram dias de santos, como o Santo António, São João ou São Pedro, este dia do município, costuma estar ligado a uma data ou a um acontecimento ocorrido na terra.
Há já muitos anos que Chaves escolheu o dia 8 de Julho, porque é o dia em que os republicanos deram a estocada final na monarquia, tendo isso ocorrido precisamente no nosso concelho, e em terrenos que à data pertenciam à freguesia de Outeiro Seco.
Os factos são por demais conhecidos, existe um livro com o nome de “Ataque a Chaves” da autoria de Joaquim Leitão, escrito em 1916, que descreve tudo isso, e Lisboa reconheceu o feito, ao escolher toponimicamente o nome da avenida paralela à avenida da República, como avenida Defensores de Chaves.
Porém esta data do dia do município, foi desde sempre contestada por muitos flavienses, por evocar um acontecimento bélico e fratricida, colocando portugueses e flavienses, dos dois lados da barricada.
Só que já se passaram 102 anos após este acontecimento, e nenhum executivo teve a coragem para alterar esta data do dia do município.
O certo é que também não a têm aproveitado, para fazer dela uma grande promoção e divulgação, ao contrário do que se faz noutras terras, em que os feriados municipais, são um polo de atracção e divulgação das potencialidades do concelho.
Em Chaves estes festejos fazem lembrar, quando chegam a uma certa idade, e já não há prazer em se comemorar os anos, por isso seus programas de festas são algo insípidos e raramente ultrapassam as fronteiras da cidade.
Contudo os outeiro secanos podem ir ouvir a sua Banda, porque inserido no programa das festas, dá hoje um concerto no Largo das Freiras. E digo Largo das Freiras, para não dizer Largo General Silveira, porque isso é mais um lugar de polémica na cidade.