Pensava eu que a economia, se regia apenas por números indicadores e rácios, mas afinal parece que a confiança, é um indicador ainda mais importante. Vem isto a propósito do que se está a passar no BES, onde apesar do Banco de Portugal ter já abonado quanto à solidez financeira do banco, a falta de confiança dos mercados, fez descer a cotação do banco ao ponto da CMVM, ter suspendido as transações das suas acções.
Por vezes fala-se em fim de ciclos, e em matéria de negócios até se diz que a primeira geração cria, a segunda geração amplia, e a terceira destrói. Será que é isso que está a acontecer com a família Espírito Santo?
Ao que parece, esta crise terá começado por causa de um guerra na sucessão à presidência do grupo, entre dois ramos da família, os Espírito Santo e os Ricciardi. Ora sabe-se que para se obter o poder, tanto na política como na economia, não existem regras e vale tudo, e foi por causa desta guerra que foram conhecidas más práticas exercidas na gestão do grupo que, não fosse esta disputa, não seriam do conhecimento geral.
Apesar de ser apenas um pequeno depositante do banco, espero que a estabilidade regresse novamente ao grupo, pois sabemos pelo passado recente, das implicações negativas que, o colapso do grupo financeiro traria à nossa economia. E não bastou o voto de confiança do Governo e do Banco de Portugal, porque até os juros da dívida pública subiram ontem, por causa da instabilidade no grupo BES.