Há já algum tempo passou na Antena 1, um programa editado pela jornalista Madalena Balsa, com o nome de “Heróis como nós”, onde aos sábados de manhã e durante uma hora, esta jornalista entrevistava pessoas que, se tinham notabilizado em várias áreas sociais ou artísticas.
Esse programa terminou sendo substituído pelo Hotel Babilónia, editado por Pedro Rolo Duarte e João Gobern, um programa com características diferentes, onde também façam entrevistas.
Serve este preâmbulo de intróito, à entrevista ontem transmitida na RTP, onde a jornalista Fátima Campos Ferreira entrevistou a D. Dolores Aveiro, mãe do Cristiano Ronaldo, que, pese embora algumas vezes seja ridicularizada nas revistas cor-de-rosa, nessa entrevista ficou evidenciado que pelo seu passado, é também ela uma heroína.
E se muita gente não entendeu o choro emotivo da mãe e do filho, quando este recebeu o troféu de melhor do mundo na gala da FIFA, a entrevista de ontem terá explicado a razão desse choro, porque aquele momento foi a recompensa pot todo o sofrimento que aquela família viveu, durante um largo período da sua vida.
A entrevista de ontem vem na sequência de um livro autobiográfico sobre Dolores Aveiro, o qual foi hoje apresentado, com o nome de “Mãe Coragem”. Quem viu a entrevista ou vier a ler o livro, constatará que o percurso de vida de Dolores Aveiro, é diferente da Mãe Coragem de Bertold Brecht, porque essa viveu num universo de guerra, onde perdeu os seus sete filhos. A D. Dolores Aveiro teve de ser ela uma guerreira, para ajudar a triunfar os seus quatro filhos.