Outeiro Secano em Lisboa

Julho 20 2014

A utilização do grafite ou seja a inscrição em paredes, vem do tempo do império romano. A partir da década de setenta o grafite apareceu conotado com um movimento artístico chamado Hip Pop, um género de pintura urbana, à base de  letras desenhadas num estilo psicadélico em muros públicos e privados, mas que praticamente só os próprios grafites reconheciam arte.

A seguir ao 25 de Abril houve em Portugal como que uma libertção geral e também na arte, sendo vários os artistas que vieram para a rua pintar, embora fosse uma pintura panfletária e partidária. Ficaram célebres desse tempo vários murais, nomeadamente os do MRPP, entre os quais um pintado na avenida 24 de Julho, de apoio à candidatura do General Ramalho Eanes à presidência da República.

Durou pouco tempo esse movimento artístico de rua, tendo terminado praticamente a seguir ao 25 de novembro, e as ruas voltaram a ser dominadas pelos grafites. Houve uma época em que essa prática foi por excesso, e em muitas zonas de Lisboa como o Bairro Alto, não havia quase que um metro de parede sem ser pinchada, ao ponto de ter sido publicada legislação, proibindo tal prática.

Com os tempos esse estilo tem evoluído, lá fora mas também cá dentro, e aos muros “pinchados” têm regressado os murais, como aquele que há dias fizeram no parque de estacionamento, junto de minha casa do qual vos mostro fotografias tiradas com o telemóvel.

O grafite evolui de tal forma que, um dos maiores grafites portugueses o Alexandre Farto é hoje um artista de renome mundial. A sua arte está expressa por várias cidades do mundo, sobretudo em prédios abandonados, ajudando com a sua arte, a melhorar a paisagem urbana.

 

publicado por Nuno Santos às 08:06

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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