Outeiro Secano em Lisboa

Outubro 18 2014

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 A caixa de segurança

 

 

Hoje vai haver mais um clássico entre o Porto e o Sporting, infelizmente com o ambiente já um pouco inquinado, pese embora os intervenientes mais ligados ao jogo, os jogadores e as suas equipas técnicas, tenham assumido uma atitude muito assertiva, valorizando o jogo apenas na sua vertente desportiva, omitindo polémicas colaterais.

Todos sabemos que nestes jogos escaldantes, há sempre algum sal e pimenta, e do lado do Sporting, foi o seu presidente Bruno de Carvalho, ainda novato nesta função, quem copiou alguns dos tiques do presidente  adversário, os quais deram resultados desportivos no passado, diga-se em abono da verdade.

Do lado do Futebol Clube do Porto, o seu presidente Pinto da Costa assume uma posição mais profile, agora raramente fala para a comunicação social, não reage em público, embora não deixe de agir de forma cínica e à sua maneira.

Primeiro foi com a rábula dos bilhetes. Cada clube visitante tem direito a dez por cento do total da bilheteira e no caso do estádio do Dragão, com capacidade para 44.000 espetadores, o Sporting teve direito a 4.400 bilhetes.

Tem sido prática nos anos anteriores, o clube anfitrião disponibilizar a totalidade dos bilhetes, a que o clube adversário tem direito, aceitando antes do jogo as devoluções dos bilhetes não vendidos, fazendo-se depois o acerto das contas. Desta vez não foi assim, o Porto utilizando a premissa da lei, enviou para Alvalade os 4.400 bilhetes , mas em simultâneo exigiu o seu pagamento integral, assumindo o Sporting o ónus de os vender todos ou não, ao que se sabe faltam vender apenas 200 que serão postos à venda hoje no solar dos leões do Norte, na cidade do Porto.

O segundo facto a inquinar a relação, foi a colocação no estádio do Dragão, de uma caixa de segurança, num espaço destinado aos apoiantes do Sporting. Esta situação já acontecera uma vez no estádio da Luz, gerando uma grande polémica que, incendiou os ânimos e o estádio.

Espera-se que hoje aconteça, apenas um jogo de futebol, que seja tão intenso e ordeiro quanto foi o realizado recentemente pelas duas equipas em Alvalade, para o campeonato. A única diferença é que neste jogo, sendo uma eliminatória para a taça de Portugal, só vale um resultado, a vitória, seja no tempo regular, no prolongamento ou nos penaltis.

Como é óbvio eu ficarei a torcer e a sofrer por uma vitória do meu clube, o Sporting Club de Portugal.

 

 

publicado por Nuno Santos às 09:22

Outubro 17 2014

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Por experiência adquirida só se deve falar com rigor do orçamento, quando este for aprovado pela assembleia da república e depois publicado em Diário da República , até lá, o mesmo não passa de linhas de orientação, e como toda a oposição já se pronunciou que vai votar contra, o orçamento ainda pode vir a ter alguma alteração, quando da sua discussão na especialidade.

Por outro lado diz-nos também a experiência que este governo, não é de fazer grandes concessões à oposição, logo a maioria absoluta que o suporta no parlamento, não vai por certo deixar de o aprovar, estando os portugueses mais uma vez perante um orçamento de estado bipolarizado e sem um consenso nacional, tão necessário que  era esse concenso para todos nós.

Nas medidas já apresentadas ficamos a saber que, este orçamento, privilegia mais as empresas (IRC) em detrimento das pessoas (IRS), porque a taxa do IRC baixa dois pontos percentuais dos 23% para os 21%, enquanto as taxas de IRS mantêm-se, podendo baixar a sobretaxa de IRS, mas mediante vários pressupostos, nomeadamente o bom desempenho fiscal.

Sobre isso ouvimos ontem o secretário de estado das finanças dizer que, agora os portugueses, poderiam deduzir no seu IRS nas faturas com a água a eletricidade e sobretudo com as despesad vestuário e alimentação, desde que identificadas com o número de contribuinte. Ora de certa maneira esse incentivo já vem do orçamento do ano passado e com pouco efeito prático, de tal modo que esse incentivo, foi depois reforçado com o sorteio do carro.

Mas o que o senhor secretário de estado não disse, foi que o total dessas despesas, não podem ultrapassar os 300,00 € de dedução à coleta, assim como também não falou dos limites para as outras despesas que se podem apresentar, nomeadamente em despesas de educação, imóveis e saúde.

Quanto a mim a maior inovação deste orçamento está na Tributação Separada, porque vem dar solução a uma situação infelizmente cada vez mais recorrente na nossa sociedade. Trata-se dos casais separados mas que por razões económicas, como a compra de casa partilhada, cohabitam o mesmo tecto. Esses têm agora a possibilidade de separarem também a sua situação tributária.

 

publicado por Nuno Santos às 08:15

Outubro 16 2014

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Nas minhas frequentes idas a Chaves, há locais referenciais e obrigatórios para visitar. Outeiro Seco em primeiro claro, por causa da família e dos amigos, mas também para sentir os sons e os aromas da terra, ver in loco o estado das coisas locais, a sua evolução quer do ponto de vista patrimonial e social.

Na cidade é obrigatório a tertúlia desportiva no café Sport aos domingos de manhã, com os meus amigos e rivais benfiquistas. Pese embora esteja em minoria, não deixo de dar luta, valendo-me da minha informação desportiva, mas sobretudo, da minha boa memória.

No verão é obrigatório o passeio no pedonal à beira do Tâmega, queimando algumas calorias que serão repostas ao almoço, umas vezes em casa da minha mãe, outras nos vários restaurantes da cidade.

Como sou um apreciador de bacalhau, sendo capaz de o comer todos os dias, e como dizem que há 1001 maneiras de o confecionar, ainda sobravam dias do ano. Por coincidência em Lisboa trabalhei sempre próximo de restaurantes, cuja especialidade é o bacalhau.

Na Baixa o João do Grão, na Rua dos Correeiros, agora na zona das Avenidas Novas, o Laurentina, na Av. Conde Valbom, também conhecido como o rei do bacalhau.

Em Chaves o bacalhau é no Restaurante Casa Costa, do meu amigo Taró, a quem me liga uma amizade de mais de cinquenta anos. Deste modo é dois em um, faço a visita a um amigo, e saboreio o seu bacalhau, regado com um bastardo de Vassal, porque em matéria de vinhos, no Taró estou dispensado de pedir a carta, a escolha fica ao seu encargo, até agora não me tenho dado mal com a sua escolha.



 

 

 

 

publicado por Nuno Santos às 07:21

Outubro 14 2014

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De facto um jogador não faz uma equipa, mas quando esse jogador é o Cristiano Ronaldo o melhor jogador do mundo, claro que faz a diferença e dá vitórias. Mas ao contrário do que disse o nosso treinador Fernando Santos, de que foi uma vitória justa, a mim pareceu-me que o resultado, foi melhor do que a exibição e de que o empate, seria o resultado mais justo.

Claro que fiquei contente pela vitória, até porque se assim não fosse, as contas do apuramento começavam a ficar mais complicadas, e com esta vitória, ficamos colados aos da frente. Agora resta saber, qual vai ser o resultado do imbróglio criado no jogo Sérvia-Albânia, o qual foi interrompido por causa da entrada de um drone com a bandeira da Albânia, numa perfeita provocação aos sérvios.

Hoje foi também um dia positivo para as nossas selecções, já que a selecção dos sub-23 se apurou para a fase final do europeu de 2015, a realizar na república checa, ao eliminar a Holanda. Foi um jogo louco com nove golos, tendo Portugal ganho por 5-4, depois de já ter ganho na Holanda, por 2-0.

Bem sei que é uma fraca consolação, mas hoje estiveram em campo onze jogadores que passaram pelo meu Sporting. O mais curioso é que até o guarda redes da equipa adversária, fez parte da formação no Sporting, quando o seu pai o grande Peter Schmeichel, foi o nosso guarda redes.

 

 

 

publicado por Nuno Santos às 22:57

Outubro 14 2014

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Segundo informação de um leitor deste blog, o nosso rio pequeno chegou ontem à noite, por volta das 22 horas. Tal como era expectável face à forte pluviosidade deste ano, o rio veio mais cedo, chegando antes dos Santos. Com a vinda do rio, a aldeia apenas ganhou maior atractividade, porquanto,  a importância sócio-económica que  o rio tinha antes para a aldeia, há muito se perdeu.

Senão vejamos, as leiteiras já não lavam os seus cântaros no rio, porque já não há leiteiras, claro que há leite, mas no mini mercado Sapo, ou nos supermercados da cidade. 

As senhoras já não lavam as roupas nos lavadouros, nem as põem a corar nas lameiras, porque existe uma máquina de lavar em cada casa da aldeia, outras até têm máquinas de secar. Mesmo a rega é feita agora através de furos e poços, não se vendo os baldões ou cegonhas que, antes se viam nos Pelâmes.

Mas há uma outra faceta que me deixa uma grande nostalgia, já não se vêem os garotos a tomar banho nos Pelâmes, e mandar maleitas para casa dos ricos, enquanto secavam o corpo à camisa.   

publicado por Nuno Santos às 13:35

Outubro 14 2014

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O nome da família Espirito Santo tem estado ultimamente muito em voga, pelas razões que todos conhecemos. Ora, como o universo dos clientes da Nucase se compõe por empresas de multi actividades e várias dimensões, desde Microempresas, a PMES e até a Grandes Empresas, neste trinta e seis anos de actividade, temos assistido à ascensão e queda muitos grupos, entre os quais,  o grupo Cardoso de Oliveira, muito próximo da família Espírito Santo, chegando a figurar no grupo dos dez homens mais ricos de Portugal.

António Cardoso de Oliveira era natural da zona de Viseu, mas na década de trinta emigrou para França, onde casou com uma jovem francesa, oriunda de uma família muito rica.

Ocasionalmente cruzou-se um dia em Paris, com o banqueiro Ricardo Espírito Santo, a quem prestou um favor, tornando-se desde aí amigos e mais tarde compadres. Uma certa ocasião o banqueiro numa visita a Paris, convidou os compadres a visitarem Portugal.

O convite teve acolhimento e a D. Françoise, mulher de António Cardoso de Oliveira, ficou encantada com Portugal, em especial com a zona de Cascais, pedindo-lhe para ali construir uma casa.

Querendo ser agradável à mulher, Cardoso de Oliveira cumpriu-lhe a vontade, porque assim ele próprio, passava a ter razões para vir matar saudades do seu país. Comprou então uma quinta na zona de Cascais, onde construiu uma casa. Na fase da construção da casa, Cardoso de Oliveira teve necessidade de ir à Fundição de Oeiras, a fim de comprar uns perfis de ferro.

A Fundição de Oeiras era uma empresa, cuja fundação remontava ao século XIX, empregando nessa época cerca de 60 funcionários. Perante as dificuldades surgidas na entrega do produto, Cardoso de Oliveira que era um homem muito pragmático, decidiu comprar a própria empresa.

Comprou-a e dinamizou-a ao ponto que, sob a sua administração entre as décadas de cinquenta e sessenta, a Fundição de Oeiras tornou-se numa das maiores empresas industriais do país, diversificando a sua produção, passando a fabricar banheiras, fogões e outros electrodomésticos, exportando-os para as colónias ultramarinas e para o estrangeiro.

Cardoso de Oliveira era um homem com uma ambição desmedida, de tal monta que, acalentou o sonho um dia vir de Cascais a Oeiras, pisando sempre em propriedade sua. E como era um homem de acção, começou a adquirir todos os terrenos disponíveis junto à marginal.

O casal teve apenas um filho que o banqueiro apadrinhou, razão pela qual lhe chamaram Ricardo. Seguindo a tradição de uma boa parte dos jovens da linha de Cascais, filhos de pais ricos, o Ricardo passou a juventude a jogar golfe e em corridas de automóveis, não se preparando adequadamente, para mais tarde gerir os negócios da família.

Entretanto deu-se o 25 de abril em 1974 e a Fundição de Oeiras foi nacionalizada. Talvez com o desgosto de se ver afastado da empresa que ele tanto dinamizou, António Cardoso Oliveira faleceu pouco tempo depois.

Os movimentos revolucionários geram sempre radicalismos, e a família de António Cardoso de Oliveira foi vítima disso. Antes de morrer pediu que o seu caixão, percorresse pela última vez as instalações da Fundição de Oeiras, porém esse desejo foi negado pela comissão de trabalhadores.

Depois da intervenção estatal e da perda do mercado das colónias, a Fundição de Oeiras foi definhando, acabando por encerrar. A família ainda interpôs um processo indemnizatório contra o Estado, do qual nunca se soube o resultado.

Entretanto o filho Ricardo sem grande experiência empresarial, mas com muito dinheiro herdado do pai e com o crédito bancário no BES, lançou-se em vários projectos empresariais, a maioria deles pouco sustentáveis.

Começou por adquirir no Estoril um edifício, onde outrora fora a primeira sede nacional das Testemunhas de Jeová, sediando aí as suas empresas. Depois constituiu como âncora, uma empresa com a actividade de Promoção de Investimentos Turísticos e Imobiliários, assentando na visão estratégica, ou informação considerada privilegiada, de que, a construção do novo aeroporto seria na OTA.

Todos nos lembramos da eterna discussão da localização do novo aeroporto, se entre a margem direita ou margem esquerda do Tejo, ou seja entre a OTA ou Rio Frio, aparecendo mais tarde o nome de Alcochete, e agora parece que nem vai ser em lado nenhum.

No primeiro pressuposto, adquiriu no concelho de Rio Maior uma quinta, com uma extensa área de terreno, projectando ali a construção de um campo de golfe, denominado Águia de Ouro, o qual serviria de alavancagem para a venda do terreno sobrante, em lotes para construção.

O aeroporto não passou do anteprojecto, mas o campo de golfe foi construído e com a mais moderna tecnologia, gastando ali vários milhões de contos, tendo concluído apenas o green e o clube house. O elevado passivo bancário que atingiu com a construção do golfe, já não lhe permitiu passar à fase da urbanização dos lotes.

Em simultâneo com o projecto imobiliário, Ricardo Cardoso Oliveira criou mais três empresas, a Videsa, a Aquália e a Aurata, para o desenvolvimento de projectos de biologia marítima, entre os quais a exploração de ostras.

Segundo os seus consultores, todos biólogos franceses, no Algarve e na zona de Sagres, produziriam mais ostras do que em toda a Bretanha francesa, porque as condições climatéricas e temperatura da água, permitia-lhes ganhar três a quatro meses na criação dessa espécie, em relação à região francesa.

Alguns desses projectos biológicos não passaram da aquisição das concessões, não conseguindo implementá-los, por oposição dos movimentos ambientalistas, entre os quais Quercus. Os que foram implementados, como o de Sagres, falharam por manifesta má administração, e insustentabilidade do projecto.

Em menos de dez anos, o vasto império herdado de António Cardoso de Oliveira ruiu. Quanto ao golfe Águia de Ouro, passou para propriedade do grupo Amorim, que  actualmente é o homem mais rico do país, a ver vamos como irá ser a sua sucessão.

publicado por Nuno Santos às 07:35

Outubro 13 2014

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Realizou-se ontem a 4ª Corrida Sporting 2014, e apesar da chuva que se abateu sobre Lisboa, foram cerca de seis mil os participantes, contudo tem havido alguma polémica nas redes sociais acerca desta corrida, por causa das t-shirts utilizadas.

Com efeito a t-shirt distribuída aos corredores inscritos, não foi aquela que inicialmente constava do anúncio da corrida, mas uma outra, em que o enfoque maior foi para o patrocinador em detrimento do clube, cujo símbolo nem aparece na t-shirt.

Os sportinguistas sabem que, a situação financeira do clube não é a melhor, mas eu acho que não deve valer tudo, e as cores e o símbolo do clube devem estar sempre presentes nas suas actividades.

Além disso, o seu patrocinador a TachoEasy é uma empresa que comercializa localizadores de veículos, mantém uma polémica com a DECO, porquanto, diz-se certificada por esta entidade, quando a DECO não reconhece a sua prática comercial.

Por essa razão foram muitos os corredores que, em sinal de protesto, correram com equipamentos alternativos, daí que eu e muitos outros sportinguistas  achamos que a Direcção do clube, deve uma satisfação aos sócios, por vender uma coisa e dar outra.

 

 

 

publicado por Nuno Santos às 07:30

Outubro 12 2014

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Castelo de cinco quinas

só há um em Portugal

fica à beira do Coa

na vila do Sabugal

 

Esta quadra aprende-mo-la no livro da 3ª classe do antigamente, mas não tem rigor histórico, porquanto, o castelo de Setúbal, também conhecido como Forte de S. Filipe, tem igualmente cinco quinas.

Ainda que não se fale muito deste castelo, ele é interessante por várias razões. Desde logo porque é um dos poucos vestígios da governação dos Filipes de Espanha, que também foram de Portugal, pois a sua primeira pedra, foi lançada precisamente por Filipe I de Portugal, Filipe II de Espanha, e talvez por isso, o nome do castelo tenha sido encomendado a um santo, com o seu nome.

Este castelo tinha a missão de vigiar a entrada na barra do Sado, agora, está convertido em pousada, avistando-se dali uma visão panorâmica extraordinária, não só sobre a cidade de Setúbal, mas também, da península de Troia e da serra da Arrábida.

Apesar do dia ontem não estar muito claro e propício para fotografias, a visita que lhe fizemos foi super agradável, ainda por cima porque deu para desgastar o estômago, na sequência de um opíparo almoço no célebre restaurante verde branco, sem conotações sportinguistas nem com o Vitória de Setúbal, porquanto, na sua decoração, não havia qualquer referência futebolística, nas suas paredes existe apenas referências a peixe e a mar que, é a sua especialidade. Este restaurante situa-se junto à praça de touros Carlos Relvas, a menos de cem metros da sua porta principal e recomenda-se a quem gosta de comer bom peixe.

A cidade de Setúbal que na década de setenta, do ponto de vista industrial foi uma das cidades mais pujantes do país, sofreu a partir da década de oitenta um grave declínio, por causa do fecho de indústrias estruturantes, como a Setenave a Renault e muitas outras, chegando a haver fome em alguns sectores da população, as quais se viram a braços com o desemprego, reflectindo-se inclusive no desempenho do seu Vitória que baixou várias vezes de divisão.

Nessa altura ganhou emergência o Bispo D. Manuel da Silva Martins, pela defesa que fez dessas populações, merecendo até o epíteto de bispo “vermelho”. D. Manuel Martins foi substituído em 1998 pelo D. Gilberto, o qual durante muitos anos foi o abade da paróquia de Santa Maria Maior em Chaves.

Ontem gostei do que vi, sendo notória alguma dinâmica nas ruas comerciais, assim como a existência de vários estaleiros de obras pela cidade, um sinal de que a economia local está mexer. Oxalá isso sejam sinais de recuperação, porque Setúbal é uma cidade com grande potencial e beleza.

 

 

publicado por Nuno Santos às 10:23

Outubro 11 2014

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A peça de teatro Fernão Mentes? É uma das peças icónicas do Grupo a Barraca, porquanto, tendo sido representada pela primeira vez em 1999, por exigência do público, tem vindo a ser representada recorrentemente.

Só neste ano de 2014, esteve durante o mês de junho no Teatro da Trindade, em setembro foi apresentada na festa do Avante, e agora a pedido de várias famílias, voltou à cena no seu teatro, o Cinearte, situado no largo de Santos, onde ontem assistimos, e onde fará apenas quatro representações, entre os dias 8 ao dia 12 de outubro. Por isso apresse-se quem ainda não viu esta representação, porquanto, não dará o seu tempo por mal empregue.

Encenada pelo Hélder Costa, o encenador oficial da Barraca, tem músicas do Fausto, Zeca Afonso e Orlando Costa, sendo que alguns dos temas do espectáculo, integram o disco do Fausto “Por este rio acima”.

Do elenco fazem partem, muitos atores novos, mas ainda participa a grande Maria do Céu Guerra, a alma máter do Grupo, e que neste momento, tem estado em alta pela sua participação no filme “Os gatos não têm vertigens” estreado recentemente.

O enredo tem por base a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, um verdadeiro monumento da literatura universal, tal como foi escrito na sinopse da peça, relatando as peripécias porque passou este português no século XVI, tendo sido marinheiro, mercador, guerreiro, religioso e escravo, e ao longo do carrossel da sua vida, foi pobre e rico várias vezes.

Fernando Mendes Pinto é arquétipo do homem dos Descobrimentos portugueses, e que no seu livro a Peregrinação relata muito bem, a gesta dos portugueses pelo oriente, com o relato de muitas coisas que, não estudamos nos manuais da história de Portugal.

Com a devida distância no tempo, a vida de Fernão Mendes Pinto, faz me lembrar um pouco a vida de Augusto Escaleira, relatada no livro “ O rabo vermelho do destino” dos meus amigos Herculano Pombo e Altino Rio, apresentado no passado mês de setembro.

Os perigos vividos por Augusto Escaleira não terão sido tantos, porque em vez de aventuras marítimas, foram passadas em terra firme, mas não deixaram de ter também muitas agruras e incertezas, quanto as de Fernão Mendes Pinto, porque para muitos portugueses a emigração no século XX, foi um fenómeno social algo semelhante, aos descobrimentos do século XVI.

 

 

 

 

 

publicado por Nuno Santos às 09:00

Outubro 10 2014

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Em passando o São Miguel, todos os outeiros secanos ficam ansiosos para verem a chegada do rio pequeno, o qual seca sempre no verão, mas regressa com as primeiras chuvas de outono. Porém há anos em que, por falta de chuva, o rio só nos aparece próximo do natal, paradoxalmente quase sempre aos domingos de madrugada, para que seja visto pelas pessoas, quando vão a caminho da missa.

Até ao momento o rio ainda não corre, doutra forma a minha mãe já me teria dado a boa nova, mas atendendo ao ano  anormal de chuva que tem fustigado o país, em especial nos meses de setembro e de outubro, é expectável que o rio chegue antes dos Santos.

A esse propósito segundo informação da PORDATA, uma base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que, publica números sobre o Portugal contemporâneo nas mais variadas áreas, a média dos dias sem chuva em Lisboa, entre os anos de 2000 a 2013, portanto nos últimos catorze anos, foram de 264,5 dias, quer isto dizer que só choveu durante 100 dias por ano.

Como o ano de 2014 ainda não terminou, não são conhecidos os números deste ano, mas seguramente que, deverão ser inferiores à média, a não ser que, como os dias de chuva são mais desagradáveis e entediantes, e como o nosso cérebro tem cinco vezes mais propensão para recordar os factos negativos do que os positivos, nos pareça que este ano foi mais chuvoso que os anteriores.

Outeiro Seco precisava que se construísse uma mini hídrica, lá para os lados do Cotete. Com essa infraestrutura, além da energia verde que produzia, podia-se regular o fluxo do rio pequeno durante os meses de verão, sem isso vamos estar sempre sujeitos a este ciclo.

Outeiro Seco tem rio

Que seca sempre no verão

Mas não seca em nós brio

De ser teu filho é que não.

publicado por Nuno Santos às 07:23

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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