Outeiro Secano em Lisboa

Novembro 17 2014

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 Estas duas últimas semanas foram férteis em notícias para os meios de comunicação. Primeiro foi o surto da legionela no concelho de Vila Franca de Xira, o qual pôs a sua população em alerta vermelho, o segundo foi o caso dos Vistos Gold, os quais dão a entrada na Europa aos amarelos.

Se no primeiro estávamos perante um caso de saúde pública, de consequências muito nefastas para a população, pois até ao momento já faleceram oito pessoas vítimas desse surto, ao que parece causado por falta de manutenção de unidades industriais, que segundo o próprio ministro do Ambiente, se pode estar perante um crime ambiental.

No segundo caso, apesar de não causar vítimas mortais, teve ainda um impacto maior na opinião pública, por se tratar de mais um caso de corrupção, e por estarem envolvidos altas figuras do Estado, de quem se espera sempre as melhores práticas e os melhores exemplos, pois até se diz que os exemplos devem vir de cima.

De salientar que apesar das pessoas terem sido detidas, não podem considerar-se desde já culpadas, porquanto, ainda não tiveram direito ao contraditório, porém as consequências neste caso já se fizeram sentir e com grande estrondo, originando a demissão do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que embora se diga não estar implicado, mas que estarão pessoas próximas, e sob a sua área de influência.

Ao que parece, vamos ter mais um mega processo, do qual veremos depois os resultados, e se no primeiro dia a notícia foi apresentada como bombástica, à medida que os dias se vão passando, a notícia parece perder importância, pois dos milhões de subornos iniciais, já se fala apenas numas garrafas de vinho.

É curioso que os subornos em Portugal, andam sempre à volta de umas garrafas de vinho ou de uns robalos, apesar de serem visíveis os bens exteriores de riqueza, só que estão sempre em nome de um familiar de um amigo ou de uma empresa offshore.

Hoje começa também outro processo mediático, a audição na assembleia da república sobre o caso BES, onde apesar dos números envolvidos serem bem maiores que os dos vistos dourados, os implicados continuam na maior, a ver vamos até quando?

publicado por Nuno Santos às 19:29

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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