(Foto do jornal Público quando do processo Face Oculta)
Esta semana foi anunciado pela Porto Editora, de que a palavra do ano de 2014, fora a Corrupção. Esta escolha não nos dá qualquer orgulho, antes pelo contrário, porquanto, o significado desta palavra quer dizer que, se beneficia alguém numa negociata, em prejuízo de outrem.
O fenómeno da corrupção sempre existiu, em especial nos países mais subdesenvolvidos. Na Europa e durante muitos anos, a corrupção esteve muito associada à Itália, por causa das redes mafiosas que minavam sobretudo o poder autárquico do sul do país, e todos nos recordamos de séries televisivas como o Polvo, onde este fenómeno era retratado.
Infelizmente este fenómeno tem-se alastrado a outros países do sul da Europa, nomeadamente a França, a Espanha e Portugal, onde recorrentemente aparecem nos meios de comunicação casos de corrupção, envolvendo personalidades ligadas à alta finança, economia e à política.
Só que enquanto os governos nesses países, têm procurado combater esse flagelo, em Portugal assobia-se para o lado e as medidas apresentadas contra a corrupção, ou contra o enriquecimento ilícito, nem sequer têm cabimento na assembleia da república, vide as propostas apresentadas pelo ex-deputado João Cravinho, as quais, nem o próprio partido o PS as aceitou.
Enquanto continuar este estado de coisas, tem de ser o tribunal a fazer a prova de que houve crime, o que não é fácil, pois os meios de investigação de que dispõe também são precários. Deste modo vamos assistindo aos sucessivos arquivamentos de processos por falta de provas, como aconteceu recentemente com o caso dos submarinos, pese embora neste caso os corruptores na Alemanha tivessem sido condenados, em Portugal os corrompidos ficaram impunes.