Outeiro Secano em Lisboa

Fevereiro 28 2015

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No Wikipédia podemos ler que Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal. Ela abrange as condições sociais, económicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política.

Este conceito foi criado na Grécia Antiga, mas embora se diga que, a democracia é o melhor dos regimes para se viver, a sua prática já não se aplica, sendo paradoxalmente a Grécia, o país criador da Democracia, é a melhor prova disso.

Actualmente as principais medidas políticas e económicas são criadas por um Directório, que ninguém elege, chamam-lhe G7, G14, Fórum de Davos e outros fóruns, como os Mercados, quem decide as linhas principais que nos regem.

E como assistimos recentemente, os dirigentes gregos recém eleitos, não puderam implementar as suas propostas sufragadas pelo seu povo, nem experienciar as suas ideias, as quais, seriam depois julgadas e avaliadas os seus resultados. Ao invés, tiveram de se vergar às medidas impostas pelo Euro grupo, seguindo as políticas dos seus antecessores políticos, o PASOK e a NOVA DEMOCRACIA, partidos que o povo rejeitou liminarmente nas eleições.

De uma coisa os gregos têm a certeza, essas medidas aplicadas nos últimos trinta anos, foram um desastre, mas não as podem agora mudar para melhorar a qualidade de vida dos seus cidadãos.

O que vale para a Grécia, vale para Portugal, e se o estado da Grécia resulta da governação do PASOK e da NOVA DEMOCACIA, em Portugal tem sido as políticas do PS e o PSD, que cavaram a austeridade em que vivemos, porque têm sido estes dois partidos que, em alternância, têm governado o país, nos últimos quarenta anos, seguindo os ditames do tal Directório.

Este ano vamos ter eleições, mas a avaliar pelos resultados das sondagens, parece que vamos ter mais do mesmo, Será que o povo aguenta esta política!

Alguém já disse que “ai aguenta, aguenta” porém ele é que não aguentou o banco, pois ao que tudo indica, vai ser totalmente espanhol e provavelmente até irá perder o nome. Quanto ao nome do nosso país, ainda não está em causa, mas o poder e as diretrizes políticas, essas há muito que nos são impostas de fora.



 

 

publicado por Nuno Santos às 09:00

Fevereiro 27 2015

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Em futebol costuma dizer-se que, são onze contra onze, e independente da forma como os jogos se desenrolam, no fim ganham os alemães. Desta vez não ganharam porque o jogo terminou empatado em 0-0, mas, como tinham ganho o primeiro jogo por 2-0, ganharam a eliminatória, causando aos sportinguistas uma grande desilusão, porque quem assistiu aos dois jogos, quer  fosse ao vivo ou pela televisão, ficou com a sensação de que o Sporting, não lhes foi inferior, pese embora a diferença orçamental, pois só o André Shurle adquirido ao Chelsea em janeiro por trinta e cinco milhões, custa mais que todo o plantel do Sporting, que ontem  merecia ter vencido, por mais de 4-1.

Mas não há vitórias morais e os jogos de futebol têm esse sortilégio, só contra as que entram e ontem, tanto o Tanaka, como o Nani, Adrien Silva, Wilson de Carvalho ou João Mário, citando apenas os que tiveram oportunidades de marcar, não acertaram com a baliza, umas vezes por má pontaria, outras pela qualidade do guarda-redes adversário Diego Benáglio, que já jogou em Portugal e fala ainda o nosso idioma, melhor do que muitos jogadores estrangeiros que, actuam em Portugal.

Independente do resultado negativo, o jogo decorreu num clima de fair play extraordinário, os alemães que em outras áreas com a economia, são considerados arrogantes, em matéria desportiva demonstraram uma faceta simpática. Quando o Sporting jogou na Alemanha, tiveram a gentileza de tocar o hino do Sporting, uma coisa rara entre de clubes, razão pela qual ontem em Alvalade, se ovacionou o hino do Wolfsburg.

Após as derrotas os jogadores, costumam recorrer a uma frase feita “há que levantar a cabeça” por isso espero que no próximo domingo, no Dragão, levantem a cabeça e mostrem a raça do leão, repetindo um jogo igual ao de ontem, mas sobretudo, que repitam o resultado obtido para a taça de Portugal, uma vitória conclusiva.

publicado por Nuno Santos às 18:35

Fevereiro 24 2015

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Quanto aos meus afectos desportivos, por mais de uma vez me assumi, como adepto do Sporting e do Chaves. Embora sportinguista desde sempre fui primeiro espectador do Chaves, quando ainda vivia em Outeiro Seco. E porque o estádio ficava entre o caminho de casa e da escola, frequentemente assistia aos treinos, nomeadamente ao das quintas-feiras, dia do treino de conjunto, gostando em particular de ver no final, o treino dos guarda-redes.

Recordo-me do nome de muitos jogadores e treinadores que passaram pelo Chaves, quanto aos técnicos destaco o do Feliciano, um dos mais prestigiados pois fora internacional pelo Belenenses, mas também de Fonseca e Silva que se radicou na cidade, José Dimas, Oliveirinha que subiu a equipa da terceira à segunda divisão, sem falar dos mais recentes quando o Desportivo militava na I Divisão, muitos dos quais estão ainda no activo.

Quando em 1973 vim para Lisboa, tornei-me então um assíduo espectador do Sporting, no velhinho estádio José de Alvalade, embora só na década de oitenta me tornasse sócio, quase ao mesmo tempo em que me fiz sócio do Chaves. Actualmente sou o sócio 13455 do Sporting, e creio ser o sócio 576 do Desportivo, pois guardo o cartão em Chaves.

Nesta próxima quarta-feira pelas 16 horas, os meus dois clubes defrontam-se em Alcochete, ainda que não seja a equipa principal é o Sporting B porque disputam o mesmo campeonato, e porque a equipa principal defronta no dia seguinte os alemães do Wolfsburg, onde depois da derrota na Alemanha, todos esperamos uma remontada, como dizem os espanhóis, e onde eu estarei para apoiar.

Nesta época o Chaves tem alternado o bom com o menos bom, mas agora está isolado, no topo da tabela. Apesar do meu sportinguismo, desta vez torço pela vitória do Chaves, esperando que reforce e mantenha essa posição de líder, esperando que no dia 24 de maio, o dia em que termina o campeonato, e o Chaves recebe a Oliveirense, todos os flavienses onde quer que se encontrem, tenham uma enorme alegria, pela subida do seu Desportivo à I liga.

Se até lá se mantiver na liderança,  prometo que lá estarei em Chaves, à semelhança das outras vezes, em que o Chaves subiu de divisão. Mas não foi só nos momentos de vitória,  também lá estive quando perdemos a subida em Chaves com a Académica, ou quando não conseguimos a manutenção em Alverca.

Por razões profissionais não vou poder ir a Alcochete, mas fico a torcer pela vitória do Desportivo, lembrando o grito de guerra do saudoso José Dias, quando a sua voz fanhosa entoava nos altifalantes do estádio – Chaves, Chaves, Chaves, à Vitória à Vitória à Vitória.

publicado por Nuno Santos às 08:26

Fevereiro 22 2015

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A semana que ontem terminou foi um protótipo das muitas que planeio passar no futuro, num sobe e desce entre Lisboa e Chaves, porque vou aproveitar a janela da oportunidade do diploma publicado em finais de 2014, o qual permite a quem tem mais de 60 anos de idade e 40 anos de descontos, antecipar a reforma, agora nos 66 anos mais dois meses, mas com tendência para subir.

Apesar da medida me trazer uma penalização de 6%, por cada ano antecipado, o dinheiro não é tudo na vida, e nem as grandes assimetrias existentes  entre Lisboa e Chaves, nomeadamente no acesso aos meios de saúde serão muito notórias, porquanto, preservaremos os actuais médicos assistentes.

Por outro lado também haverá ganhos, como o prazer de sentir melhor os ciclos da natureza, os cheiros e os aromas da terra, o convívio com os amigos de infância, a gastronomia regional, tudo factores que, trarão outro sabor às nossas vidas.

Claro que por trás desta medida, estão também outras razões, como um maior apoio familiar, porque o meu sogro já é nonagenário e a minha sogra para lá caminha, assim como a minha mãe, donde, é importante um apoio mais estreito, ainda que seja apenas de supervisão, pois felizmente têm ainda alguma autonomia física e mental.

Embora não seja um profundo fã das actividades rurais, nomeadamente dos trabalhos agrícolas com carácter intensivo, seduz-me a ideia de caldear esses dois mundos diametralmente opostos, o convívio com os amigos de sempre, conservando ao mesmo tempo, o convívio com os outros que, fomos assimilando ao longo da vida.

Ainda que as assimetrias entre Lisboa e Chaves, não se verifiquem apenas na área da saúde, onde não são notórias é em matéria de Carnaval, pois não se passa nada nas duas cidades. Em Lisboa quem se quiser divertir ao Carnaval, terá de ir para Loures ou Torres Vedras, assim como os flavienses terão de ir para Verin, a vizinha vila galega, onde o Entroido ou Entrudo é levado a sério, com os seus Cigarrons espalhando o som das suas campainhas e as cores das suas fantasias.

O mesmo se passa em Outeiro Seco, cuja tradição carnavalesca se perdeu de todo. Na memória coletiva ficam apenas, as célebres encenações do meu pai e do tio Lépido Ferrador do Escaleira ou da tia Irene, ou as que mais tarde, foram realizadas pela Casa de Cultura, cuja associação ainda existe, mas com um plano de actividades, muito confrangedor.

 

 

 

 

 

publicado por Nuno Santos às 09:47

Fevereiro 19 2015

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1933-2015

Faleceu hoje em Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira  a nossa conterrânea Maria Félix Benedito, conhecida na aldeia por Maria Benedita. 

Nascida na Argentina onde os seus pais, Abílio Benedito e Palmira Félix foram  emigrantes, quando do seu regresso a Portugal e a Outeiro Seco, tinha a Maria cerca de sete anos. Aqui fez a instrução primária e passou a a maior parte da sua juventude, imigrando mais tarde para Lisboa onde casou. 

Nesse tempo eram difíceis as condições de vida no nosso país, e pelo facto da Maria ter nascido na Argentina, teve a possibilidade de emigrar para os Estados Unidos da América, onde viveu largos anos. Depois de reformada ela e o marido, regressaram a Portugal mas não à aldeia, radicando-se na região metropolitana de Lisboa, embora nunca perdendo a sua relação com Outeiro Seco, sendo frequentes as suas visitas.

O seu corpo está em camara ardente na igreja de Vialonga, e o seu funeral irá ocorrer no próximo sábado para o cemitério local, pelas 10 horas da manhã. À família enlutada, filhos netos irmãos e sobrinhos, aqui ficam os sentidos pêsames, em especial para o seu irmão Manuel, a quem nos liga uma grande amizade.     

publicado por Nuno Santos às 17:40

Fevereiro 12 2015

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Embora não conheça com rigor, a origem da comemoração do dia dos compadres e das comadres, estas efemérides acontecem, nas duas quintas-feiras que precedem o carnaval. O dia dos compadres comemorou-se na passada quinta-feira, hoje é o dia das comadres.

Ao que parece a tradição advirá na sequência da comemoração do dia dos amigos, que, ocorria por esta altura do ano, porque habitualmente é entre os amigos que, se escolhem os padrinhos, para os nossos filhos.

Entretanto o dia da amizade virou dia internacional, passando a sua data de comemoração para o dia 30 de julho, designado como, o Dia Internacional da Amizade.

No meu tempo de menino e moço estas efemérides eram levadas a sério, mais o dia das comadres,  porque as raparigas tinham mais liberdade para se divertirem. E porque se dizia que as comadres eram gulosas, as mães ainda contribuíam com bens para a merenda, pois era disso que se tratava o dia das comadres, uma merenda de um grupo de amigas, em casa de uma delas.

Actualmente o dia das comadres é recordado sobretudo por associações culturais, interessadas na preservação das tradições, infelizmente e salvo melhor informação, a nossa associação parece não ter nada programado, para este dia.

O tema de hoje na imprensa não é o dia das comadres, mas a estreia do filme “As cinquenta sombras de Grey”. Depois do surpreendente interesse pelo livro,  o mesmo fenómeno está a acontecer com o filme, pois apesar de se estrear apenas hoje, já vendeu cerca de cinquenta mil entradas.

Ora como um dos temas da actualidade é a violência doméstica, qual será a motivação das mulheres neste filme, onde ao que parece, até são “chibatadas”!

publicado por Nuno Santos às 15:28

Fevereiro 11 2015

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Já não bastavam as tensões que pululam pelo mundo, como os conflito no mundo árabe ou na Ucrânia, ainda que sem a mesma gravidade, ontem nasceu mais um conflito, desta vez interino, com o corte de relações entre o Sporting e o Benfica.

Claro que isto vale o que vale, porque se levado à letra, faria com que vários casais  passassem a dormir em camas separadas, só porque um é do Sporting e o outro do Benfica, ou no meu caso como sportinguista, a cortar relações com os meus dois irmãos, ambos benfiquistas, donde se vê a importância desta medida.

No entanto compreendo o seu simbolismo e a razão da Direcção do Sporting tomar uma posição, face à afronta dos adeptos do Benfica, por enaltecerem o assassínio de um adepto sportinguista ocorrido já em 1996, sem que da parte da Direcção do Benfica, cujo presidente estava presente e assistiu à cena, sem esboçar qualquer gesto ou palavra de reprovação.

Contudo tenho dúvidas sobre a medida porque em meu entender o corte de relações, só vem radicalizar ainda mais as relações das partes envolvidas, isto é dos adeptos mais radicais, como são as claques.

Sobre as claques sempre tive uma posição contraditória, se por um lado aprecio o colorido e o apoio que dão às equipas, ao mesmo tempo reprovo as palavras de ordem muitas vezes utilizadas, assim como o seu modus operandi.

Começando logo pela forma como vão para os estádios das equipas adversárias, enjaulados entre um cordão de polícias, como se fossem gado transportado pelos vaqueiros, ou como prisioneiros de guerra escoltados pelo inimigo.

Não é este o meu conceito de desporto, embora não deixe de sofrer com os desaires do meu clube, tanto ou mais do que esses radicais, pois só eu sei quanto me custou digerir o resultado de domingo.

Por isso acho que chegou a altura das entidades que, regulam o desporto, a Secretaria de Estado do Desporto, Federação Portuguesa de Futebol e a Liga de Clubes concertarem esforços e regularizem estas relações, doutra forma, quem perde é o desporto nacional, e isto já não vai lá com medidas unilaterais, como esta tomada pela Direcção do meu clube.

 

 

publicado por Nuno Santos às 07:50

Fevereiro 09 2015

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O espaço defronte ao nosso escritório na avenida 5 de outubro serviu mais uma vez de manisfetódromo, hoje para professores pais e alunos do ensino particular e corporativo, ligados às artes, os quais não recebem salários, há cerca de cinco meses.

Foi uma manifestação algo inédita porque antes dos discursos dos dirigentes sindicais, assistiu-se a um mini concerto dirigido pelo Maestro Vitorino de Almeida, também ele cliente da Nucase.

Havia vários cartazes com slogans bastantes criativos, ou não fossem os manifestantes dessa área. Entre outros havia um que dizia. “Um país sem artistas é um país de curtas vistas”.

De facto os nossos governantes têm tratado o ensino das artes, à semelhança do La Fontaine na fábula, “ A Cigarra e a Formiga” onde valoriza apenas o trabalho da formiga, menosprezando a da cigarra que, quando chegou o inverno e pediu apoio à formiga, esta disse-lhe:

- O que andaste a fazer durante o verão?

- A cantar para dar alegria e paz aos outros!

“Ai cantaste! Então dança agora!”

É também um pouco à desvalorização do trabalho artístico que, vamos assistindo no nosso país. Todos os anos quando chega a altura das chuvas, assistimos a reportagens do estado caótico em que se encontra o Conservatório de Lisboa. As mesmas críticas vêm de outros conservatórios e institutos, quer pelas condições degradadas das suas instalações, mas pela das carências de recursos, tanto a nível de pessoal docente, como não docente.

Em Portugal uma boa parte do ensino das artes, não faz parte da rede do ensino público, ele é co-financiado por Fundos Europeus como, o POPH – Programa Operacional Potencial Humano, que vem tarde, criando com isso um efeito cascata, atrasando os orçamentos de tesouraria das escolas, por isso o concerto de hoje terminou com o ACORDAI, do poeta José Gomes Ferreira e musicada por Fernão Lopes Graça, para ver se este país acorda da letargia em que caiu.

Acordai
acordai
homens que dormis
a embalar a dor
dos silêncios vis
vinde no clamor
das almas viris
arrancar a flor
que dorme na raíz
Acordai
acordai
raios e tufões
que dormis no ar
e nas multidões
vinde incendiar
de astros e canções
as pedras do mar
o mundo e os corações
Acordai
acendei
de almas e de sóis
este mar sem cais
nem luz de faróis
e acordai depois
das lutas finais
os nossos heróis
que dormem nos covais
Acordai!

 

 

publicado por Nuno Santos às 18:52

Fevereiro 09 2015

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Quem ouviu o treinador do Benfica dizer na conferência que, depois de estar a perder 1-0 com o Sporting a três minutos do final do jogo, para inverter o resultado, fizera aquelas substituições, para ir atrás do prejuízo, a forma como obteve o golo, contraria essa lógica, porque o golo do empate caiu-lhe do céu, com uma bola às carambolas dentro da área sportinguista, e o golo apontado por um defesa.

É  frustrante uma equipa perder pontos em casa, sobretudo quando acontece contra o seu maior rival, e da forma como o Sporting empatou, no último lance do desafio. Foi um balde de água fria para os seus jogadores, mas sobretudo para os seus adeptos.

Claro que já todos provaram desse veneno, e o Benfica também já perdeu nos descontos, mas ontem custou-nos muito, porque o Benfica durante os noventa e quatro minutos, não fez um remate enquadrado com a baliza, o guarda redes Rui Patrício nunca tocou na bola senão, para a ir buscar ao fundo da baliza, após o golo benfiquista.

O jogo ainda que não tivesse sido dos mais fulgurantes do Sporting, jogou de forma superior, teve mais posse de bola, mais remates e teve 10 pontapés de canto contra 1 do Benfica. Mas o futebol tem esse sortilégio, só conta as que entram, e ontem, cada equipa macou  um golo cada, donde o resultado foi um empate, um resultado que dadas as circunstâncias em que ocorreu, me deu uma noite de insónia e me deixou com uma grande azia.

 

 

 

publicado por Nuno Santos às 08:09

Fevereiro 08 2015

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Designa-se por dérbi, o confronto entre duas equipas da mesma cidade e apesar de em Lisboa, existirem outros clubes, como o Belenenses o Atlético ou o Oriental, o Sporting/Benfica é considerado o dérbi dos dérbis, também conhecido como o dérbi eterno, porque dista já do ano de 1907, a realização do primeiro dérbi, quando ainda não existia o Benfica, mas apenas Sport Lisboa.

O jogo realizou-se no campo da Quinta Nova em Carcavelos, uma casa emprestada ao Sport Lisboa, que, até final dos anos cinquenta, andou com a casa às costas. Esse primeiro dérbi foi ganho pelo Sporting, por 2-1, um resultado que não desdenhava que se repetisse hoje.  

Independente da classificação das duas equipas, este jogo concita sempre um interesse tão desmesurado à sua volta que à hora do jogo, o país para para o ver ou ouvir. Esse interesse é tão notório que, se sobrepõe a outros temas da actualidade, muitos deles com maior impacto nas nossas vidas, mas, trata-se de um caso em que a emoção, se sobrepõe à razão.

Em mais de um século de existência destes dois clubes, foram já centenas os dérbis realizados, eu próprio, já tive o privilégio  de assistir a muitos ao vivo, tanto em Alvalade como na Luz, embora mais em Alvalade claro está.

Em alguns desses dérbis saí com uma enorme satisfação, noutros, saí com uma enorme azia, mas confesso que sofro menos nos jogos assistidos ao vivo, do que quando assisto pela televisão, razão  pela qual hoje, apesar de não estar ainda totalmente restabelecido da gripe, lá estarei em Alvalade todo enroupado, mas com o coração cheio de esperança numa vitória do Sporting, porque verde é a cor da esperança, e a esperança, é a última coisa a morrer.

Contudo trata-se apenas um jogo de futebol, e amanhã, os problemas do quotidiano continuam, claro que a disposição para os enfrentar será maior ou menor, mediante o resultado obtido hoje. Espero que seja um bom jogo "limpinho, limpinho" e que dentro e fora do relvado, decorra tudo dentro da normalidade, que ganhe o melhor, mas desejando ardentemente que o melhor, seja o Sporting. 

 

 

 

 

publicado por Nuno Santos às 11:49

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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