1925-2015
Existirão poucas as pessoas que, na opinião pública, consigam gerar sobre si um tão vasto e alargado consenso, em especial quando pertencem à área da política, tão desacreditada que esta anda. A Dra. Maria Barroso, talvez seja a única pessoa deste país que, congregue esse estatuto, pese embora a sua proximidade com Mário Soares, uma forte personalidade política do nosso tempo, respeitada por uns mas odiada por outros.
E não se pense que a sua participação na política foi menor, tanto no tempo da ditadura, como depois em democracia, viveu a política com grande intensidade, só que a sua intervenção foi de tal forma assertiva, que, não criou quaisqueres antagonismos.
Agora que nos deixa, a Dra. Maria Barroso é elogiada da direita à esquerda, e até mesmo Paulo Portas, que, a saneou do cargo de presidente da Cruz Vermelha, um lugar que era à medida do seu perfil, veio ontem publicamente fazer o seu elogio.
Em entrevista recente à RTP, a Dra. Maria Barroso disse que, a morte era uma consequência da vida, e por isso, estava preparada para a receber. Talvez não esperasse é que a sua morte, ocorresse desta forma trágica, mas não se escolhe a sua forma e o momento. Portugal perdeu ontem mais uma figura relevante, a qual ficará na nossa memória coletiva, quer pelos valores pelos quais lutou, numa fase da sua vida, e pelos valores que depois defendeu e nos transmitiu.
Que descanse em paz e que seja um modelo de vida para todos nós.