Logo que o Maxi Pereira, ex jogador do Benfica, foi apresentado como atleta do Futebol Clube do Porto, adeptos conotados com uma das claques do Benfica, os No Name Boys, de forma simbólica, enforcaram-no junto às instalações do estádio.
Este acto é reprovável e vem provar que, o futebol é um fenómeno, onde a paixão, se sobrepõe à razão.
O Maxi Pereira é um uruguaio, que, um dia, abandonou a sua terra e a sua família, para procurar na Europa, melhorar a sua condição de vida e a dos seus. Veio para o Benfica, como poderia ter vindo para o Porto, ou para o Sporting.
Durante os oito anos que serviu o Benfica, fê-lo com tal profissionalismo e entrega que, mais parecia um produto da sua formação. Só que os jogadores jogam em função de contratos, os quais têm um valor remuneratório e um tempo de duração.
Ora, o contrato de Maxi Pereira com o Benfica, terminava em 30 de Junho e como os contratos, são um acordo de duas vontades, para que o Maxi Pereira continuasse no Benfica, teria de haver um acordo entre as duas partes, mas como tal não aconteceu, o jogador ficou livre de procurar, melhores condições de vida.
Isto vale para o Maxi Pereira, como vale para o Jorge Jesus e para o Cédric, assim como valerá a curto prazo, para André Carrilho do Sporting, cujo contrato expira em 30 de junho de 2016, e ainda não acordou a sua renovação com o Sporting.
Como os contratos são temporais, se findo o seu prazo, as partes não chegarem a acordo, não pode haver enforcamentos, como símbolo de traição, pois na actual conjuntura não se pode condenar ninguém, por procurar melhorar a sua condição de vida, em especial casos como o de Maxi Pereira, Jorge Jesus e eventualmente o André Carrilho, cujos vínculos aos seus clubes, foram meramente profissionais.
As estruturas dos clubes é que têm de ser mais proactivas, antecipando essas situações, de renovações ou de ruptura, para que não aconteçam depois estes radicalismos.