Como sempre o inimigo atacou pelo norte, outrora foram os espanhóis nas guerrilhas transfronteiriças, os franceses durante a guerra peninsular ou Invasões francesas, agora têm sido os incêndios.
Faz a 23 de agosto apenas dois anos que, Outeiro Seco, foi fustigado pelos incêndios e ontem, voltou a ser atacado pelo fogo, pondo habitações em perigo, não fora a ajuda preciosa dos bombeiros, que, com meios terrestres e aéreos o combateram abnegadamente, assim como a população, que nestas situações se mobiliza, numa prática com largos antecedentes.
Também mais uma vez o incendio veio dos lados de Vilela Seca, onde ali se limitam a vê-lo passar, talvez porque a população desta aldeia não tenha a coragem que a de Outeiro Seco demonstra nestas situações, ou talvez porque esta aldeia esteja mais desertificada e com a população mais envelhecida. O certo é que quase todos os incêndios que, têm fustigado a nossa aldeia, têm passado por Vilela Seca.
Desta vez segui o incêndio à distância pelas fotos e filmes que postavam no facebook, curiosamente foi o meu filho que da Holanda e via Skype me deu a notícia do incêndio, porquanto quer a minha mãe quer os meus sogros como são assinantes da Unitrio ficaram sem o serviço de telefone e televisão.
Um abraço de solidariedade para o amigo Ulisses que apesar dos extremos cuidados que tem com a sua mata desta vez também ele viu a sua casa em perigo.