As novas poldras no caminho da Finteira
O rio já na sua foz
Sempre que vou à terra e o tempo me permite, tenho o hábito de passear pelos caminhos rurais, não porque ande a fiscalizar as minhas propriedades, mas apenas, para evocar memórias de um tempo em que, com motivações diferentes, calcorreava esses mesmos caminhos. Nessa altura fazia-o no cumprimento de tarefas domésticas, às quais a maioria dos jovens do meu tempo estávamos obrigados, até porque lá diz o ditado “ o trabalho de garoto é pouco, mas quem o não aproveita é louco”.
Hoje relembro esse tempo sem qualquer mágoa para com os meus pais, até porque sei que a infância deles foi ainda pior do que a minha, mas também porque essa exigência e responsabilidade desde cedo, contribuiu para a minha formação pessoal.
Ora foi num desses périplos pelos caminhos rurais da aldeia, agora bem mais amplos permitindo alguns deles o trânsito automóvel, que há tempos descobri que, as poldras do Porto de Santo Estêvão tinham desaparecido, tendo relatado o facto neste blogue.
Agora por altura do Natal e numa ida ao fundo do rigueiro pequeno, para ver se o nosso rio já tinha chegado à foz, descobri estas novas poldras.
Estão situadas uns duzentos metros mais abaixo do local onde estavam as outras, e presumo que, algumas das pedras, até sejam das poldras primitivas.
Não contesto a necessidade da construção destas poldras, porém como as anteriores eram muito antigas, acho que poderiam coexistir as duas, em nome da preservação do passado. Entretanto espero que as últimas cheias registadas no vale de Chaves, não tenha destruído as poldras pois não me pareceram suficientemente solidificadas para resistir a uma intempérie.