Outeiro Secano em Lisboa

Junho 21 2013

 

Quando hoje vinha a caminho do emprego, ouvi na rádio do meu carro o extracto de uma entrevista do Prof. Sampaio da Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, dizendo que o governo da nação, não tem de ser exercido obrigatóriamente apenas pelo PSD ou pelo PS, porque outros movimentos surgiram na sociedade portuguesa, com novas ideias, capazes de assegurar melhor essa governação.

Embora concorde com a afirmação, não sei muito bem como isso se articula depois com a actual constituição, a não ser que esse governo fosse de iniciativa presidencial, mas para isso, teria de ver o seu programa aprovado na assembleia da república. Mas como não ouvi a entrevista toda, fico-me por aqui.

Quando cheguei ao escritório, deparei-me na minha caixa de correio com este convite, para celebrar o S. Pedro em Outeiro Seco, promovido por um grupo de amigos de Outeiro Seco.

Ora o convite vindo na sequência da entrevista obriga-me a fazer esta reflexão. Das duas uma, ou as pessoas já não se revêem nos órgãos que elegem, ou então vivemos tempos novos que ainda não estão regulados, mas atenção tudo o que não é regulado não acaba bem.

E em Outeiro Seco existem até várias entidades institucionalizadas, cujo objecto social é a promoção do bem-estar social e cultural dos seus associados, cuja actividade não é confinada aos sócios, mas à população em geral, embora os sócios tenham uma discriminação positiva, como a redução de preços na entrada.

Algumas dessas instituições precisam até de angariar receitas, para a prossecução da sua actividade, daí a minha estranheza, por vê-las ficarem indiferentes a estas actividades populares, como é o caso do S. Pedro, que vá la saber-se porquê, é dos três santos populares aquele com maior tradição na nossa terra, apesar de creio não estar enganado, o único que está representado nos altares das várias igrejas e capelas da aldeia, ser o Santo António.

Aproveitando para dar os parabéns à organização nao vou poder estar, por causa da distância e porque este mês de Junho, tem sido fértil em deslocações. Amanhã sábado vamos às Portas do Rodão, uma das sete maravilhas de Portugal, e no domingo estaremos no Alto do Moinho, no III Encontro de Flavienses, onde vão estar vários outeiro secanos.

Para quem vive na zona de Lisboa e queira comparecer, pese embora eu não pertença à organização aqui fica o convite, o local é junto ao Pavilhão Desportivo do Alto do Moinho, entre Corroios e Vale de Milhaços.

 

publicado por Nuno Santos às 10:39

Não percebo este comentário infeliz que acabou de fazer senhor Nuno, tudo o que seja feito é de louvar, e a existência de um grupo de amigos que tenta animar a aldeia também, por isso deixa lá esses comentários para outro sitio. Em Outeiro Seco existem associações que só não tem iniciativas destas porque não querem, talvez o trabalho faça calos nas mãos.
Tudo de bom.
Anónimo a 24 de Junho de 2013 às 14:12

Caro anónimo,
Não entendo porque dizes que o comentário é infeliz quando até dou os parabéns à organizaçao, acontece que em minha opinião, a nossa aldeia está cada vez mais pequena e com menos gente, logo ganharia em aproveitar todas as sinergias existentes.
Por exemplo a Casa de Cultura tem uma estrutura e equipamentos como uma aparelhagem com mesa de mistura e colunas de som para eventos musicais e outros, por acaso alguém os utiliza? É nesse sentido que vai o meu texto, o de rentabilizarmos o que temos e não fazer coisas isoladas, porque ainda que ainda que a iniciativa seja louvável não deixa de ser um acto isolado, e a aldeia precisa de coisas estruturadas e sustentáveis no tempo.
Tudo de bom também,
Nuno Santos a 24 de Junho de 2013 às 19:20

Amigos de Outeiro Seco
Caro amigo Nuno Santos,
Vimos por este meio esclarecer alguns pontos sobre a sua publicação do dia 21/06/2013, relativamente ao convívio de São Pedro:
1 – “Das duas uma, ou as pessoas já não se revêem nos órgãos que elegem, ou então vivemos tempos novos que ainda não estão regulados, mas atenção tudo o que não é regulado não acaba bem.”
Em relação a este ponto, este grupo de amigos nada tem contra os órgãos eleitos quer seja da Junta de Freguesia, Casa de Cultura ou Associação Mãos Amigas, antes pelo contrário, para a realização dos eventos que efetuamos até este momento (desde 2009 até aos dias de hoje) tivemos sempre a colaboração dessas instituições, em especial da Junta de Freguesia pela cedência das instalações.
Na parte de não estarmos regulados e não acabarmos bem, este grupo de amigos não procura protagonismo ou a atenção dos flashes, mas sim o convívio de toda a população, para prejuízo dos mesmos visto que nesses mesmos convívios pagam como todos os outros e não tiram dividendos, só trabalho. E enquanto a população estiver contente e vermos que a adesão a estes eventos aumenta de convívio para convívio nada nos demoverá dos nossos objetivos.
Mais informamos que este grupo não foi composto por filiações partidárias nem por outro qualquer motivo, mas sim com a finalidade de unir a população.

2- “Algumas dessas instituições precisam até de angariar receitas, para a prossecução da sua actividade, daí a minha estranheza, por vê-las ficarem indiferentes a estas actividades populares, como é o caso do S. Pedro, que vá la saber-se porquê?”
Neste caso concreto não nos cabe a nós responder mas sim aos visados, como acredito que o amigo Nuno é sócio dessas instituições pode sempre questionar os mesmos sobre essas questões.

Saudações
Amigos de Outeiro Seco
Artur Dias
José Carlos Costa
Antero Carreira
Fernando Batista
Nuno Pipa
Gonçalo Félix
Belmiro Carvalho
Amigos de Outeiro Seco a 24 de Junho de 2013 às 20:18

Caros amigos,
Mas o que é que para aqui vai! Onde viram no meu texto, algo que condene a vossa iniciativa? Eu quero é que Outeiro Seco tenha o maior protagonismo e esteja sempre na vanguarda, pelas melhores práticas e pelas melhores razões. Agora tenho o direito de opinar e achar que se actualmente existe uma boa dinâmica ela deveria ser posta ao serviço de estruturas organizadas, porque talvez as actuais estruturas directivas, estejam saturadas ou cansadas ou o que for. Por isso que apareçam outros para fazerem melhor, porque um dos sortilégios da democracia é o da alternância.
Quando eu fiz referência à não regulação, foi a lembrar-me de situações ocorridas no passado, lembram-se o que ganhou a aldeia com a cisão ocorrida há uns anos na Casa da Cultura, e por oposição se criou o Cromo Cross Ruído? Em minha opinião só perdeu a aldeia, a Casa de Cultura perdeu elementos com massa crítica e muito válidos, e o Cromo Cross Ruído, foi um fogo fátuo que fez algum ruído durante um ou dois meses e apagou-se. Desde aí nunca mais houve na aldeia uma dinâmica tão forte com houvera antes.
Espero que não vejam o meu texto contra ninguém, muito menos com conotações políticas, primeiro porque nem sou eleitor na freguesia, segundo porque em matéria de política autárquica, nunca me regi por forças políticas, apenas por amizade e confiança nas pessoas.
Um abraço para todos e viva Outeiro Seco.
Nuno Santos

Bom dia.
Não podia ficar indiferente a esta discussão (saudavel espero), sendo eu elemento da Direção da Casa de Cultura.
Tenho visto que os teus comentarios em relação à Casa de Cultura, são de que não se faz e que te julgas seres um heroi na historia dela. Devias perceber os tempos que se atravessam não são faceis para ninguem, mas se tu arranjares os patriocinios a casa de Cultura faz o resto.
Pois acredita que é com algum esforço que ainda permanecem as portas abertas e levamos com muito orgulho atraves da Banda (inserida na Casa de Cultura) o nome de Outeiro seco no nosso Distrito e outros.
Aproveito para te informar que estão proximas a eleições e será com muito prazer que te reservo o meu lugar, pois com essas boas ideias, palavras e secalhar pensementos, serás um sucesso para a "Nossa casa de Cultura. Secalhar a outro não o faria, mas a ti acredita que ficava satisfeita.
Um bem haja para este grupo de "Amigos de Outeiro Seco" e os meus sinceros parabens pela iniciativa e qu tenham muito sucesso.
Antonieta Melo.
Anónimo a 25 de Junho de 2013 às 10:11

Amiga Antonieta,
Esta já não é a primeira vez que trocamos opiniões saudáveis sobre a Casa de Cultura, e porque as opiniões são livres, tal como dizia o poeta
Não há machado que corte
A raiz ao pensamento
Porque é livre como o vento
Porque é livre.
Tens toda a liberdade de fazeres os juízos de valor que entendas sobre a minha posição, perante a Casa de Cultura. Contudo quer salientar que eu jamais me considerei um herói, até porque não há heróis. Sou apenas um outeiro secano que apesar de viver longe, gosta da sua terra.
O meu envolvimento com a Casa de Cultura deveu-se sempre a minha condição de associado, cujo primeiro número foi o 079. Como vês, pese embora estivesse desde sempre ligado a essa instituição, mesmo antes de ter esse nome, o meu número de sócio demonstra bem, a questão que eu fiz em aparecer na linha da frente.
Fiz parte dos órgãos sociais, sempre no Conselho Fiscal, por isso sem funções executivas, nessa como noutras instituições, isso não invalidou que dentro das minhas disponibilidades, desse a minha contribuição desinteressada, em qualquer uma delas.
Confesso que não entendo esta polémica, mas como também não sou pessoa de fugir a ela, só por isso te respondo. Eu não estou minimamente interessado no teu lugar, nem de ninguém, e digo mais, acho que o meu interesse pelas coisas da nossa terra, pese embora a minha condição de não residente, deveria merecer um pouco mais de consideração.
Eu só quero o melhor para Outeiro Seco, o meu post foi escrito no sentido de que a dinâmica gerada recentemente na aldeia, por jovens que estão em posição de mostrar a sua capacidade ao serviço de causas, o possam fazer num projecto sustentável e de futuro para a aldeia, e não como uma nuvem passageira, porque os tempos que se avizinham são cada vez mais de unidade e não de cada um per si.
Cumprimentos
Nuno Santos

Nuno Santos a 25 de Junho de 2013 às 12:22

Por falar em actos isolados, não existiram uns, tipo lançamentos de livros, memorial do desassossego, etc, não foram actos isolados também, porque não foram elas também inseridos, nessas instituições que a aldeia tem, (Casa Cultura; AMA), ou aí já é diferente. Tudo em prol da Aldeia seja A, B ou C, só temos de apoiar, venha de onde vier, e não só olhar para o nosso umbigo e dizer eu faço melhor e que eles fazem não vale nada, não será isso o problema, pois eu tenho visto que os rapazes, tem feito um bom trabalho como já referiste Nuno, cada vez mais aderência da população, o porque disto agora, vir dizer que pode acabar mal e tal.
Boa tarde.
Cumprimentos Outeirosecanos
Anónimo a 25 de Junho de 2013 às 14:34

Esta é a última vez que respondo a esta polémica e para dizer primeiro que, tenho uma enorme estima pelos jovens que promovem esta iniciativa, embora como disse, preferisse ve-los inseridos num projecto mais sustentável. Mas como a Antonieta disse que, em breve vai haver eleições na Casa da Cultura, pode ser que venham a ser eles, os próximos dirigentes, garanto que terão o meu voto e o meu apoio.
Quanto ao lançamento dos livros são coisas incomparáveis, eles foram produzidos pelos seus promotores. Algumas dessas instituiçoes beneficiaram com isso, porque receberam alguns exemplares, cuja receita reverteu em seu favor, sem terem qualquer contribuição.
Cumprimentos,
Nuno Santos
Nuno Santos a 25 de Junho de 2013 às 15:09

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nuno santos 1
outeiro seco 4
anonimo a 1 de Setembro de 2013 às 12:50

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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