Hoje é dia 8 de Julho, um dia histórico para a cidade de Chaves e para o país. Histórico porque foi há 101 anos que, se travou a última batalha militar no nosso país, se considerarmos como batalha, dois exércitos em confronto, dispostos a matar e morrer, cada um pelo seu ideal.
Ainda que isso seja desvalorizado por alguns, a verdade e que isso aconteceu em Chaves, mais propriamente na Cocanha, em terrenos que outrora pertenciam à nossa freguesia, onde o exército de Paiva Couceiro defensor da causa monárquica, foi derrotado pelos soldados fiéis à causa republicana.
Desconheço o que antes acontecia em Chaves, para comemorar esta efeméride, mas tanto quanto me lembro, nunca se deu muita importância ao acto, pese embora se lhe tenha dedicado o dia do feriado municipal.
Em Lisboa este facto foi reconhecido, homenageando a nossa cidade com o seu nome numa avenida, numa das zonas mais nobres da cidade.
Eu sei que vivemos numa época de austeridade, mas bolas, aquilo que vemos todos os fins-de-semana, noutros concelhos com bem menor dimensão que o nosso, com programas mediatizados nas várias estações de televisão, não merecia dos responsáveis da cidade, uma outra preocupação! Até porque todos sabemos da importância que estas iniciativas têm, para a promoção turística.
De há uns anos a esta parte o programa das festas consta um concerto pelas bandas filarmónicas e grupos folclóricos do concelho, como contrapartida do magro subsídio que recebem anualmente. Acontece que apesar da reconversão do Pólis, o qual trouxe à zona ribeirinha do Tâmega, uma maior atractividade, os concertos são efectuados na frigideira em que transformaram o Largo General Silveira, e que em dias de canícula como aconteceu ontem, se torna impossível estar, levando inclusive a que o concerto da Banda de Outeiro Seco fosse cancelado.
Esperamos que essa contenção não fosse para ser gasta dentro em breve, em cartazes e outdoors.