Outeiro Secano em Lisboa

Agosto 22 2013

 

Ontem vi o filme a Gaiola Dourada realizado por um luso descendente, que retracta de uma forma simples e cómica, a nossa emigração em França, nos anos sessenta e setenta.

Segundo as crónicas este filme obteve um grande êxito em França, estando a repetir-se esse mesmo êxito em Portugal, de tal forma que já não me recordava de ter visto um filme com a sala cheia, mesmo nos fins de semana de inverno. Mas ontem apesar de ser uma quarta-feira à noite, a sala onde assisti à sua exibição, estava cheia.

O elenco é composto por actores franceses e portugueses, destacando-se a representação da Rita Blanco, cada ano que passa melhor actriz, pese embora o seu ar solto e despretensioso.

A emigração desse tempo foi uma emigração de homens e mulheres de trabalho, com pouca cultura mas dignos e apreciados pelos autóctones, por aquilo que faziam e bem, mas sobretudo pela sua simplicidade. Os homens trabalhavam basicamente na construção civil e as mulheres como porteiras, ou na limpeza das casas.

O filme demonstra alguma dificuldade da integração dos filhos, a maioria deles já nascidos em França, por isso aculturados a uma civilização bem diferente da dos seus pais.

É um filme que recomendo a quem o possa ver, esperando que passe em Chaves, uma região que tanto contribuiu para essa mesma emigração.

publicado por Nuno Santos às 13:39

Tenho para a troca:
Por sugestão do meu sogro, optamos pela Grande Revista à Portuguesa no Politeama que este ano faz 100 anos.
É um belo espetáculo de cento e cinquenta minutos que recomendamos. Sala cheia, embora pequena e insegura.
Os conteúdos estão bem seleccionados, a música e o som são excelentes, a cor e o guarda roupa muito bons. A Marina Mota e o João Baião distinguem-se pelo seu talento e interpretações.
Antes, o franguinho no Churrasco de que tanto gostas, estava no ponto.
J.
Júlio a 22 de Agosto de 2013 às 17:35

Olá amigo,
Claro que irei ver esse espectáculo, até porque vai estar em cena até Dezembro e como é evidente, a visita ao churrasco é obrigatória.
Tudo de bom cá pela capital porque a partir de amanhã Allez Chaves Allez!
Um abraço,
Nuno
Nuno Santos a 22 de Agosto de 2013 às 17:50

Volto ao post.
Vimos hoje o filme no Monumental, pouca gente na sala.
É interessante com um bom retrato da emigração dos anos sessenta, na época em que os nossos jovens ou iam para a guerra colonial ou partiam a 'salto' para França. Com o passar dos tempos as características dos emigrantes e a forma como nos vêem lá fora tem evoluído positivamente.
Só não gostamos do fado intercalar no restaurante português em Paris, demasiado deprimente e mal interpretado.
A ver. J.
Júlio a 22 de Agosto de 2013 às 22:54

disseste-o bem pouca cultura mas dignos
conheci por cá muitos e com um amor pela terra que os viu nascer e muitos nunca voltaram a ela e falavam dela como o melhor lugar do mundo
analfabetos ou semi mas deixaram obra clubes associações hospitais asilos como a provedoria portuguesa de são paulo que do trabalho e sangue português para amparar portugueses mas hoje esse mesmo sangue ampara sómente velhos e pobres brasileiros somos simplesmente ímpares abraço
vasco sobreira garcia a 24 de Agosto de 2013 às 22:09

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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