Outeiro Secano em Lisboa

Outubro 25 2013

 

Terminado o período das férias grandes, sobra sempre tempo para umas escapadinhas ao fim de semana, ou feriados com pontes, pese embora estes tenham sido reduzidos, em nome do combate à crise.

Só que da crise não se avista qualquer abrandamento, pois a dívida pública não para de aumentar, segundo os últimos números conhecidos.

Mas como dizia o ex-presidente Sampaio, “há vida para lá do défice” e Portugal apesar dos seus limitados 92 mil quilómetros quadrados, tem pequenos recantos de beleza.

O que vos apresento fica no concelho de Alcácer do Sal, precisamente entre dois dos lugares mais procurados pelo nosso jet set, que são Tróia e a Comporta.

A aldeia da Carrasqueira fica no estuário do Sado e a sua população, reparte a sua actividade entre a agricultura e a pesca, mais propriamente a aquacultura, ou seja a apanha de bivalves. A partir da década de cinquenta, os pescadores para atracarem os seus barcos, foram pregando estacas e tábuas de madeira, para caminharem por cima.

Deste modo e sem o saberem, acabaram por construir um cais palafítico, tornando-o actualmente no local mais visitado do concelho. Para quem não conhece este local, recomendo-lhes uma visita.

Atravessa-se o Sado de barco e com sorte, ainda pode ver alguns golfinhos. Chegados a Tróia segue-se em direcção à Comporta. A Carrasqueira fica do lado esquerdo, a poucos metros da estrada principal.  

Escusado será dizer que a gastronomia da região é óptima, pode-se optar pelo peixe fresco na Comporta, ou pelos pratos tradicionais alentejanos no Lousal, onde é brindado durante o almoço, com um grupo de cante alentejano.

publicado por Nuno Santos às 19:11

De facto há muitos encantos na região da Carrasqueira sejam eles gastronómicos, paisagísticos ou os seus cais palafiticos. Não obstante não me trazem recordações muito agradáveis essas terras sadinas.
As minhas primeiras abordagens ao local foram pela via fluvial em frágeis botes de borracha manobrados com pagaias (remos) pela força braçal dos ocupantes. Desde Alcácer até Tróia, com ventos favoráveis ou contra, marés na vazante ou enchente por ali exercitávamos as capacidades de renitência e espírito de grupo durante períodos entre 12 e 24 horas conforme os ventos e marés nos favoreciam ou prejudicavam.
No entanto não deixem de aproveitar a ideia que o Nuno deixa aqui, e, sendo em época estival, há ainda umas praias muitos interessantes para conhecer e desfrutar.
Abr
A. Moura
Anónimo a 26 de Outubro de 2013 às 16:33

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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