A partir de hoje os flavienses sentem-se mais pobres, porquanto, morreu uma das suas maiores referências culturais, o pintor Nadir Afonso.
Aqueles que vivem em Lisboa e utilizam o metropolitano, sempre que saem na estação dos Restauradores, dizem com elevado orgulho aos seus acompanhantes, estes painéis foram pintados por um flaviense.
Pese embora seja uma figura de relevância mundial, Chaves tardou em reconhecer a sua obra, e a certa altura até a apagaram, como aconteceu com o painel que ele pintara no café Sport, só recuperado mais tarde pela actual gerência.
Também no prédio onde se situa a minha segunda residência na Av. Nun’ Alvares, cujo edifício se chama precisamente edifício Nadir Afonso, era pressuposto existir um painel azulejos, junto à porta de entrada pintado por si. Porém esse painel desapareceu há quase vinte anos, sem que nunca se soubesse do seu paradeiro.
Nadir Afonso morreu sem conhecer a sua Fundação em funcionamento, tantas foram as promessas e os adiamentos, estando só agora a ser construída, a qual será inaugurada, assim esperamos, a título póstumo por alguém da família.
Depois da morte de Nelson Mandela que comoveu todo o mundo, a morte de Nadir Afonso comove também todos os flavienses, porquanto era actualmente a nossa maior bandeira.
Nota - O corpo estará presente em câmara ardente na Igreja da Misericórdia de Chaves, realizando-se as exéquias fúnebres na manhã de sábado, 14 de dezembro.