Existe atualmente uma grande dicotomia quanto a esta data, declarada pela ONU, como o Dia Internacional da Mulher, sobretudo, porque nos últimos tempos, esta adquiriu um caracter festivo e comercial, mais do que um dia de luta pelos direitos das mulheres.
Razão porque há quem defenda, sobretudo nas sociedades ocidentais, que a data não faz qualquer sentido, porquanto, a mulher, já adquiriu os mesmos direitos dos homens, havendo inclusive vários países, que são governados por mulheres, resultante de uma escolha livre e democrática.
Outros defendem que, para se reivindicarem direitos, não se deve restringir apenas ao simbolismo de um dia, mas a todos os dias do ano.
Sem recorrer ao tempo em que, a própria religião cristã defendia que, a mulher não tinha alma, eu próprio me lembro de quando as mulheres no nosso país tinham os seus direitos coartados. Como o direito de voto assim como o do casamento em algumas profissões exercidas por mulheres, como enfermeiras, telefonistas e outras.
Também me recordo da enorme carga que recaía sobre as mulheres da minha aldeia, que além de parceiras dos homens nas tarefas do campo, cabia-lhes ainda todas as tarefas domésticas e muitas a própria gestão económica da família.
Infelizmente ainda existem civilizações, onde as mulheres não têm os direitos igualados aos dos homens, só que a celebração do Dia da Mulher, não é comemorada nesses países.
Hoje as mulheres da minha terra podem celebrar livremente o Dia Internacional da Mulher. Em Chaves até há um restaurante que, lhes proporciona um jantar com excelente menu e no final, a exibição de um stripper.
Será isto a comemoração do dia Internacional da Mulher?