Sempre me considerei uma pessoa de causas e defensor dos direitos das pessoas, por isso há dias tive dificuldade em entender a reivindicação do Sindicato da Polícia, ao condenar o facto de polícias, andarem a fazer recolha de tampas de garrafas em plástico, as quais tinham um fim profilático, conforme ontem foi apresentado e explicado.
Há já muitos anos que, eu convivo com este fenómeno da recolha das tampas das garrafas. Quando a Celeste ainda estava no ativo, tinham essa boa prática na sua escola, de tal forma que ganharam uma cadeira de rodas para uma aluna com deficiências motoras, por causa da discriminação positiva dessa campanha.
Também no meu serviço, há muitos anos que a Ana Guerra Bernardo mantém essa prática, mobilizando todos os colegas e contribuindo também ela para que a escola dos seus filhos, tivesse também sido premiada.
Por isso ontem e apesar de termos visto o efeito pela televisão, não quisemos deixar de ir ver por nós próprios ao pavilhão de Portugal, uma obra que custou milhões ao erário público, mas costuma estar às moscas, uma obra que foi mandada construir por aquele que ontem, fez um discurso à nação, como se não tivesse nada a ver com os erros do passado nem com a quase bancarrota do país, apesar de nos últimos trinta anos da vida política portuguesa, ele tenha sido ministro das finanças, primeiro ministro e agora presidente.
Mas voltando ao tema das tampas, eu achei a ideia genial, porque tinha várias pretensões. Primeiro tratou-se de uma acção de marketing, divulgando a nossa capital, colocando-a no Guiness, o livro dos recordes. Segundo por contribuir para o apoio à nossa selecção nacional, terceiro porque mobilizou muitos jovens para estas causas, e é de pequenino que se formam consciências.
Por fim esta ação chamou a atenção das pessoas que, ainda não estavam consciencializadas para uma coisa tão simples como a reciclagem das tampas das garrafas, mas não só, também para a reciclagem do plástico, do papel e do vidro, pois existe ecopontos espalhados por todo o lado, inclusive na nossa aldeia, aí no largo do tanque.