Com exceção dos benfiquistas que vão exultando com as vitórias do seu clube, pouco mais tem acontecido de bom no nosso país. Até mesmo a vitória do Benfica em Londres, frente ao Totenham, pese embora se realce desportivamente o feito, acabou manchada pela má conduta do seu treinador Jorge Jesus, levando a imprensa estrangeira, a destacar mais esse ato da falta de fair play, do que a justa e brilhante vitória.
Politicamente ficamos a saber que os consensos tão apregoados, afinal são apenas uma mera retórica. Pois quando um grupo de personalidades transversais a todo o espectro político, da direita à esquerda, cujo exemplo são Prof. Adriano Moreira e Francisco Louçã, apresentaram um manifesto, preconizando linhas de orientação alternativas, para Portugal poder sair o mais depressa possível da crise, o qual terá de passar pela reestruturação da dívida, o governo só não os excomungou, porque só a igreja tem esse direito.
Esta semana soube-se também que o processo contra o banqueiro Jardim Gonçalves e a sua equipa de administração do BCP, prescreveu, ao fim de quase dez anos na justiça. Os juízes queixaram-se de que tiveram pouco tempo para analisar o processo, e de que o mesmo, se atrasara no Banco de Portugal. Infelizmente parece não ser apenas o processo de Jardim Gonçalves a precrever, o mesmo aconteceu com o de João Rendeiro do BPP - Banco Privado Português e Oliveira e Costado BPN tambémjá pediu a prescrição do seu processo. Uma vergonha, é se ladrão por roubar um tostão e um heroi por roubar um milhão.
Curiosamente o actual governador do Banco de Portugal, era o diretor do sector internacional do BCP à data das más práticas imputadas à administração do banco, a qual, quando foi exonerada, receberam de indemnização, 108.000.000,00 € (Cento e oito milhões de euros).
Entretanto também li no jornal a Voz de Chaves, um artigo do João Madureira, sobre a CIMAT, Comunidade Inter Municipal do Alto Tâmega. As CIM são um organismo criado por Miguel Relvas, quando este ainda era ministro, e que agora voltou a ser ressuscitado para a política por Passos Coelho, ao que parece, as CIM servem apenas para alojar figuras retiradas da política, ou então, serão um ensaio para uma futura agregação de municípios, à semelhança do que aconteceu com as freguesias, só que as poupanças com essas agregações, pelos vistos estão agora a ser gastas com as CIM.
É por estas e por outras que o futuro deste país está cada vez mais sombrio, com os indicadores económicos a recuarem já uma década, e com o largo da Assembleia da República a tornar-se no manifestódromo do país.