Outeiro Secano em Lisboa

Novembro 18 2016

Poldras do Papeiro.jpeg

 

Apesar do outono estar já bastante avançado, ainda não há novidades, sobre a chegada do nosso rio pequeno, que,  como as aves de arribação, desaparece todos os anos por altura do verão, só regressando sem aviso prévio, por altura dos Santos.

Mas por causa das alterações climatéricas que, têm influenciado o meio ambiente em todo o planeta, o nosso rio pequeno não deixa de também sentir essas influências,  de tal forma que em finais do mês de junho passado, quando noutros anos o rio já estava seco, este ano ainda  corria e com um caudal tal que, quase cobria as poldras no Papeiro.

Ora, a razão deste meu post, é precisamente por causa das poldras do Papeiro, as quais, como se veem na foto, têm umas três caídas, há já varios anos. Eu já por mais de uma vez fiz esse reparo, mas infelizmente e até ao momento, o reparo ainda não teve qualquer acolhimento.

Mas como se diz que "água mole em pedra dura, tanto dá até que fura" aqui fica mais uma vez o reparo, a quem de direito, para que antes que o rio volte a correr debaixo das pontes, as poldras possam ser reerguidas. Bem sei que atualmente as poldras já não têm a utilidade prática do passado, quando eram praticamente utilizada pelos garotos do Bairro, na maioria das vezes, em brincadeiras que depois lhe saiam caras, nomeadamente, quando chegavam a casa todos molhados, porque na sua travessia caiam ao rio, por isso, não se livravam de uns cuziotes das mães.

Mas as poldras, fazem parte do património da aldeia e todo o património deve ser preservado, quer seja material ou imaterial.

  

publicado por Nuno Santos às 15:37

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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