Chama-se Matteo Colombo e tal como o outro Colombo também este veio de Itália, não de Genova mas de Milão. E se Cristóvão Colombo veio para descobrir coisas novas, este Colombo veio para reconstruir o Solar dos Montalvões, recuperando-lhe a dignidade que teve desde a sua construção no século XVIII, até quase finais do século XX.
Após a venda deste solar pela família Montalvão à Câmara Municipal de Chaves, assistimos impávidos e serenos à sua degradação, enquanto que íamos ouvindo e lendo notícias sobre a sua reconstrução e uma nova funcionalidade.
A primeira promessa foi a sua funcionalidade como polo da UTAD - Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, um nome que é uma falácia, porquanto, esta universidade serve apenas Vila Real e os vila-realenses, por isso, deveriam mudar o seu nome.
A segunda foi como sede da Confraria do Pastel de Chaves, um projeto que não saiu do papel como tantos outros, nem sei se nasceu em época de campanha eleitoral.
Finalmente as máquinas retro escavadoras já trabalham nos terrenos anexos ao solar e segundo informação do novo proprietário, Matteo Colombo, em breve o velho solar irá dar lugar a uma nova unidade hoteleira, a qual trará maior desenvolvimento não só à nossa freguesia, mas a toda a região de turismo do AltoTâmega.
Apesar de ter trocado uma breve conversa com o novo proprietário, não conheço em pormenor este projecto hoteleiro, mas ao que parece, será preservada a sua arquitetura assim como a capela do solar.
Como outeiro secano é para mim uma grande satisfação saber da recuperação de um ex-libris da nossa aldeia, o qual vem juntar-se a outras joias do nosso património cultural, como; os lagares romanos, a igreja românica da Senhora da Azinheira o castro de Sant'ana os frescos da Sra Rosário e tantos outros.
Resta-me agradecer a Matteo Colombo ter escolhido Outeiro Seco para investir e desejar-lhe o maior sucesso neste seu projeto.