O poeta Ary dos Santos escreveu que, “Natal é em Dezembro / Mas em Maio pode ser / Natal é em Setembro /É quando um homem quiser” e após o falecimento do meu pai, e com a minha mãe a passar o Natal no Alentejo, eu passei a ter vários natais.
Todos os anos no início do mês de dezembro, costumamos ir ao Alentejo a casa do meu irmão Diamantino, aproveitando para fazer uma ceia, semelhante à de natal. Porém este ano foi ele quem veio a Lisboa, donde fizemos a ceia em minha casa, havendo natal no dia 30 de novembro.
Na próxima sexta-feira dia 5 de dezembro, uns colegas estão a organizar um jantar de natal, no restaurante Meninos do Rio no Cais do Sodré, para depois no próximo dia 19 de dezembro, realizarmos o almoço de natal do nosso escritório.
No próximo dia no 20, lá vamos nós até Chaves, onde no dia 24 haverá de novo Natal, com a tradicional romagem a casa dos tios e primos, seguindo-se depois a tradicional ceia e a troca de prendas.
É deste modo que eu tenho agora vários natais, muito diferentes do tempo em que o meu avô Eurico era vivo, e reuniamos toda a família em sua casa, a mesma que agora é nossa e se mantém fechada nesse dia.
Era o tempo em que o Natal tinha alguma magia para mim. Claro que para os mais novos, essa magia continua, mas para mim o dia de Natal apenas me trás nostalgia, porquanto, trás-me à memória pessoas e momentos irrepetíveis.