Outeiro Secano em Lisboa

Março 16 2019

Restaurante Ferrador I.jpg

Restaurante Ferrador II.JPG

Quem não foi ainda surpreendido com a mudança de qualidade, em restaurantes dos quais tínhamos uma boa avaliação e referência? Umas vezes, por mudança de gerência, noutras a mudanças ocorridas na cozinha e outras ainda, porque a gerência quis obter o retorno do investimento em tempo mais curto, à custa da qualidade do serviço.

Ora, isso ainda não aconteceu no Restaurante Casa do Ferrador em Alturas do Barroso, graças a Deus, onde a qualidade no tocante ao Cozido se mantém inalterável. Depois da primeira experiência em fevereiro de 2013, este ano por altura do carnaval, retornamos lá e garanto-vos que, a qualidade se mantém, senão mesmo mais apurada.

Claro que nesta altura do ano o prato principal é o célebre “Cozido” mas eu nem lhe chamaria assim. O nome mais adequado para mim seria “Festival do Porco” à semelhança do que acontece noutras zonas do país com pratos tradicionais, como a lampreia, o marisco e outros.

Mas porque estamos no Barroso, onde além da vitela também a gastronomia do porco é dominante, vejamos o que a Casa Ferrador nos serve nesta ementa:

A entrada é de presunto lascado em fatias finas, acompanhado de rodelas de salpicão e de linguiça. Depois vêm os rojões do redanho e do soventre com alheira, seguindo-se umas iscas de fígado, depois língua de porco fumada e fatiada antes dos ossos da assuã. Por fim vem então o cozido, com as restantes carnes fumadas do animal, onde podemos degustar as carnes do focinho a orelheira passando pela barriga, pernil, pé e rabo, acompanhado com batatas e hortaliça da região.

O vinho sendo de produção caseira é feito com uvas do Douro e tem excelente qualidade. Para finalizar há ainda um buffet de sobremesas, composto de doces e salgados que vai dos queijos aos doces onde se inclui a tradicional rabanada.

O preço é de 35,00 € por pessoa, havendo quem o considere exagerado, mas quem aprecie esta especialidade e seja um bom garfo, este preço não é exagerado. Agora para quem vai só pela companhia e debique um ou outro pedacito então será caro.

Outra especificidade deste restaurante é servir só por marcação, donde, quase todas as mesas são compostas por grupos de amigos, oriundos na sua maioria da região do grande Porto e Minho. Paradoxalmente os transmontanos da região talvez porque desde sempre foram habituados a comer estas especialidades, não são muito frequentadores.

Eu próprio um transmontano residente em Lisboa, descobri este restaurante através do meu amigo Júlio Eurico que, é nado e criado em Lisboa mas, amante das coisas boas da vida sobretudo em gastronomia sendo ele quem fez a marcação das duas vezes que aqui viemos.  

 

Ao serviço de qualidade da comida há ainda a acrescer o ambiente acolhedor da casa, assim como a simpatia do pessoal e do seu gerente o Sr. Humberto. Claro que não é um prato para repetir muitas vezes sobretudo por causa do “colesterol”, mas pelo menos uma vez por ano eu recomendo.

publicado por Nuno Santos às 12:43

Olá
Embora as exigências introduzidas nos restaurantes no que diz respeito à higiene e controle alimentar é tantas vezes notada pelos clientes a perda de qualidade. Apontas por certo alguns dos fatores levam à referida perda.
Ainda bem que a Casa Ferrador mantém o nível e por isso temos que lá voltar.
A. Moura
Artur Moura a 16 de Março de 2019 às 17:05

Avaliação: "O MELHOR COZIDO DO MUNDO"
Pela terceira vez idos de Lisboa - a primeira foi já há seis anos, vide post deste blog em fevereiro de 2013 - tivemos o prazer de nos banquetear nesta casa Ferrador na terra fria de Alturas do Barroso. O senhor Humberto e a família Ferrador merecem ser condecorados pelo difícil mérito de manter a qualidade da comida, da simpatia e eficiência do serviço, bem como do confortável ambiente rústico que tanto aprecio. Esta é a grande dificuldade de qualquer bom restaurante, conseguir melhorar e superar as expectativas dos clientes.
A refeição foi servida nas sua variadas etapas bem programadas, obtendo nota máxima nas componentes a destacar: apresentação dos pratos, qualidade dos produtos, colorido e aroma das carnes, sabores diferenciados.
A cadeia de valor dos produtos servidos assume especial relevância neste negócio familiar, cobrindo todas as fase desde a criação dos animais, a produção dos legumes, a concepção e transformação das carnes, a maturação e os eu acabamento.
O vinho caseiro de cor, aroma e sabor muito naturais deixa-se beber com prazer. é igualmente de produção própria, sem rótulo, oriundo da região nobre do Douro.
Bem haja caro Humberto pela disponibilidade e oferta do excelente serviço.
Deixamos uma insistente recomendação para quem gosta de comer.
Voltaremos com toda a certeza.

De Lisboa, Júlio Eurico Pereira
Júlio Eurico Pereira a 3 de Abril de 2019 às 22:03

Um outeiro secano residente em Lisboa, sempre atento às realidades da sua terra.
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