O meu amigo Lelo Sobreira tem publicado no facebook extratos de leituras bíblicas, embora nada tenha contra, nem vá tão longe como o José Saramago, que, numa entrevista disse que, a Bíblia era um manual de maus costumes, o certo é que também não se deve tomar como verdadeiro, tudo quanto lá se lê.
Curiosamente há meses, numa das minhas idas à terra e assistindo a uma missa por intenções familiares, como era um dia da semana e à falta dos leitores habituais, eu próprio tive de ler as Leituras, sendo que uma delas era uma “ Epístola de São Paulo aos Cristãos de Éfeso”.
Para quem não conhece Éfeso, esta situa-se na atual Turquia, estando a ser objeto de escavações arqueológicas por uma equipa de arqueólogos austríacos, só esperamos que nunca lhe aconteça, o mesmo que à cidade de Palmira na Síria, infelizmente recém-destruída pelos radicais do exército islâmico.
Quem visite Éfeso ou faça uma busca no Google, poderá ver que uma vasta extensão da cidade já está a descoberto, embora segundo os especialistas, corresponda apenas a dez por cento da cidade antiga, a qual no passado fez parte da Grécia Antiga, sendo depois a quinta maior cidade do Império Romano.
Há dois anos tive o privilégio de visitar Éfeso, e a fotografia que ilustra o texto, é dessa altura e do seu anfiteatro, o qual tinha uma capacidade para 16.000 espectadores sentados.
Ora, o nosso guia local um turco natural de Izmir ou Esmirna, por sinal uma cidade bem próximo de Éfeso, disse-nos que o São Paulo, jamais ali pregou, porque nessa época vivia na cidade um grande mercador, pessoa de grande predominância na região, e porque não se convertera ao cristianismo, opôs-se sempre às pregações de São Paulo em Éfeso.
Ora perante estas duas realidades, qual delas é a verdadeira?